A Ladainha de Nossa Senhora ou
Ladainha Loretana
Ladainha, do grego
litaneuein e do
latim
litania,
significa 'pedir insistentemente'. Trata-se de um tipo de
rogação responsorial, usada tanto em funções litúrgicas quanto
em devoções particulares. Originada na procissão de rogações e
de penitência praticada em Roma desde o século VI, já incluía
as invocações iniciais
Kyrie eleison,
Christe eleison,
Christe audi nos,
Christe exaudi nos,
usadas até hoje. Novas invocações foram acrescentadas entre os
séculos VII e IX, como as dos Santos, sempre respondidas pelo
povo com ora pro
nobis (rogai por nós).
Após a enorme difusão das
Ladainhas e a multiplicação de invocações, nem sempre corretas
ou interessantes do ponto de vista dogmático, Bento XIV
(1740-1758) proibiu a
maioria delas, com exceção da Ladainha de Todos os Santos
(cantada no Sábado Santo) e da Ladainha de Nossa Senhora,
também denominada Ladainha Loretana ou Lauretana.
A popularidade da Ladainha
Loretana remonta ao século XVI e ao Santuário da Anunciação em
Loreto (próximo a Ancona, Itália), para onde, segundo uma
tradição piedosa, os anjos teriam milagrosamente transportado
a casa em que residiu Maria Santíssima. Em 1587, essa Ladainha
foi oficializada por Bula de Sixto V, resistindo à proposição
de que fosse substituída por um conjunto de invocações
estritamente bíblicas (Litaniæ
deiparæ Virginis Mariæ).
Em relação ao texto,
aprovado por Clemente VIII (1592-1605)
em 1601, a Ladainha de Nossa Senhora é uma compilação de
Ladainhas preexistentes e possui quatro seções distintas
quanto ao caráter das invocações: a primeira é iniciada pelo
Kyrie
litânico, na forma simples (ou seja, sem repetições),
terminado por
Christe audi nos,
Christe exaudi nos
(Cristo, ouvi-nos,
Cristo, atendei-nos); a segunda
seção é integrada por quatro invocações ao Pai, ao Filho, ao
Espírito Santo e à Santíssima Trindade, sempre respondidas com
miserere nobis
(tende piedade de nós); a
terceira e a maior de todas, constituída de invocações à
Virgem Maria, respondidas com ora pro nobis; a quarta e última
é um triplo Agnus
Dei, semelhante ao que se canta
no final da Missa, mas cujos versos são encerrados,
respectivamente, por
parce nobis Domine, exaudi nos
Domine e miserere nobis (perdoai-nos, Senhor; ouvi-nos,
Senhor; tende piedade de nós).
A seção que mais sofreu
alterações foi, sem dúvida, a terceira, que possuía quarenta e
quatro invocações no século XVIII, chegando hoje a cinqüenta e
uma. Tais invocações são divididas em cinco grupos. O
primeiro, segundo, terceiro e quinto iniciam-se,
respectivamente, pelas palavras
Sancta, Mater, Virgo e Regina, enquanto o
quarto e o mais prolixo deles é constituído de invocações
irregulares, baseadas em títulos honoríficos extraídos da
simbologia bíblica, como
Torre de Davi, Torre de marfim, Casa de ouro, Arca da aliança,
etc.
Algumas ordens religiosas,
como a dos Carmelitas, têm o privilégio de saudar Nossa
Senhora com invocações específicas à sua ordem, como
Mãe e formosura do
Carmelo, Virgem Flor do Carmelo, Padroeira dos Carmelitas
e
Esperança de todos os
Carmelitas. Sob vários
pontificados, entretanto, foram sendo acrescidas novas
invocações, motivadas por dogmas definidos pela Igreja, por
situações particulares pelas quais passava o mundo e mesmo por
devoção especial dos papas. Assim, Leão XIII
(1878-1903) acrescentou
Rainha concebida sem pecado
original, em virtude do dogma
da Imaculada Conceição (promulgado em 1854 por seu antecessor,
Pio IX), e Rainha
do sacratíssimo Rosário, por
ter sido Leão XIII um dos papas que mais propagou a devoção e
recitação do Rosário de Nossa Senhora. Pio X
(1903-1914) acrescentou a
invocação
Mãe do bom conselho
e Bento XV (1914-1922)
a invocação
Rainha da Paz,
em virtude da I Guerra Mundial. Pio XII
(1939-1958), em 1950, após a proclamação
solene do dogma da Assunção de Nossa Senhora, acrescentou o
título
Rainha assunta ao céu.
Após o Concílio Vaticano II, Paulo VI
(1965-1978) acrescentou a invocação
Mãe da Igreja,
enquanto João Paulo II (1978)
a invocação
Rainha da família.
