Informações: Dia: 23/04/2007 Hora: 14:55:52
Nome: Nilton Fontes
Outro: Ressurreição
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Telefone: 31-3557-1312
Comentários: Um sacerdote disse sobre a ressurreição o texto
abaixo. Achei muito estranha a sua colocação, por isso pergunto:
Está certo isso? \"...é que Cristo após ressucitado, aparecido aos
apóstolos corporalmente e depois subido ao céu, \"hoje\" está
presente no meio de nós somente de duas maneiras explícitas: Na
Sagrada Escritura e nos Sacramentos, pricipalmente na Sagrada
Eucaristia, corpo e sangue de Nosso Senhor Vivo e Ressucitado.
Todavia, com o corpo semelhante ao nosso Ele não está. Está no
céu, de onde inclusive, estamos esperando sua segunda e definitiva
volta. (...) , Ele não tendo corpo físico - como o meu e o seu
neste \"tempo\" em que nos encontramos, Ele conta sim, com os meus
pés para continuar chegando aos lugares mais distantes, meus
braços para acolher os pequeninos, meus lábios para anunciar a Boa
Nova\". Aguardo sua orientação esclarecedora. Em 23.04.2007 Nilton
Fontes
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Anápolis, 26 de abril de 2007
Ao senhor Nilton Fontes
Prezado senhor, ame a Cristo Jesus de todo o coração:
“Eu ainda não o amava, e Ele já me tinha Amor”
(São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia, Vol.
3).
Jesus ressuscitou dentre os mortos com um corpo
glorificado, idêntico ao que será o nosso depois da nossa
ressurreição. Era um corpo “espiritualizado”, livre das limitações
impostas pelo mundo físico. Era (e é) um corpo que não pode sofrer
ou morrer; um corpo que irradiava a luminosidade e a beleza de uma
alma unida a Deus; um corpo que a matéria não podia interceptar,
podendo passar através de um sólido muro como se este não existisse;
um corpo que não precisava caminhar com passos laboriosos, mas que
podia mudar-se de um lugar para outro com a velocidade do
pensamento; um corpo livre de necessidades orgânicas como comer,
beber ou dormir.
“... o próprio Senhor, despojando-se por sua
ressurreição da mortalidade da carne e revestindo-se de UM CORPO NÃO
DIFERENTE MAS IMORTAL...”
(Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo).
Jesus Cristo ressurgiu por seu próprio poder,
enquanto que a nossa ressurreição, no fim do mundo, será por virtude
divina. O modo de ressurgir de Jesus é próprio somente de Deus, como
diz São Paulo: “Embora fosse crucificado por fraqueza (da carne),
vive todavia pelo poder de Deus” (2 Cor
13, 4).
O Catecismo da Igreja Católica ensina:
“Jesus ressuscitado estabelece com seus discípulos
relações diretas, em que estes o apalpam (cf.
Lc 24, 39; Jo 20, 27) e com Ele comem
(cf. Lc 24, 30. 41-43; Jo 21, 9. 13-15).
Convida-os, com isso, a reconhecer que Ele não é um espírito (cf. Lc
24, 39), mas sobretudo a constatar que o CORPO RESSUSCITADO com o
qual Ele se apresenta a eles É O MESMO que foi martirizado e
crucificado, pois ainda traz as marcas de sua Paixão
(cf. Lc 24, 40; Jo 20, 20. 27).
Contudo, este CORPO AUTÊNTICO e REAL possui, ao mesmo tempo, as
PROPRIEDADES NOVAS de um CORPO GLORIOSO: não está mais SITUADO no
ESPAÇO e no TEMPO, mas PODE tornar-se PRESENTE a seu modo, onde e
quando quiser (cf. Mt 28, 9. 16-17; Lc 24, 15.
36; Jo 20, 14. 19. 26; 21, 4), pois sua
humanidade não pode mais ficar presa à terra, mas já pertence
exclusivamente ao domínio divino do Pai (cf.
Jo 20, 17). Por esta razão também Jesus
ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como quiser: sob a
aparência de um jardineiro (cf. Jo 20, 14-15)
ou ‘de outra forma’ (Mc 16, 12),
diferente das que eram familiares aos discípulos, e isto
precisamente para suscitar-lhes a fé (cf. Jo
20, 14. 16; 21, 4. 7).
A Ressurreição de Cristo não constitui uma volta à
vida terrestre, como foi o caso das ressurreições que Ele havia
realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e
Lázaro. Tais fatos eram acontecimentos miraculosos, mas as pessoas
contempladas pelos milagres voltavam simplesmente à vida terrestre
‘ordinária’ pelo poder de Jesus. Em determinado momento, voltariam a
morrer. A Ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. Em seu
corpo ressuscitado, Ele passa de um estado de morte para outra vida,
para além do tempo e do espaço. Na Ressurreição, o corpo de Jesus é
repleto do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no
estado de sua glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de ‘o
homem celeste’ (cf. 1 Cor 15, 35-50)”
(nn. 645-646).
A missão que, em última análise, recebe a Igreja no
fim do Evangelho de São Mateus é a de continuar para sempre a obra
de Cristo: ensinar aos homens as verdades acerca de Deus e a
exigência de que se identifiquem com essas verdades, ajudando-os sem
cessar com a graça dos sacramentos. Uma missão que durará até ao fim
dos tempos e que, para a levar a cabo, o próprio Cristo Glorioso
promete acompanhar a Sua Igreja e não a abandonar. Quando na Sagrada
Escritura se afirma que Deus está com alguém, quer se dizer que este
terá êxito nas suas empresas. Daí que a Igreja, com a ajuda e a
assistência do seu Fundador Divino está segura de poder cumprir
indefectivelmente a sua missão até ao fim dos séculos.
Na Constituição “Sacrosanctum Concilium” 7, fala da
presença de Cristo na Liturgia: “... na pessoa do ministro... nas
espécies eucarísticas... nos sacramentos... na Sua palavra... quando
a Igreja ora e salmodia”.
Leia o livro Preparação para a Morte.
Eu te abençôo e ter guardo no Sagrado Coração de
Jesus: “... aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração” (Mt 11, 29).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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