Anápolis, 05 de outubro
de 2007
Ao senhor João Carlos
Cardoso ( Irmão Lúcio)
Brasília - DF
Caríssimo Irmão Lúcio, não canse de fazer o bem:
“Se considerarmos
atentamente a misericórdia de Deus, nunca deixemos de fazer o bem de
que formos capazes”
(Das Cartas de São
João de Deus).
O Irmão Gabriel do Santíssimo Crucifixo está viajando, por isso, o
Pe. Superior ordenou que eu, Madre Mariana de Nossa Senhora das
Dores, respondesse o seu e-mail.
Prezado Irmão Lúcio, respeito muito a sua opinião, mas prefiro usar
dos direitos que a Santa Igreja me concede
para defender o nosso Instituto. Leia a
INTRODUÇÃO DE ARRANCANDO
MÁSCARAS.
Vejo que é um
ATO IMENSO DE CARIDADE
lançar nos rostos dos perseguidores as suas
CALÚNIAS, para
que os mesmos vejam os seus pecados e se arrependam antes da morte,
mesmo sendo BISPOS e
SACERDOTES.
O OITAVO
mandamento
da Lei de Deus deve ser obedecido por todos, também pelo clero.
Caríssimo Irmão,
ESSA é a NOSSA HISTÓRIA,
e não tem como
mudá-la, porque os documentos comprovam tudo.
Leia essas passagens dos Atos dos Apóstolos: 22,1; 24, 10-11; 25,
6-8 e 26, 1-3. Será que o Apóstolo São Paulo cometeu algum pecado em
se defender?
Será que esses santos (abaixo),
foram para o inferno por se defenderem?
- Santa Cunegundes "...defendeu a sua honra diante de seus
servos, uma vez que o caso estava se agravando a ponto de destruir o
seu matrimônio" (Dom Servilio Conti, I.M.C., O Santo do Dia).
-
Bem-aventurado João Batista Scalabrini disse:
"Não calarei", ao ser
aconselhado pelo Cardeal Jacobini de guardar silêncio diante das
calúnias" (Redovino Rizzardo, Vida de João Batista Scalabrini).
- São Tomás de Cantalupo:
"O arcebispo de Cantuária, não conseguindo dobrar a retidão de
Tomás, caluniou-o e o excomungou. Tomás então
recorreu a Roma apelando ao Papa
Martinho IV. Papa e cardeais reconheceram de fato a inocência do
bispo Tomás" (Dom Servilio Conti, I.M.C., O Santo do Dia).
- Santo Inácio de Loiola:
"Pedro de Castilho, Mudarra e Barrera, aterrados com as
conseqüências que podia ter a sua abominável conspiração,
confessam-se réus de calúnia, e empenham-se com todos os seus amigos
para que se ponha pedra na questão. Pensam que Inácio deve ficar
satisfeito com a sua confissão. Tendo Miguel sido condenado a ser
banido perpetuamente, deve parecer suficiente a justificação do
acusado... Mas Inácio insiste, pede
uma sentença jurídica e faz comparecer no
tribunal do governador os três cúmplices de
Miguel. Estes recusam comparecer,
renovam as suas declarações e escondem-se vergonhosamente. O
Cardeal Legado e o
governador convidam o santo a não
levar as coisas mais longe, porque a sua inocência está reconhecida;
todos os seus discípulos são da mesma opinião...
A firmeza do santo fundador é inabalável:
quer, exige uma sentença autêntica que não possa deixar a
mais leve dúvida sobre a pureza da sua fé e da sua vida, bem como da
dos seus discípulos.
Esta sentença jurídica, tão desejada
e solicitada pelo nosso santo, foi dada em Roma no dia 18 de
Novembro, depois dum rigoroso exame do livro dos Exercícios
Espirituais. Por permissão divina, que não passou despercebida a
todos os espíritos sérios, a sentença dizia que os mesmos
caluniadores de Inácio de Loiola tinham sido reconhecidos e
convictos dos crimes de que o haviam acusado.
Francisco Mudarra, condenado como
herege, conseguiu evadir-se da prisão e foi queimado em efígie.
Pedro de Castilho foi condenado pela mesma causa a prisão
perpétua. Frei Agostinho, que se apressou a transpor a
fronteira, despiu o hábito, declarou-se francamente
luterano em Genebra e terminou a sua vida pelos suplícios que
lhe tinham merecido os seus crimes. Miguel, como se viu, foi
banido dos Estados da Igreja; Barrera fugiu. No momento
da sua morte declarou que tudo o que tinha ousado dizer contra
Inácio de Loiola eram Calúnias, das quais se arrependia do fundo da
alma.
Pedro de Castilho retratou-se
de tudo no fim da vida e foi assistido na morte, na sua prisão, pelo
Padre Aveglianeda, da Companhia de Jesus. Francisco Mudarra, a quem
Deus experimentou com grandes desgraças, recorreu à caridade do
nosso santo e encontrou nele um benfeitor, um amigo e um pai.
Inácio de Loiola não conhecia outra vingança.
E, apressemo-nos em dizê-lo, tinha usado de todos os meios, de toda
a sua caridade, de todo o seu zelo para obter o perdão de seus
inimigos. O que ele quis foi um julgamento e
não o castigo dos culpados. E quis porque o julgava
necessário para o exercício do seu apostolado"
(J.M.S. Daurignac, Vida de Santo Inácio de Loiola,
cap. XII).
Atenciosamente,
Madre Mariana de Nossa Senhora das Dores
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