Com a grande popularidade da
Ladainha Loretana, a Igreja elaborou e difundiu várias outras
Ladainhas santorais. Uma variação da Ladainha de Nossa Senhora
é a Ladainha de Nossa Senhora das Dores, na qual se evidenciam
títulos e invocações sobre as Sete Dores de Maria Santíssima e
sua participação na Paixão e Morte de Jesus Cristo. Além
disso, a partir da segunda metade do século XIX, outras
Ladainhas foram introduzidas nas celebrações religiosas, como
a Ladainha do Nome de Jesus, aprovada por Pio IX em 1862, a
Ladainha do Coração de Jesus, aprovada por Leão XIII em 1899 e
a Ladainha de São José, aprovada por Pio X em 1909. Não resta
dúvida, entretanto, de que a mais popular de todas,
especialmente entre aquelas que receberam música polifônica,
continuou a ser a Ladainha Loretana.
No Brasil, a devoção mariana
foi amplamente difundida sob os mais diversos títulos de Nossa
Senhora, sendo suas festas precedidas de Tríduo, Setenário ou
Novena, nos quais se incluía sempre a recitação ou o canto da
Ladainha de Nossa Senhora. Além disso, cantavam-se as
Ladainhas juntamente com uma Antífona aos sábados de
madrugada, ou associadas às rasouras, nas manhãs de domingo.
Assim, muitos compositores foram motivados a musicar a
Ladainha de Nossa Senhora, razão pela qual há um
impressionante número de obras compostas para esse texto no
Brasil, desde a segunda metade do século XVIII até a
atualidade.
As Ladainhas podiam ser
alternadas com o cantochão, como era comum no Rio de Janeiro,
ou diretas (também denominadas corridas ou seguidas), como foi
usual em Minas Gerais (em outras regiões brasileiras
utilizavam-se as duas formas). Normalmente, os compositores
dividiam suas Ladainhas em várias seções, não necessariamente
correspondentes às seções do texto, diferenciando-as pela
utilização de andamentos e texturas musicais contrastantes,
tanto nas Ladainhas alternadas quanto nas diretas.
Nas composições brasileiras,
as invocações da primeira e segunda seções do texto geralmente
apresentam andamento moderado. Chegando-se à terceira seção, a
primeira invocação mariana
(Sancta Maria) comumente
utiliza um andamento lento, às vezes com um solo, mas a partir
da segunda invocação
(Sancta Dei Genitrix),
os andamentos tornam-se mais vivos. O
Agnus Dei
(quarta seção) geralmente retoma um
andamento moderado, muitas vezes com cada um dos versos
destinado a solos vocais. Outra interessante convenção ligada
às Ladainhas de Nossa Senhora foi uma espécie de compactação
do texto da terceira seção, para evitar a excessiva repetição
das frases ora pro
nobis. Com essa finalidade,
foram utilizadas duas soluções, muito comuns em Minas Gerais:
1) o emprego da resposta
ora pro nobis
somente após um grupo de invocações (em geral três ou seis);
2) o canto simultâneo da invocação mariana e da resposta ora
pro nobis.
Para este volume, foram
selecionadas cinco Ladainhas de Nossa Senhora compostas nos
séculos XVIII e XIX, todas diretas, editadas a partir de
manuscritos pertencentes ao Museu da Música de Mariana, quatro
delas por autores mineiros e uma última por autor ainda não
identificado.
LADAINHA DE
NOSSA SENHORA
1.
Santa Maria:
“Os Padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus ‘a toda
santa’ (‘Pan-hagia’; pronuncie-se ‘pan-hanguía’), celebram-na
como ‘imune de toda mancha de pecado, tendo sido plasmada pelo
Espírito Santo, e formada como uma nova criatura’. Pela graça
de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo
de toda a sua vida” (Catecismo da Igreja
Católica, 493).
2.
Santa Mãe de Deus:
“Denominada nos Evangelhos ‘a Mãe de Jesus’ (Jo
2, 1; 19, 25), Maria é aclamada, sob o
impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho,
como ‘a Mãe de meu Senhor’ (Lc 1, 43).
Com efeito, Aquele que ala concebeu do Espírito santo como
homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a
carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa
da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é
verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos)”
(Catecismo da Igreja Católica, 495).
3.
