Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

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FILHOS DA PAIXÃO Informações: Dia: 21/10/2006 Hora: 22:30:58
Nome: Victor Romania
Outro: Limbo
e-mail: victorromania@yahoo.com.br
Empresa:
Telefone: 27 3224-2924 / 27 9928-9353
Comentários:: Salve Maria!
Olá queridos irmãos,
Primeiramente agradeço por este trabalho maravilhose de vocês, que Deus sempre os
abençoe.
Gostaria de saber mais sobre o Limbo.
O que é limbo?
O que dizem as Escrituras Sagradas sobre o limbo?
O que diz a Igreja sobre o limbo?
Desde já muito obrigado.

 

 

Anápolis, 25 de outubro de 2006

 

Ao jovem Victor Romania

 

Prezado Victor, ame fervorosamente a Virgem Maria: "Confie tudo à Santíssima Virgem. Reze-lhe sempre o terço para que ela guarde não só sua alma mas também seus assuntos" (Santa Teresa dos Andes).

Obrigado pelo vosso e-mail.

Para conhecer melhor a doutrina sobre o Limbo, leia as duas matérias abaixo:

 

Atenciosamente,

Ir. Gabriel do Santíssimo Crucifixo FP.

 

I - “Nem a morte de Cristo foi repouso para nosso Redentor. O “Credo” nos recorda que, em sua missão redentora, Jesus desceu ao limbo onde se encontravam as almas santas.

Já consideramos que Cristo morreu realmente e foi sepultado. Com a morte, a alma santíssima de Cristo se separou verdadeiramente de seu corpo. Este permaneceu três dias no sepulcro, perfeitamente livre de toda corrupção, como já havia predito o profeta: “Não permitireis que o Vosso Santo sofra corrupção”. Ficou portanto o corpo de Jesus, do qual nunca se separou a Divindade, esperando no seio da terra o momento de sua gloriosa ressurreição. E a alma de Jesus? A alma santíssima de Cristo continuou a viver enquanto o seu corpo repousava na sepultura, tendo descido, conforme diz o Credo, “aos infernos” e lá ficado todo o tempo que seu corpo esteve sepultado. A primeira vista causa-nos estranheza o ter a alma de Cristo descido aos infernos, mas vamos explicar o sentido desta palavra “infernos” e depois mostrar a finalidade da descida de Nosso Senhor a esse lugar onde estavam as almas dos justos.

A expressão “infernos” significa de um modo geral um lugar baixo e profundo e designa os lugares escondidos em que são detidas as almas que não conseguiram a bem-aventurança do céu. Neste sentido aparece em muitos lugares da Sagrada Escritura. Assim, por exemplo, na Epístola de São Paulo aos Filipenses: "Ao nome de Jesus deve dobrar-se todo joelho, no céu, na terra e nos infernos". Nos Atos dos Apóstolos, São Pedro afirma que “Cristo Nosso Senhor ressuscitou depois de vencer as dores dos infernos”.

São vários os sentidos da palavra “inferno”:

O primeiro é a horrenda e tenebrosa prisão em que são atormentadas as almas dos condenados. É o inferno propriamente dito, esse lugar de desesperação e de horror, em que um fogo misterioso, que nunca se apaga, atormenta as almas condenadas, juntamente com os demônios, sem nunca os consumir. É claro que não foi a esta horrível morada que desceu a alma de Jesus Cristo depois de sua morte.

Há também um fogo de expiação no qual se purificam as almas dos justos até que lhes seja dado entrar na Pátria Celestial. É o purgatório, lugar onde devem permanecer as almas daqueles que morrem em estado de graça, mas manchados por culpas veniais e que devem ainda pagar a pena temporal devida a pecados mortais já perdoados. É que no Céu, como nos diz o Apocalipse, nada de impuro ou manchado pode entrar. Por isso essas almas justas devem purificar-se antes de serem admitidas à visão de Deus. Também não foi para o purgatório que Jesus desceu depois da sua morte.

Existe, finalmente, uma terceira morada onde permaneciam juntas e retidas as almas dos patriarcas, dos profetas e de muitos outros justos que haviam morrido antes da vinda de Jesus Cristo.

Este lugar chama-se vulgarmente o limbo dos patriarcas. Dá-se-lhe também o nome de paraíso, e é deste lugar que falava Jesus Cristo, quando disse ao bom ladrão: “Ho­je estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43). O limbo é também chamado o "seio de Abraão" (Lc 16, 22).

