Revmo 
                    Pe.Divino Antônio Lopes,FP e demais irmãos filhos da Paixão.
                    
                    
                    Li 
                    vossa carta criticando os vazios temas escolhidos pela CNBB 
                    para as suas "Campanhas da Fraternidade".
                    
                    
                    Não 
                    sou versado nas coisas Sagradas da Igreja Católica, mas 
                    várias vezes meu coração me impulsiona ao estudo da bíblia e 
                    do sagrado, e quando sinto esta necessidade espiritual vou 
                    até a Igreja Católica mais próxima.
                    
                    
                    
                    Entretanto, sempre que saio daquilo que chamam de "missa" eu 
                    sinceramente me pergunto o que eu vim fazer aqui ???
                    
                    
                    Entro 
                    procurando o Sagrado, porém, o condutor da tal missa, que 
                    está ali na condição de doutrinador espiritual, me manda 
                    olhar pra água, pra terra e outras coisas passageiras. 
                    Aquilo que chamam de missa mais me parece um bando de índios 
                    cultuando as forças da natureza como se fossem o próprio 
                    Deus, amando a criatura em vez do Criador.
                    
                    
                    Saio 
                    da Igreja e fico triste. Vejo um povo inculto adorando as 
                    forças naturais e chego a pensar que os índios venceram aqui 
                    na América Latina, em vez de serem catequizados foram eles 
                    que catequizaram os padres católicos atuais.
                    
                    
                    E a 
                    CNBB é para mim o cérebro desta estupidez que campeia na 
                    Igreja Católica. Os temas das "Campanhas da Fraternidade" 
                    são o aspecto mais visível desta estupidez.
                    
                    
                    
                    Entretanto Revmo Padre Divino Antonio Lopes, entendo que o 
                    momento é de mostrar a força dos valores eternos dentro 
                    desta mesma Igreja que, nos dias que passa, está quase 
                    irreconhecível.
                    
                    
                    As 
                    discussões com este órgão colegiado são indignas e 
                    desgastantes.
                    
                    
                    Penso 
                    que mais vale o trabalho árduo de formação de sólidas 
                    lideranças católicas, do que gastar o tempo em tentar 
                    explicar à CNBB o tamanho de seu erro, erro este que ou 
                    afasta o cristão da Igreja ou o faz retornar ao estado em 
                    que se encontravam os índios latino e centro americanos 
                    antes da chegada da Cruz e da espada espanholas como 
                    claramente mostra o filme Apocalypto do Mel Gibson.
                    
                    
                    
                    Concordo plenamente com vossa carta à CNBB e partilho de 
                    vossa tristeza, mas vos peço, não deixais que vos usais para 
                    mais uma vez exercerem um poder esmagador sobre uma boa 
                    obra, numa demonstração de força que só mina a vontade de 
                    outros que também discordam como o senhor.
                    
                    
                    A 
                    luta no momento é a da formação de sólidas lideranças 
                    católicas, esta é a verdadeira batalha.