Santa Virgem das Virgens:
“Por essa invocação compreendemos melhor a que profundidade e
de que maneira a Mãe de Deus é santa. Ela é santa estando toda
reservada, toda consagrada a seu Filho para a obra da
Encarnação redentora. A reserva de Maria para o Cristo e a
maternidade divina é de tal natureza que não somente em sua
alma, mas também em seu corpo, ela só poderia pertencer a
Deus. Na verdade, qualquer homem bem nascido e que não tenha
sentimentos baixos ou indignos, a respeito de Deus Santíssimo,
não poderia imaginar senão que a Mãe de Deus lhe fosse
exclusivamente reservada e consagrada. Virgem antes do parto,
Virgem durante o parto, Virgem depois do parto: estas três
afirmações do dogma cristão são de soberana conveniência. Para
imaginar que não fosse assim era preciso ter de Deus e dos
atributos divinos um sentimento bastante vulgar; no fundo
seria preciso não ter o senso de Deus, não saber que os
procedimentos divinos são todos de honra, de dignidade, de
respeito por sua criatura. A dignidade da mãe de Deus exige
que ela seja sempre virgem, e não só sempre virgem mas nunca
tocada pela sombra do mal a começar pelo mal hereditário do
pecado original”
(Pe. R. Th. Calmel. O. P.).
4.
Mãe de Jesus Cristo:
“O anjo anunciou aos pastores o nascimento de Jesus como o do
Messias prometido a Israel: ‘Hoje, na cidade de Davi,
nasceu-vos um Salvador que é o Cristo Senhor’
(Lc 2, 11). Desde o
início Ele é ‘aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo’
(Jo 10, 36),
concebido como ‘Santo’ no seio virginal de Maria. José foi
chamado por Deus ‘ a receber Maria, sua mulher’, grávida
‘daquele que foi gerado nela pelo Espírito santo’
(Mt 1, 21), para que
Jesus, ‘que se chama Cristo’, nascesse da esposa de José na
descendência messiânica de Davi (Mt 1,
16)” (Catecismo da
Igreja Católica, 437).
5.
Mãe da Divina Graça:
“Como uma mulher – Eva – havia cooperado para a perda da
graça, assim, por harmoniosa disposição da Divina Providência,
outra mulher – Maria – devia cooperar para a restituição da
graça. Certamente a vida da graça nos vem de Jesus que é sua
‘única fonte’ e é o ‘Único Salvador’; mas enquanto Maria é
aquela que o deu ao mundo e está intimamente associada a toda
a vida e obra de Jesus, pode-se bem dizer que a graça vem
também por Maria” (Pe. Gabriel de Santa
Maria Madalena, Intimidade Divina, 123, 1).
6.
Mãe Puríssima, 7. Mãe Castíssima, 8. Mãe Imaculada, 9. Mãe
Intacta:
“Eis Maria que aparece no horizonte, Mãe do Salvador,
Imaculada, toda pura, que nem por um instante será escrava do
demônio, mas sempre a criatura privilegiada, toda de Deus, a
Filha predileta que o Altíssimo pôde olhar sempre com suma
complacência” (Pe. Gabriel de Santa
Maria Madalena, Intimidade Divina, 120, 1).
10.
Mãe Amável:
“Minha doce Rainha, quanto me agrada o belo título de Mãe
amável, com que vos invocam os vossos piedosos servos! Sim,
como sois amável, ó Senhora minha! ‘A vossa beleza arrebatou o
próprio senhor’ (Sl 44, 12).
São Boaventura diz que o vosso nome é por si só tão amável aos
que vos amam, que, pronunciando-o ou ouvindo pronunciá-lo,
logo se sentem inflamar e crescer no desejo de vos amar. É
justo, portanto, minha Mãe querida, que eu vos ame; mas não me
contento só com o amar-vos; desejo, agora na terra e depois no
céu, ser o que vos ame mais depois de Deus.
Se este meu desejo é muito ousado, a causa única disto é a
vossa amabilidade e o amor especial que me tendes
testemunhado. Se fôsseis menos amável, menor seria o meu
desejo de amar-vos. Aceitai, pois, Senhora, este meu desejo; e
como prova de que o haveis aceitado, obtende-me de Deus este
amor que vos peço, e que tão agradável é ao Senhor”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Visitas a Jesus
sacramentado e a Nossa Senhora, 17).
11.
Mãe Admirável:
“O título de que mais se gloria e de que mais se deve gloriar
a Virgem Maria, Senhora nossa, é o que lhe dá a Igreja, de Mãe
admirável: Mater admirabilis. Assim o revelou já a mesma
Senhora. E, se examinarmos profundamente os fundamentos deste
gloriosíssimo título, que maior admiração, uma vez, que ser
uma mulher Mãe e Virgem? Que maior admiração, outra vez, que
ser Filho desta mulher o mesmo Filho de Deus? E que maior
admiração, outra e mil vezes, que o mesmo Filho, que
eternamente é concebido e gerado na mente do Pai, seja também
concebido temporalmente e gerado no ventre da Mãe? Isto é o
que quer dizer beatus venter qui te portavit
(Lc. 11,27)”
(Pe. Antônio Vieira, Sermão XXI).