O limbo é lugar diverso do purgatório. Em ambos, é verdade, não se vê a Deus, mas no purgatório as almas sofrem penas que não existem no limbo. As almas que ali estavam desfrutavam um suave remanso, sem nenhuma sensação de dor. Gozavam, pois, de certa felicidade, como se vê na parábola do rico avarento e do pobre Lázaro, em que este é consolado, porque no juízo particular haviam estas almas boas recebido a certeza de sua felicidade eterna. Não podiam, porém, entrar nas alegrias eternas do céu, porque o céu ainda não estava aberto (Hb 9, 8). Por isso o limbo é também chamado de prisão, ou seja de cativeiro, porque as almas eram incapazes de sair de lá antes da morte de Cristo. Depois da morte de Cristo este limbo deixou de existir.

Todas estas almas justas que se encontravam no limbo se consolavam com a doce esperança da redenção, suspirando pela vinda do Messias prometido. Sentiam muitos desejos do céu, pensando na imensa felicidade que teriam ao chegarem à presença de Deus. Lá estavam todos os justos do Antigo Testamento, desde nossos primeiros pais, Adão e Eva, Abel, Noé, Abraão, Isaac, José do Egito, Jacó, o santo rei e profeta Davi, Isaías, Daniel, o santo Jó, Tobias, São José, o pai nutrício de Jesus, e muitos outros, até os Santos Inocentes, que foram os primeiros a dar sua vida por Jesus Cristo.

Estas almas santas e eleitas esperavam no limbo a vinda de Cristo, seu Redentor, que iria libertá-las de seu penoso cativeiro.

Os Apóstolos, que conheceram a Nosso Senhor, ouviram certamente dos seus lábios, nos quarenta dias após a Ressurreição, a narração desta descida ao limbo e por isso eles incluíram no “Credo”, que é o Símbolo dos Apóstolos, esta verdade.

Nem a alma de Jesus nem as dos justos vagaram pelos espaços, como defendem os espíritas.

Isto é apenas produto da imaginação dos espíritas para explicar mais facilmente a sua doutrina de comunicação com as almas dos mortos através dos médiuns.

As almas separadas, ou como dizem os espíritas, os espíritos desencarnados não vagam pêlos espaços e pelos planetas, mas vão para o lugar que Deus, na sua justiça, lhes indicou e de lá não saem para satisfazer a curiosidade de qualquer pessoa e nem atendem aos chamados dos médiuns espíritas.

Mas voltemos ao nosso assunto, perguntando qual a razão por que Jesus desceu ao limbo.

Cristo desceu ao limbo primeiramente para consolar as almas dos justos e anunciar-lhes o seu próximo livramento. Os justos que lá estavam não sofriam ali nenhuma dor, mas estavam privados da felicidade do céu. Eram isentos de dor, mas não gozavam da vista de Deus. Jesus foi consolá-los e alegrá-los com sua presença e comunicar-lhes a boa-nova da Redenção que se cumprira. Descendo ao limbo, Nosso Senhor queria arrebatar as presas do demônio, livrar do cárcere a todos os justos e levá-los ao céu em sua companhia. A presença de Cristo teve como efeito derramar entre os cativos uma luz brilhante, infundir-lhes na alma um indizível sentimento de prazer e alegria e dar-lhes também a desejada felicidade que consiste na visão de Deus.

Ao mesmo tempo Nosso Senhor foi anunciar-lhes que estava bem próxima a sua libertação, pois, de fato, quarenta dias depois entraram com Ele no céu. São Cipriano diz que Cristo se assemelhava a um rei que se apoderou de uma fortaleza em que os seus estavam prisioneiros. A saída dessas almas com Cristo do limbo é imagem da entrada triunfal de Cristo com os eleitos no céu depois do juízo final” (Leituras de Doutrina Cristã, I Dogma).

 

II - "Antes de Cristo, o Limbo foi o lugar onde as almas dos justos esperavam o Messias para poder entrar na glória do Céu.

Depois d'Ele, é o lugar onde estão detidas as almas das crianças que morrem sem ser regeneradas pelo Batismo.

Estas almas estão privadas para sempre da visão de Deus e da eterna felicidade do Céu, mas não sofrem a pena de sentido" (Curso de Teologia Dogmática, Pablo Arce e Ricardo Sada).

 

 

 

 

CONSELHO

 

Caríssimo Victor, seja um verdadeiro soldado de Cristo, lutando sem desanimar contra os inimigos visíveis e invisíveis: "Sobrevêm muitas ondas e fortes procelas; mas não tememos afundar, pois estamos firmes sobre a pedra. Enfureça-se o mar, não tem forças para dissolver a pedra; ergam-se as vagas, não podem submergir o navio de Cristo" (Das Homilias de São João Crisóstomo, Bispo).

Leia e medite Mt 11, 20-24.

Eu te abençôo e te guardo no Sagrado Coração de Jesus: "Coração cheio de ternura, apossai-vos do meu coração" (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

 

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