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                Informações: Dia: 20/04/2007 Hora: 17:07:20 
              Nome: Talmaturgo Gomes de Abreu 
              Outro: Sugestão(liturgia) 
              e-mail: traumaabreufsj@hotmail.com 
              Telefone: (61)33670738 / 93338657 
              Comentários: Revmo Pe.Divino Antônio Lopes,carissimo Irmão Gabriel 
              do Santissimo Crucifixo. Escrevo mais uma vez para a gradecer a 
              atenção a mim dispensada na carta anterior e tbm gostaria de 
              sugerir(se não for muito atreveimento de minha parte)um estudo 
              sobre a sagrada liturgia,mais especificamente voltada a questão 
              das vestes sagradas,desde as vestes dos coroinhas e até mesmo as 
              do padre,sei q surgiram muitas inovações atribuidas ao vaticanoII,algumas(a 
              meu ver)heréticas ao extremo.começando pelo fato de ver o coroinha 
              no altar sem a veste q lhe é própria,desde q me entendo por gente 
              a veste do coroinha é sempre a batina vermelha com a sobrepeliz 
              branca,em alguns casos usa-se uma tunica totalmente branca(ou de 
              cor neutra),mas a meu ver a heresia extrema é o coroinha e/ou o 
              padre no altar,na celebração dos santos mistérios apenas de traje 
              comum. Graças a Deus não tenho visto o padre de traje comum 
              celebrando a missa,mas em alguns casos tenho lido relatos q os 
              coroinhas servem ao senhor com roupas q vieram de casa,em alguns 
              casos por determinação da paróquia,em outros(dizem q)pq o bispo 
              assim determina. Sugiro esse estudo a respeito da sagrada liturgia 
              para ajudar aos verdadeiros católicos a defenderem a igreja e tbm 
              exigir uma liturgia digna de nosso senhor. Gostaria de saber até q 
              ponto se deve obedecer aos superiores(bispos,pároco,etc)mesmo qdo 
              a gente sabe q os mesmo estão errados? Temos o direito de 
              questioná-los ou somos obrigados a aceitar de boca calada,ou 
              melhor,a\"engolir o sapo\"da heresia e da falta de zelo pela santa 
              liturgia??? Sem mais aqui me despeço,peço q me desculpem os erros 
              de potuguês e o desabafo. In corde Jesu semper. 
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            Anápolis, 25 de abril de 
            2007 
              
            
            Ao senhor Talmaturgo 
            Gomes de Abreu 
              
            
            Prezado senhor, seja 
            zeloso pelo sagrado: “Pois o zelo por tua casa me devora...”
            (Sl 69, 10). 
            
            Obrigado pelo seu preciso 
            e-mail. 
            
            O assunto abordado pelo 
            senhor, é justamente o mais desobedecido atualmente pelo clero. 
            
            A Santa Igreja sempre 
            orientou corretamente o clero em relação às vestes litúrgicas, 
            porém, deixou abertura, e por ela entrou a desordem, ou melhor, a 
            bagunça na liturgia; sempre encabeçada por muitos bispos: “Quanto 
            à forma das vestes litúrgicas, as Conferências Episcopais podem 
            determinar e propor à Santa Sé as adaptações que correspondam às 
            necessidades e costumes da região” 
            (Instrução Geral sobre o Missal Romano, 304). 
            
            No rodapé do Missal diz:
            “A CNBB (XII Assembléia Geral – 1971) 
            aprovou a substituição do conjunto alva e casula por túnica ampla, 
            de cor neutra, com estola da cor do tempo ou da festa”. 
            
            Muitos padres, conformados 
            com tal bagunça, chamam amorosamente essa túnica ampla de túnica 
            morcego, sendo que na verdade, parece mais um saco de dormir.
            É essa a mais usada pelos liberteiros, principalmente por Dom 
            Demétrio Valentim, Dom Tomás Balduino (emérito) e Dom Pedro 
            Casaldáliga (emérito). 
            
            Leia em seguida, as normas 
            sobre as Vestes Litúrgicas do Documento Redemptionis Sacramentum, de 
            25 de março de 2004. 
              