12.
Mãe do bom Conselho:
“Pedimos à Virgem Santíssima que nos obtenha uma autêntica
«sabedoria do coração», a fim de projetar bem a nossa vida e
retomar com entusiasmo as nossas atividades. Ela, que é
chamada nas Ladainhas lauretanas «Mãe do Bom Conselho»,
nos sugira bons pensamentos e nos ajude a orientar a nossa
vida de acordo com o desígnio de Deus”
(João Paulo II, 6 de setembro de 1998).
13.
Mãe do Criador:
“Mãe de Deus, Mãe do criador… dois títulos que parecem
contraditórios em seus termos e que, no entanto, exprime
grande realidade porque Maria, embora sendo criatura, é
verdadeiramente a Mãe do seu Criador, Mãe do Filho de Deus, a
quem deu corpo humano, fruto das suas entranhas e do seu
sangue” (Pe. Gabriel de Santa Maria
Madalena, Intimidade Divina, 122, 1).
14.
Mãe do Salvador:
“Ó Filha, escutai e vede, tão preciosa fostes que merecestes
tornar-vos filha do Filho e ser a serva daquele que gerastes,
a Mãe do senhor, a Mãe do Salvador, Filho do Altíssimo. O Rei
arrebatado pelo esplendor de vossa beleza, escolheu
complacente vossa carne imaculada para lugar de seu
recolhimento” (Pe. Gabriel de Santa
Maria Madalena, Intimidade Divina, 120, 2).
15.
Mãe da Igreja:
“O papel de Maria para com a Igreja é inseparável de sua união
com Cristo, decorrendo diretamente dela (dessa união). ‘Esta
união de Maria com seu Filho na obra da salvação manifesta-se
desde a hora da concepção virginal de Cristo até sua morte.
Ela é particularmente manifestada na hora da paixão de Jesus…
Após a ascensão de seu Filho, Maria ‘assistiu com suas orações
a Igreja nascente’. Reunida com os apóstolos e algumas
mulheres, ‘vemos Maria pedindo, também ela, com sua orações, o
dom do Espírito, o qual, na Anunciação, a tinha coberto com
sua sombra… ‘Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune
de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida
terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E
para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho,
Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi
exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. A Assunção da
Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de
seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros
cristãos” (Catecismo da Igreja Católica,
964-966).
16.
Virgem Prudentíssima:
“Ó Maria, és santa de corpo e de espírito. De modo todo
especial, podeis dizer: ‘A minha conversação está nos céus”…
Sois o jardim fechado, a fonte selada, o templo do Senhor, o
santuário do Espírito Santo! Sois a Virgem prudentíssima: além
da lâmpada cheia, tendes repleto de óleo o vaso”
(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena,
Intimidade Divina, 121, 2).
17.
Virgem Venerável, 18. Virgem Louvável:
“Certamente, era de todo conveniente que esta Mãe tão
venerável brilhasse sempre adornada dos fulgores da santidade
mais perfeita, e, imune inteiramente da mancha do pecado
original, alcançasse o mais belo triunfo sobre a antiga
serpente; porquanto a ela Deus Pai dispusera dar seu Filho
Unigênito — gerado do seu seio, igual a si mesmo e amado como
a si mesmo — de modo tal que Ele fosse, por natureza, Filho
único e comum de Deus Pai e da Virgem; porquanto o próprio
Filho estabelecera torná-la sua Mãe de modo substancial;
porquanto o Espírito Santo quisera e fizera de modo que dela
fosse concebido e nascesse Aquele de quem Ele mesmo procede”
(Pio IX, Bula “Ineffabilis Deus”, 3).
19.
Virgem Poderosa:
“Tão grande é o prestígio de uma mãe, que nunca pode tornar-se
súdita de seu filho, ainda que ele seja monarca e tenha
domínio sobre todas as pessoas do seu reino. É verdade,
sentado agora à direita de Deus Pai, no céu, reina Jesus e tem
supremo domínio sobre todas as criaturas e também sobre Maria.
E o tem mesmo como homem, diz Santo Tomás, por causa da união
hipostática com a pessoa do Verbo. Todavia, é também certo que
nosso Redentor, quando vivia na terra, quis humilhar-se a
ponto de ser submisso a Maria” (Santo
Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 1, capítulo
VI).
20.
