| 
             
              
                                                                                   Anápolis, 
            09 de fevereiro de 2008 
            
              
            
              
            
            Ao senhor Júnior 
            
            Taguatinga 
            Norte – DF 
            
              
            
            Prezado senhor, abandone 
            o mundo e viva só para Deus: 
            “Quem nada deseja neste 
            mundo, é senhor do mundo inteiro”
            (Santo Afonso 
            Maria de Ligório). 
            
              
            
            Não conheço o Livro 
            Tratado da Verdadeira 
            Devoção à Santíssima Virgem 
            escrito por Santo 
            Afonso Maria de Ligório; 
            só conheço o 
            Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem 
            escrito por São 
            Luís Maria Grignion de Montfort. 
            
            Quero sim, receber o Tratado escrito por Santo Afonso. 
            Desde já lhe agradeço. 
            
            Caríssimo; opinião sobre o quê?  
            
            Leia esse trecho e depois
            deite em sua 
            cama imaginando você dentro de um caixão. 
            Santa Mariana de Jesus Paredes e Flores, o Lírio de Quito, assim 
            fazia: “Cristão, 
            para compreenderes melhor o que és — disse São João Crisóstomo — 
            ‘aproxima-te de um sepulcro, contempla o pó, a cinza e os vermes, e 
            chora’. Observa como aquele cadáver, de amarelo que é, se vai 
            tornando negro. Não tarda a aparecer por todo o corpo uma espécie de 
            penugem branca e repugnante. Sai dela uma matéria pútrida, nasce uma 
            multidão de vermes, que se nutrem das próprias carnes. Às vezes, se 
            associam a estes os ratos para devorar aquele corpo, saltando por 
            cima dele, enquanto outros penetram na boca e nas entranhas. Caem a 
            pedaços as faces, os lábios e o cabelo; descarna-se o peito, e em 
            seguida os braços e as pernas. Quando as carnes estiverem todas 
            consumidas, os vermes passam a se devorar uns aos outros, e de todo 
            aquele corpo só resta afinal um esqueleto fétido que com o tempo se 
            desfaz, desarticulando-se os ossos e separando-se a cabeça do 
            tronco. Reduzido como a miúda palha que o vento leva para fora da 
            eira no tempo do estio (Dn 2, 35). Isto é o homem: um pouco de pó 
            que o vento dispersa. 
            
            Onde está agora aquele 
            cavalheiro a quem chamavam alma e encanto da conversação? Entra em 
            seu quarto; já não está ali. Visita o seu leito; foi dado a outro. 
            Procura sua roupa, suas armas; outros já se apoderaram de tudo. Se 
            quiseres vê-lo, acerca-te daquela cova onde jaz em podridão e com a 
            ossada descarnada. Ó meu Deus! A que estado ficou reduzido esse 
            corpo alimentado com tanto mimo, vestido com tanta gala, cercado de 
            tantos amigos? Ó Santos benditos do céu, como haveis sido prudentes: 
            pelo amor de Deus — fim único que amastes neste mundo — soubestes 
            mortificar a vossa carne. Agora, os vossos ossos, como preciosas 
            relíquias, são venerados e conservados em urnas de ouro. E vossas 
            belas almas gozam de Deus, esperando o dia final para se unir a 
            vossos corpos gloriosos, que serão companheiros e partícipes da dita 
            sem fim, como o foram da cruz durante a vida. Este é o verdadeiro 
            amor ao corpo mortal: fazê-lo suportar trabalhos, a fim de que seja 
            feliz eternamente, e negar-lhe todo prazer que o possa lançar para 
            sempre na desdita” 
            (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, 
            Consideração I, Ponto II). 
            
            Eu te abençôo e te guardo 
            no Sagrado Coração de Jesus Cristo. 
            
            Atenciosamente, 
            
              
            
            
                                                                           Pe. 
            Divino Antônio Lopes FP. 
               |