Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Informações: Dia: 10/09/2007 Hora: 14:51:31
Nome: Filipe Henrique de Araújo
Outro: cilicio
e-mail: (excluímos) @uol.com.br
Telefone: (excluímos)
Comentários: O Senhor esteja convosco! Como posso adquirir o cilicio? At. Filipe

 

Anápolis, 14 de setembro de 2007

 

Ao senhor Felipe Henrique de Araújo

 

Prezado senhor, carregue a cruz todos os dias com paciência, ela é um precioso tesouro: “As cruzes, os desprezos, as dores, as aflições são os verdadeiros tesouros dos que amam a Jesus crucificado” (Santa Margarida Maria Alacoque, Carta 10).

 

Para adquirir o cilício, é preciso que nos envie o seu endereço completo.

Reze e vigie para não se afastar do caminho de Deus. Lembre-se de que a vida é breve:

 

“Que grande loucura expor-se ao perigo de uma morte infeliz e começar com ela uma eternidade desditosa, por causa dos breves e miseráveis deleites desta vida tão curta! Oh, quanta importância tem esse último instante, esse último suspiro, esta última cena! É uma eternidade de gozos ou de tormentos. Vale uma vida sempre feliz ou sempre desgraçada. Consideremos que Jesus Cristo quis morrer vítima de tanta amargura e ignomínia para nos obter morte venturosa. Com este objetivo nos admoesta e ameaça, tudo para que procuremos concluir a hora derradeira na graça e na amizade de Deus. Até um pagão, Antístenes, a quem perguntaram qual era a maior dita deste mundo, respondeu que era uma boa morte. Que dirá, pois, um cristão, a quem a luz da fé ensina que nesse momento se enceta um dos dois caminhos, o do eterno sofrimento ou o da eterna alegria? Se numa bolsa metessem dois bilhetes: um com a palavra inferno, outro com a palavra glória, e tivesses que tirar à sorte um deles para seguir imediatamente ao lugar indicado, que precaução não tomarias para tirar o que desse entrada para o céu? Os desgraçados, condenados a jogar a vida, como haveriam de tremer ao estender a mão para lançar os dados de cuja sorte dependesse a sua vida ou a sua morte? Com que espanto te verás próximo desse momento solene em que poderás dizer a ti mesmo: Deste momento depende minha vida ou minha morte eterna! Decide-se agora se hei de ser eternamente feliz ou desgraçado para sempre!… Refere São Bernardino de Sena que certo príncipe, ao expirar, dizia atemorizado: Eu, que tantas terras e palácios possuo neste mundo, não sei, se morrer esta noite, que mansão irei habitar! Se crês, meu irmão, que hás de morrer, que existe eternidade, que se morre só uma vez, e que, dado este passo em falso, o erro é irreparável para sempre e sem esperança de remédio: por que não te decides, desde o momento em que isto lês, a praticar quanto puderes para te assegurar uma boa morte?… Era a tremer que Santo André Avelino dizia: Quem sabe a sorte que me estará reservada na outra vida: salvar-me-ei?… Tremia um São Luís Beltrão de tal maneira que, em muitas noites, não lograva conciliar o sono, acabrunhado pelo pensamento que lhe dizia: Quem sabe se te condenarás? E tu, meu irmão, que de tantos pecados és culpado, não tremes? Apressa-te em tomar o remédio oportuno; decide entregar-te inteiramente a Deus, e começa, desde já, uma vida que não te aflija, mas proporcione consolo na hora da morte. Dedica-te à oração; freqüenta os sacramentos, evita as ocasiões perigosas e, se tanto for preciso, abandona o mundo para assegurar tua salvação, persuadido de que, quando desta se trata, não há confiança que baste” (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a morte, Consideração III, Ponto III).

 

Eu te abençôo e te guardo no Sagrado Coração de Jesus.

 

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

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