Virgem Benigna:
“Enquanto Maria viveu na terra, seu constante pensamento,
depois da glória de Deus, era ajudar os necessitados. Sabemos
que desde então já gozava o privilégio de ser ouvida em tudo o
que pedia. Haja em vista, por exemplo, o que se passou nas
bodas de Caná, na Galiléia. Veio a faltar o vinho, com vexame
e contratempo então para os esposos. Cheia de compaixão, a
Santíssima Virgem pediu ao Filho que os consolasse com um
milagre. Expôs-lhe a necessidade em que se viam, dizendo: Eles
não têm vinho (Jo 2, 3)”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias
de Maria, Parte 1, capítulo VI, 2).
21.
Virgem Fiel:
“Eis que venho, para fazer, ó Deus, a vossa vontade”
(Hb 10, 7). Assim Maria,
que devia ser a imagem mais fiel do cristo, oferece-se à
vontade do Pai celeste, dizendo: ‘Eis a serva do Senhor,
faça-se em mim segundo a vossa palavra’
(Lc 1, 38).
Fiel à sua oferta, aceitará incondicionalmente não só qualquer
desejo manifestado por Deus, mas também qualquer circunstância
por Ele permitida; aceitará a longa viagem penosa que a
conduzirá para longe de casa, precisamente nos dias em que
deverá dar à luz o Filho de Deus; aceitará a humilde e pobre
estrebaria, a fuga noturna para o Egito, as dificuldades e os
incômodos do exílio, o trabalho e o cansaço de uma vida pobre,
a separação do Filho que se afasta dela para se dar ao
apostolado, as perseguições e as injúrias ao seu Jesus e tão
pungente ao seu coração materno; aceitará enfim os opróbrios
da Paixão e do Calvário, a morte do Filho amado”
(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena,
Intimidade Divina, 120, 2).
22.
Espelho de Justiça:
“O termo justiça é usado no sentido bíblico de santidade; se
diz da Virgem que ela é espelho de justiça por ser ela quem
melhor reflete a santidade de Deus” (Pe.
R. Th. Calmel, O.P.).
23.
Sede da Sabedoria:
“Maria, a Mãe de Deus toda santa, sempre Virgem, é a
obra-prima da missão do Filho e do Espírito na plenitude do
tempo. Pela primeira vez no plano da salvação e porque o seu
Espírito a preparou, o Pai encontra a Morada em que seu Filho
e seu Espírito podem habitar entre os homens. É neste sentido
que a Tradição da Igreja muitas vezes leu, com relação a
Maria, os mais belos textos sobre a Sabedoria. Maria é
decantada e representada na Liturgia como o ‘trono da
Sabedoria” (Catecismo da Igreja
Católica, 721).
24.
Causa de nossa alegria:
“Antes da vinda de Nosso Senhor, o Céu estava fechado para
nós. Foi o sacrifício do Calvário que nos reconciliou com o
Criador e nos proporcionou a verdadeira e eterna felicidade.
Como foi por meio de Nossa Senhora que o Redentor da
humanidade veio à Terra, Maria Santíssima é, pois, a causa de
nossa maior alegria” (André Damino, Na
escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).
25.
Vaso Espiritual:
“Maria é vaso espiritual porque é a criatura, a única e
singular criatura humana, que foi sempre residência do
Espírito Santo” (Pe. R. Th. Calmel, O.
P.).
26.
Vaso Honorífico:
“É vaso honorífico no sentido de que é digna de toda honra
mais do que qualquer criatura no céu e na terra” (Pe. R. Th.
Calmel, O. P.).
27.
Vaso insigne de Devoção:
“Como Nossa Senhora nunca deixou de ser devotada aos desígnios
de Deus — ao seu mais alto desígnio que é a encarnação
redentora — reconhecemos ser ela animada por insigne devoção:
eis a serva do senhor” (Pe. R. Th.
Calmel, O. P.).
28.
Rosa Mística:
“Ninguém ignora que a rosa é símbolo de amor. Já que Maria é
cheia de graça e de amor, nós a proclamamos rosa mística”
(Pe. R. Th. Calmel, O. P.).
29.
Torre de Davi:
“Lemos na Sagrada Escritura que o rei Davi tomou a fortaleza
de Jerusalém dos jebuseus e edificou a cidade em torno dela.
‘E Davi habitou a fortaleza, e por isso se chamou cidade de
Davi’ (Paralipômenos, 11,7).
Naturalmente, o rei Davi fortificou a cidade, para torná-la
inexpugnável, e a dotou de forte guarnição. A Igreja Católica
é a nova Jerusalém, e nela temos uma torre ou fortaleza que
nenhum inimigo pode invadir ou destruir, que é Nossa Senhora.
Ela constitui o ponto de maior resistência e melhor defesa.
Por isso, nesta invocação honramos a Nossa Senhora
reconhecendo que nunca houve, nem haverá, quem melhor proteja
os fiéis e defenda a honra de Deus do que Ela”
(André Damino, Na escola de Maria, Ed.
Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).
30.
Torre de Marfim:
“Maria nos protege com força e inteligência de mãe contra a
Serpente infernal e seus sequazes, por isso pode ser comparada
à uma torre. Ela nos protege tanto mais firmemente contra os
liames do pecado porque ela própria nunca a eles deu a menor
deixa, é pura, imaculada, é o que sugere, embora palidamente,
a cor do marfim. Pureza e proteção estão sempre conexas nas
intervenções de Nossa Senhora, por isso é torre de marfim”
(Pe. R. Th. Calmel, O. P.).
31.
Casa de Ouro:
“Em seu seio virginal Maria deu ao Filho de Deus a natureza
humana, é comparada, então, a uma moradia de beleza
inestimável: casa de ouro” (Pe. R. Th.
Calmel, O. P.).
32.
Arca da Aliança:
“No Antigo Testamento, na Arca da Aliança ficavam guardadas as
tábuas da lei dadas por Deus a Moisés e um punhado do maná
recebido milagrosamente no deserto. Por isso ela lembrava as
promessas e a proteção de Deus. Nossa Senhora é, no Novo
Testamento, a Arca da Aliança que protege o povo eleito da
Igreja Católica e lembra as infinitas misericórdias de Deus”
(André Damino, Na escola de Maria, Ed.
Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).
“A arca da aliança abrigava somente as Tábuas da Lei, mas
Maria abrigou aquele que o céu e a terra não podem conter”
(Pe. R. Th. Calmel, O. P.).
33.
Porta do Céu:
“Nossa Senhora é invocada desse modo, pois foi por meio d’Ela
que Jesus Cristo veio à Terra, e é por Ela que nos vêm todas
as graças, as quais têm como finalidade nos levar ao Céu,
nossa morada eterna. Assim, Ela favorece nossa entrada no Céu,
como a porta favorece a entrada num local”
(André Damino, Na escola de Maria, Ed.
Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).
34.
Estrela da Manhã:
“Pouco antes de nascer o sol, quando a escuridão é maior e vai
começar a clarear, aparece no horizonte uma estrela de maior
luminosidade. Depois, quando as outras estrelas desaparecem na
claridade nascente, ela ainda permanece. Assim foi Nossa
Senhora, pois seu nascimento significava que logo nasceria o
Sol de Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo. E quando a Fé se
perdia até entre o povo eleito, Ela continuava a acreditar e
esperar. Ela é o modelo da perseverança na provação e o
anúncio da Luz que virá” (André Damino,
Na escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).
35.
Saúde dos Enfermos:
“A condição de sofrimento em que viveis e o desejo de
recuperar a saúde tornam-vos particularmente sensíveis ao
valor da esperança. Confio à intercessão de Maria a vossa
aspiração ao bem-estar do corpo e do espírito... Esta
ajudar-vos-á a dar um significado novo ao sofrimento,
transformando-o em caminho de salvação, em ocasião de
evangelização e de redenção. Com efeito, "o sofrer pode ter
também um significado positivo para o homem e para a própria
sociedade, chamado como é a tornar-se uma forma de
participação no sofrimento salvífico de Cristo e na Sua
alegria de Ressuscitado e, portanto, uma força de santificação
e de edificação da Igreja" (Christifideles
laici, 54; cf. Carta Encíclica Salvifici doloris, 23).
Modelada na experiência de Cristo e habitada pelo Espírito
Santo, a vossa experiência da dor proclamará a força vitoriosa
da Ressurreição” (João Paulo II, 11 de
fevereiro de 1998).
36.
Refúgio dos Pecadores:
“Como os pobres enfermos, que, por causa de suas misérias,
vivem abandonados de todos e só encontram abrigo nos hospitais
públicos: assim os pecadores mais miseráveis, embora repelidos
por todos, encontram acolhimento na misericórdia de Maria.
Deus colocou-a neste mundo para ser o refúgio e o hospital
público dos pecadores, conforme se exprime São Basílio. Esta
é, também, a razão por que Santo Efrém a chama ‘abrigo dos
pecadores’. Assim, minha Rainha, se a vós recorro, não podeis
repelir-me por causa dos meus pecados; e quanto mais miserável
sou, tanto mais razão tenho de ser acolhido sob a vossa
proteção, porque Deus vos criou para serdes o refúgio dos mais
miseráveis. A vós, portanto, recorro, ó Maria, colocando-me
debaixo do manto da vossa proteção. Sois o refúgio e a
esperança da minha salvação. Se me rejeitásseis, para quem me
voltaria?” (Santo Afonso Maria de
Ligório, Visitas a Jesus Sacramentado e a Nossa Senhora, 18).
37.
