Anápolis,
06 de julho de 2007
Ao senhor Willian C. de Medeiros
Prezado senhor, diante
das provações busque apoio somente no Deus Altíssimo:
“Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor:
‘Somente vós sois meu Senhor: nenhum bem eu posso achar fora de
vós!” (Sl 15,
1-2).
Deus lhe pague pelo
precioso e-mail.
Caríssimo senhor, não
deixe de trabalhar para a glória de Deus e pelo bem das almas,
porque: “Àquele a quem muito se deu, muito será pedido, e quem
muito se houver confiado, mais será reclamado”
(Lc 12, 48).
O senhor, pela formação
que recebeu, pode fazer um bem muito grande no meio desse mundo em
trevas. Não deixe para amanhã, porque a vida é curta.
Leia e medite esse
trecho:
“Cristão, para compreenderes melhor o que és — disse São
João Crisóstomo — “aproxima-te de um sepulcro, contempla o pó, a
cinza e os vermes, e chora”. Observa como aquele cadáver, de amarelo
que é, se vai tornando negro. Não tarda a aparecer por todo o corpo
uma espécie de penugem branca e repugnante. Sai dela uma matéria
pútrida, nasce uma multidão de vermes, que se nutrem das próprias
carnes. Às vezes, se associam a estes os ratos para devorar aquele
corpo, saltando por cima dele, enquanto outros penetram na boca e
nas entranhas. Caem a pedaços as faces, os lábios e o cabelo;
descarna-se o peito, e em seguida os braços e as pernas. Quando as
carnes estiverem todas consumidas, os vermes passam a se devorar uns
aos outros, e de todo aquele corpo só resta afinal um esqueleto
fétido que com o tempo se desfaz, desarticulando-se os ossos e
separando-se a cabeça do tronco.
“Reduzido como a miúda
palha que o vento leva para fora da eira no tempo do estio” (Dn
2,35). Isto é o homem: um pouco de pó que o vento dispersa.
Onde está agora aquele
cavalheiro a quem chamavam alma e encanto da conversação? Entra em
seu quarto; já não está ali. Visita o seu leito; foi dado a outro.
Procura sua roupa, suas armas; outros já se apoderaram de tudo. Se
quiseres vê-lo, acerca-te daquela cova onde jaz em podridão e com a
ossada descarnada. Ó meu Deus! A que estado ficou reduzido esse
corpo alimentado com tanto mimo, vestido com tanta gala, cercado de
tantos amigos? Ó Santos benditos do céu, como haveis sido prudentes:
pelo amor de Deus — fim único que amastes neste mundo — soubestes
mortificar a vossa carne. Agora, os vossos ossos, como preciosas
relíquias, são venerados e conservados em urnas de ouro. E vossas
belas almas gozam de Deus, esperando o dia final para se unir a
vossos corpos gloriosos, que serão companheiros e partícipes da dita
sem fim, como o foram da cruz durante a vida. Este é o verdadeiro
amor ao corpo mortal: fazê-lo suportar trabalhos, a fim de que seja
feliz eternamente, e negar-lhe todo prazer que o possa lançar para
sempre na desdita” (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte,
Consideração I, Ponto II).
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Rezo por você, para que seja um grande santo. Não se esqueça:
“Sem a santidade ninguém verá o Senhor”
(Hb 12, 14).
Eu te abençôo e te
guardo no Puríssimo Coração de Maria Santíssima.
Atenciosamente,
Pe.
Divino Antônio Lopes FP.
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