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            Anápolis, 09 de fevereiro de 2008 
            
              
            
              
            
            Ao senhor Bertrand Brito de Araújo 
            
            Caicó – 
            Rio Grande do Norte 
            
              
            
              
            
            Caríssimo senhor, 
            despreze o lixo do mundo e agrade a Deus em tudo: 
            “Morra-se, mas se agrade a 
            Deus” 
            (Santo Afonso Maria de Ligório). 
            
              
            
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            FAÇA
            sempre o 
            bem, porque a VIDA 
            é BREVE
            e a morte não manda recado:
            “Neste quadro da morte, caro irmão, 
            reconhece-te a ti mesmo, e considera o que virás a ser um dia: 
            ‘Recorda-te que és pó, e em pó te converterás’. Pensa que dentro de 
            poucos anos, quiçá dentro de alguns meses ou dias, não serás mais 
            que vermes e podridão. Este pensamento fez de Jó um grande santo: ‘À 
            podridão dize: tu és meu pai; aos vermes: sois minha mãe e minha 
            irmã’. Tudo se há de acabar, e se perderes tua alma na morte, tudo 
            estará perdido para ti. ‘Considera-te desde já como morto, — disse 
            São Lourenço Justiniano — pois sabes que necessariamente hás de 
            morrer’. Se já estivesses morto, que não desejarias ter feito? 
            Portanto, agora que vives, pensa que algum dia cairás morto. Disse 
            São Boaventura que o piloto, para governar o navio, se coloca na 
            extremidade traseira do mesmo; assim o homem, para levar a vida boa 
            e santa, deve imaginar sempre o que será dele na hora da morte. Por 
            isso, exclama São Bernardo: ‘Considera os pecados de tua mocidade e 
            cora; considera os pecados da idade viril e chora; considera as 
            desordens da vida presente, e estremece’, e apressa-te em remediá-la 
            prontamente. São Camilo de Lellis, ao aproximar-se de alguma 
            sepultura, fazia estas reflexões: Se estes mortos voltassem ao 
            mundo, que não fariam pela vida eterna? E eu, que disponho de tempo, 
            que faço eu por minha alma? Este Santo pensava assim por humildade; 
            mas tu, querido irmão, talvez com razão receies ser considerado 
            aquela figueira sem fruto, da qual disse o Senhor: ‘Três anos já que 
            venho a buscar frutas a esta figueira, e não os achei’ (Lc 13,7). 
            Tu, que há mais de três anos estás neste mundo, quais os frutos que 
            tens produzido? ‘Considera — disse São Bernardo — que o Senhor não 
            procura somente flores, mas quer frutos; isto é, não se contenta com 
            bons propósitos e desejos, mas exige a prática de obras santas’. É 
            preciso, pois, que saibas aproveitar o tempo que Deus, em sua 
            misericórdia, te concede, e não esperes com a prática do bem até que 
            seja tarde, no instante solene quando te diz: Vamos, chegou o 
            momento de deixar este mundo. Depressa! O que está feito está feito”
            (Santo Afonso 
            Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração I, Ponto 
            III). 
            
            Eu te abençôo e te guardo no Imaculado Coração de Nossa Senhora. 
            
            Atenciosamente, 
            
              
            
            
                                                                                        
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
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