Consoladora dos Aflitos:
“Que alívio eu sinto nas minhas penas, que consolação nas
minhas tribulações, que força nas tentações, quando penso em
vós, e vos chamo em meu auxílio, Maria, Mãe terna e santa!
Grandes santos, quanta razão tendes de exaltar esta augusta
Senhora minha, chamando-lhe como Santo Efrém: ‘o porto dos
aflitos’; como São Boaventura: ‘a reparação de nossas
desgraças e a consolação dos miseráveis’; como São Germano: ‘o
fim das nossas lágrimas’. Maria, consolai-me; vejo que estou
cheio de iniqüidades, cercado de inimigos, pobre de virtudes,
frio no amor para com Deus. Consolai-me, consolai-me, mas a
consolação que desejo é começar uma vida nova, uma vida
verdadeiramente agradável a vosso Filho e a vós”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Visitas a Jesus
Sacramentado e a Nossa Senhora, 28).
38. Auxílio dos Cristãos:
No século XVI, a força naval dos turcos ameaça dominar o
Mediterrâneo. Unindo a Espanha com Veneza, o papa São Pio V
consegue formar uma força naval sob o comando de João da
Áustria. E, em 1571, no estreito de Lepanto a esquadra turca
foi totalmente destruída. Enquanto se realizava a batalha o
papa e toda a sua corte rezava o rosário de Nossa Senhora.
Após a vitória, o papa São Pio V mandou incluir na Ladainha de
Nossa Senhora a invocação: Auxílio dos Cristãos.
39.
Rainha dos anjos:
“A Santa Mãe de Deus foi exaltada acima de todos os coros dos
anjos. Sim, diz o Abade Guerrico, exaltada acima dos anjos,
de modo que só tem acima de si seu Filho, o Unigênito de Deus.
Dividem-se todos as ordens de anjos e santos em três
hierarquias, como ensinam Santo Tomás e o Pseudo-Dionísio
Areopagita. Mas, segundo Gerson, constitui Maria no céu uma
hierarquia à parte, de todas a mais sublime, a segunda depois
de Deus. A senhora está incomparavelmente acima dos servos,
observa Santo Antonino; e assim também a glória de Maria é sem
comparação maior do que a dos anjos”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2,
capítulo II, VIII, Segundo Ponto, 1).
40. Rainha dos Patriarcas, 41. Rainha dos Profetas:
“Os patriarcas e os profetas que esperavam e anunciavam o
Messias, o Redentor da humanidade culpada, deviam
inevitavelmente levantar os olhos para a Mãe do Messias,
aquela que finalmente iria esmagar a cabeça da Serpente. Esta
espera que se prolongou por séculos, começara no coração de
Adão e Eva, os primeiros pais do gênero humano, logo após o
primeiro pecado e o primeiro perdão do Pai Celeste. A espera e
a esperança, o anúncio profético ficaram mais precisos ao
longo do Antigo Testamento. E assim os Patriarcas e Profetas
anunciaram ao mesmo tempo o Redentor e Rei dos reis e a Virgem
Santíssima que o traria ao mundo e reinaria à sua direita
(Salmo 44: astitit Regina a dextris tuis).
Com toda a propriedade Maria é invocada como Rainha dos
Patriarcas e dos Profetas” (Pe. R. Th.
Calmel, O. P.).
42. Rainha dos Apóstolos:
“Reunindo à sua volta os Apóstolos e os discípulos tentados
pela dispersão, a Virgem Maria entrega-os ao “fogo” do
Espírito, que os há de lançar na aventura da missão. O “sensus
fidei” do povo cristão reconhecerá a presença ativa de Maria,
não apenas na comunidades dos primórdios, mas também nas
vicissitudes da Igreja. Por isso, não hesitará em tributar-lhe
o título de “Rainha dos Apóstolos” (João
Paulo II, Celebração da Palavra em Zadar, Croácia).
43.
Rainha dos Mártires:
“Maria é Rainha dos mártires. Pois entre todos os martírios
foi o seu o mais longo e também o mais doloroso. Quem lhe
poderá medir jamais a extensão? Ao considerar o sofrimento
dessa Mãe dolorosa, não sabia Jeremias a quem compará-lo. Pois
não exclama: A quem te compararei? Porque é grande como o mar
o teu desfalecimento. Quem te remediou? (Jr 2, 13). ‘Ó Virgem
bendita, como a amargura do mar excede todas as amarguras,
assim tua dor excede todas as outras dores’,- desta forma
explica Hugo de São Vitor o citado texto. Na opinião de
Eádmero, a dor de Maria era suficiente para causar-lhe a morte
a cada instante, se Deus não lhe tivesse conservado a vida por
um singular milagre. E São Bernardino de Sena chega a dizer
que a intensidade de seu sofrimento tão aniquiladora foi, que,
dividida por todos os homens, bastaria para faze-los morrer
todos, repentinamente” (Santo Afonso
Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2, capítulo II,
Tratado II, Ponto Segundo).
