A vida do 
                clero bom ilumina e serena
				 
                 
                Quem foi chamado à mesa do 
                Senhor deve brilhar pelo exemplo de uma vida louvável e correta, 
                longe de toda imundície dos vícios. Sal da terra, para si e para 
                os que convivem honestamente; e luz do mundo, brilhante de 
                discernimento, iluminando os outros, aprendem da excelsa 
                doutrina de Cristo Jesus, ao dizer, não só aos apóstolos e 
                discípulos, mas também a todos os seus sucessores, presbíteros e 
                clérigos: “Vós sois o sal da terra; se o sal perder o sabor, com 
                que se salgará? Para nada mais presta, senão para ser lançado 
                fora e pisado pelos homens”. 
                É verdadeiramente pisado 
                pelos homens, qual lodo vil, o clero imundo e sórdido, molhado 
                pela sujeira dos vícios e pegajoso pelas cadeias das ações 
                criminosas; tido por imprestável tanto para si quanto para os 
                outros. Gregório diz: “Sua vida é desprezível, resta ser 
                rejeitada sua pregação”. 
                “Os presbíteros que presidem 
                bem serão considerados dignos de dupla honra, máxime os que 
                trabalham pela palavra e pela doutrina”. De fato, os bons 
                presbíteros exercem dupla dignidade, quer dizer, material e 
                pessoal, ou temporal e espiritual, ou transitória junto com a 
                eterna; pois embora por natureza habitem na terra sob o mesmo 
                jugo das criaturas mortais, desejam ansiosamente conviver com os 
                anjos nos céus, como aceitos pelo rei, servos inteligentes. Por 
                esta razão como o sol, que surge para o mundo nas alturas de 
                Deus, assim “brilhe a luz” do clero “diante dos homens para 
                que”, vendo suas “boas obras, glorifiquem O Pai que está nos 
                céus”. 
                “Vós sois a luz do mundo”. A 
                luz não se ilumina a si mesmo, mas lança seus raios a tudo que a 
                circunda; semelhante a ela, a vida luminosa dos bons e justos 
                clérigos, com o fulgor da santidade, ilumina e serena os que a 
                vêem. Por conseguinte, quem foi reservado para o cuidado dos 
                outros, deve mostrar em si de que modo devem eles viver na casa 
                do Senhor. 
				  
				  
  
    
      
      
          
      
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      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Do Tratado 'O Espelho do clérigo' - São João de Capistrano”.  
		
      
      
      
      www.filhosdapaixao.org.br/aos_sacerdotes/escritos_aos_sacerdotes_01.htm 
         
       
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