            
              
              
                
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                  121. “A 
                  diversidade de cores das vestes sagradas tem por finalidade 
                  exprimir externamente de modo mais eficaz, por um lado, o 
                  caráter peculiar dos mistérios da fé que se celebram e, por 
                  outro, o sentido progressivo da vida cristã ao longo do ano 
                  litúrgico” (210). Com efeito, “diversidade de funções na 
                  celebração da Eucaristia é significada externamente pela 
                  diversidade das vestes sagradas”. “Convém, entretanto, que 
                  tais vestes contribuam também para o decoro da ação sagrada” 
                  (211). 
                  
                  122. “A alva é 
                  cingida à cintura por um cíngulo, a não ser que, pelo seu 
                  feitio, ela se ajuste ao corpo sem necessidade de cíngulo. Se 
                  a alva não cobrir perfeitamente o traje comum em volta do 
                  pescoço, por-se-á o amito antes de a vestir” (212). 
                  
                  123. “Salvo 
                  indicação em contrário, a veste própria do sacerdote 
                  celebrante, para a Missa e outras ações sagradas diretamente 
                  ligadas com a Missa, é a casula ou planeta, que se veste sobre 
                  a alva e a estola” (213). Do mesmo modo, o Sacerdote que, 
                  segundo as rubricas, veste a casula não deixe de colocar 
                  também a estola. Todos os Ordinários velarão para que se 
                  elimine qualquer uso contrário. 
                  
                  126. É reprovável 
                  o abuso de os ministros sagrados, mesmo quando participa um 
                  único ministro, contrariamente às prescrições dos livros 
                  litúrgicos, celebrarem a Santa Missa sem paramentos sagrados 
                  ou levando apenas a estola sobre a cogula monástica ou o 
                  hábito religioso comum ou outra roupa corrente (216). Os 
                  Ordinários providenciem por corrigir quanto antes esses abusos 
                  e disponham para que em todas as igrejas e oratórios sob a sua 
                  jurisdição haja um número adequado de paramentos litúrgicos 
                  confeccionados segundo as normas. 
                  
                  127. Nos livros 
                  litúrgicos dá-se a especial faculdade de utilizar nos dias 
                  mais solenes paramentos festivos ou de maior dignidade, mesmo 
                  que não sejam da cor do dia (217). Essa faculdade, porém, que 
                  se refere propriamente aos paramentos já muito antigos a fim 
                  de preservar o patrimônio da Igreja, tem sido indevidamente 
                  estendida a inovações de tal modo que, deixando de lado os 
                  usos recebidos, se utilizam formas e cores segundo gostos 
                  subjetivos e se deturpa o sentido desta norma em prejuízo da 
                  tradição. Por ocasião de um dia festivo, paramentos sagrados 
                  da cor de ouro ou prata podem substituir, segundo as 
                  oportunidades, os de outra qualquer cor, com exceção dos roxos 
                  ou pretos.  | 
                 
               
              
             
              
            
            Caríssimo senhor, mesmo no 
            trecho acima existe abertura. Quando a Santa Igreja eliminar essas 
            aberturas e punir os baderneiros, a começar pelos bispos, com 
            certeza o clero obedecerá. 
            
            Se o clero não se 
            paramenta como pede a Santa Igreja, é claro que o mesmo não exigirá 
            isso dos coroinhas. 
            
            A veste correta para o 
            coroinha é: túnica vermelha e sobrepeliz de cor branca. 
             
            
            Senhor Talmaturgo, bispos 
            e padres não são os donos da Santa Igreja, por isso, se eles 
            desobedecem a Igreja, o senhor não tem nenhuma obrigação de 
            segui-los. O senhor tem todo o direito de chamar-lhes a atenção, com 
            caridade e sinceridade: “Qualquer 
            católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito 
            a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e 
            ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé 
            apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice.[290] Convém, 
            sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja 
            exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com 
            veracidade e caridade”
            (Documento Redemptionis Sacramentum, 184). 
            
            Prezado senhor, aproveite 
            o tempo pascal e leia os Atos dos Apóstolos. 
            
            Adquira, caso não tenha, 
            os livros: A Prática do amor a Jesus Cristo e Preparação para a 
            Morte; ambos foram escritos por Santo Afonso Maria de Ligório. 
            
            Eu te abençôo e te guardo 
            no Coração Imaculado de Maria: “Mãe de misericórdia, concedei-me 
            a graça de obter a verdadeira Sabedoria de Deus” 
            (São Luiz G. de Montfort, Tratado da verdadeira 
            devoção, p. 164). 
              
            
            Atenciosamente, 
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes 
            FP. 
              
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