44. Rainha dos Confessores:
“Sem ter nunca celebrado os santos mistérios nem ter
confessado a fé à maneira comum dos confessores, testemunhou
desta fé na presença de Deus, dos anjos e dos bons homens com
a força e a constância de santa Mãe de Deus; logo é com toda a
justeza que podemos aclamá-la, Rainha dos Confessores”
(Pe. R. Th. Calmel, O. P.).
45. Rainha das Virgens, 46. Rainha de todos os Santos:
“Enfim, sua virgindade foi de tal modo humilde, transparente e
penetrada de caridade para com Deus, que mereceu tornar-se mãe
de Deus permanecendo virgem; de algum modo o Verbo de Deus se
obriga a consagrar a virgindade daquela que lhe dava a
natureza humana: verdadeiramente Rainha das Virgens, Rainha de
todos os santos” (Pe. R. Th. Calmel, O.
P.).
47.
Rainha Concebida sem Pecado Original:
“A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua
Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente,
em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero
humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado
original” (DS 2803).
48.
Rainha assunta ao céu:
“Consideremos como, descendo o Salvador do céu para encontrar
a Mãe, lhe disse, consolando-a: Levanta-te, apressa-te, amiga
minha; pomba minha, formosa minha, e vem. Porque já passou o
inverno, já se foram e cessaram de todo as chuvas
(Ct 2, 10). Vamos, minha
cara Mãe, minha bela e pura pomba, deixa este vale de
lágrimas, onde tens sofrido tanto por meu amor… Vem com alma e
corpo, gozar o prêmio de tua santa vida. Se tens padecido
muito no mundo, maior é a glória que te darei de rainha do
universo.
Eis que Maria já deixa a terra. Vêm-lhe à memória as muitas
graças que aí recebera de seu Senhor. Olha-a por isso com
afeto e juntamente com compaixão, recordando-se dos pobres que
deixa expostos a tantas misérias e a perigos tantos. Jesus lhe
estende a mão, e a santa Mãe já se eleva no ar, já passa as
nuvens e as esferas. E chega enfim às portas do céu”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de
Maria, Parte 2, capítulo II, VIII, Primeiro Ponto, 1).
49.
Rainha do Santo Rosário:
“Dos Nossos Predecessores, Sixto V, de feliz memória, aprovou
o antigo costume de recitar o Rosário; Gregório XIII instituiu
a festa do Rosário; Clemente VIII introduziu-a no Martirológio;
Clemente XI estendeu-a a toda a Igreja; e Benedito XIII
inseriu-a depois no Breviário Romano. Assim Nós, em perene
testemunho do Nosso apreço por esta forma de piedade, além de
havermos decretado que dita festa e o seu Oficio sejam
celebrados em toda a Igreja, com rito duplo de segunda classe,
também quisemos que o mês de Outubro inteiro fosse consagrado
a esta devoção. Enfim, prescrevemos que nas Ladainhas
Lauretanas se acrescentasse a invocação: "Rainha do
sacratíssimo Rosário", como augúrio de vitória na presente
luta” (Leão XIII, Carta Encíclica
“Diuturni Temporis”, 4).
50.
Rainha da paz:
“O nosso olhar volta-se para Ti com emoção mais forte,
recorremos a Ti com confiança cada vez maior nestes tempos
assinalados por não poucas incertezas e temores pela sorte do
presente e do futuro do nosso Planeta.
A Ti, primícia
da humanidade redimida por Cristo finalmente libertada da
escravidão do mal e do pecado elevamos juntos uma súplica
premente e confiante: escuta o grito de dor das vítimas das
guerras e de tantas formas de violência que ensanguentam a
Terra.
Dissipa as
trevas da tristeza e da solidão do ódio e da vingança. Abre a
mente e o coração de todos à confiança e ao perdão!
Mãe de
misericórdia e de esperança, obtém para os homens e as
mulheres do terceiro milênio, o dom precioso da paz: paz nos
corações e nas famílias, nas comunidades e entre os povos; paz
sobretudo para as nações onde em cada dia se continua a
combater e a morrer.
Faz com que
cada ser humano, de todas as raças e culturas, encontre e
acolha Jesus, vindo sobre a Terra no mistério do Natal, para
nos dar a "sua" paz. Maria, Rainha da Paz, dá-nos Cristo,
verdadeira paz do mundo!” (João Paulo
II, Solenidade da Imaculada Conceição, 08 de dezembro de 2003).
|