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            Anápolis, 03 de dezembro de 2007 
              
            
            À senhora Edenilde Teixeira da Costa 
            
            Cascavel – Paraná 
              
            
            Prezada senhora, 
            FAÇA SEMPRE 
            o BEM, 
            porque a vida é breve: 
            “... seja vossa preocupação 
            fazer o que é bom para todos os homens”
            (Rm 12, 17).
             
            
            Enviar-lhe-ei o cilício em breve. 
              
            
            Modalidade de cilício 
            
            Modernamente tem sido substituído por 
            instrumentos mais discretos que produzem efeito corporal similar. 
            Muitos santos usaram o cilício como forma de penitência, 
            mortificação ou sacrifício voluntário. 
            
            São João Batista vestiu-se com pele 
            de cabra enquanto se afastou no deserto e jejuava. Santa Rosa de 
            Lima, discretamente, usava espinhos por debaixo de uma coroa de 
            rosas que portava com habitualidade. São Tomás More, por debaixo da 
            camisa de seda com que comparecia à corte de Henrique VIII, usava 
            habitualmente uma outra de tecido grotesco, a título de cilício, 
            como forma de sacrifício voluntário. Paulo VI, Madre Teresa de 
            Calcutá e irmã Lúcia de Fátima praticaram a mortificação corporal 
            dentre muitos outros religiosos e leigos. 
            
            
             Várias 
            ordens religiosas católicas fazem uso do cilício, com habitualidade, 
            por pequenos períodos de tempo, como instrumento de mortificação com 
            o objetivo de aliar algum sacrifício pessoal ao sacrifício de Cristo 
            na cruz, com espírito de penitência, de reparação e desagravo. 
            
            A mortificação corporal, da qual o 
            cilício é apenas um instrumento, pertence ao patrimônio espiritual 
            da Igreja, é feita pelos religiosos católicos com o espírito que 
            narra João Paulo II na Carta Apostólica Salvifici Dolores: 
            "Cristo não escondia aos seus ouvintes a 
            necessidade do sofrimento. Pelo contrário, dizia-lhes muito 
            claramente: "Se alguém quer vir após mim... tome a sua cruz todos os 
            dias" (Lc 9,23); e aos seus discípulos punha algumas exigências de 
            ordem moral, cuja realização só é possível se cada um se "renega a 
            si mesmo". 
            
            E ainda, no mesmo documento: 
            "Assim como todos foram chamados a "completar" 
            com o próprio sofrimento "o que falta aos sofrimentos de Cristo" 
            (1Pd 4,13 e Cl 1,24). Cristo ensinou o homem a fazer o bem com o 
            sofrimento e, ao mesmo tempo, a fazer o bem a quem sofre. Sob este 
            duplo aspecto, revelou cabalmente o sentido do sofrimento". 
              
            
            Eu te abençôo e te guardo 
            no Sagrado Coração de Jesus. 
              
            
            Atenciosamente, 
             
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes 
            FP. 
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