Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Informações: Dia: 09/04/2008 Hora: 12:10:00
Nome: ANTONIO GARCIA DE OLIVEIRA NETO
Assunto: LITURGIA DAS HORAS TEMPO COMUM-DOAÇÃO
e-mail:  (excluímos) @HOTMAIL.COM
Telefone: (excluímos)
Cidade: FORTALEZA
Estado: CEARÁ
Comentários: Queridos Irmãos Paz em Cristo. Meu nome é Garcia, tenho 50 anos, estou desempregado a 5 anos, trabalhando na informalidade com minha esposa. Temos 2 filhos, Pedro 14 anos e Bruno 17 anos. Apesar das várias qualificações, não encontro recolocação profissional, pois em nosso país quem esta na minha idade é considerado velho para o mercado de trabalho. Estou-lhe escrevendo para pedir uma Liturgia das Horas Tempo Comum, de uso nas orações do convento. Não posso lhe pagar pois o que ganhamos só dá para o necessário.Sei que nosso Pai Francisco o abençoará. Despeço-me com orações, deixando abaixo meu endereço. Atenciosamente, Garcia Antonio Garcia de Oliveira Neto Rua: (excluímos) Cidade: Fortaleza Estado: Ceará.

 

Anápolis, 10 de abril de 2008

 

 

Ao senhor Antônio Garcia de Oliveira Neto

Fortaleza – Ceará

 

Prezado senhor, LUTE FERVOROSAMENTE para salvar a sua alma imortal, porque a VIDA é CURTA e a MORTE não manda recado: “... a morte me pode surpreender a qualquer momento, pois acompanha-me sempre contando os meus passos, fixados pelo decreto eterno e imutável do Criador” (São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia, Vol. 3).

 

Enviar-lhe-ei a Liturgia das Horas.

Caríssimo senhor, MEDITE sobre a ETERNIDADE do INFERNO: “Aquele que entrar uma vez no inferno jamais sairá de lá. A este pensamento o rei Davi exclamava trêmulo: ‘Não me trague o abismo, nem o poço feche sobre mim a sua boca’ (Sl 68,16). Apenas um réprobo cai naquele poço de tormentos, fecha-se sobre ele a entrada para nunca mais se abrir. No inferno só há porta para entrar e não para sair, disse Eusébio Emeseno; e explicando as palavras do salmista escreve: ‘O poço não fecha a sua boca, porque se fechará a abertura em cima e se abrirá em baixo para devorar os réprobos’. Enquanto vivo, o pecador pode ter alguma esperança, mas, se a morte o surpreender em pecado, perderá toda a esperança (Pr 11,7). Se os condenados pudessem ao menos embalar-se em alguma enganosa ilusão que aliviasse o seu desespero horrível! O pobre enfermo, ferido e prostrado em seu leito, desenganado dos médicos, talvez se iluda a respeito de seu estado, pensando que encontre algum médico ou remédio novo que o possa curar. O infeliz delinqüente, condenado à prisão perpétua, também procura alívio em seu pesar na esperança remota de evadir-se e desta maneira obter a liberdade. Conseguisse sequer o condenado iludir-se assim, pensando que algum dia poderia sair da sua prisão! Mas não; no inferno não há esperança, nem certa nem provável; não há até um, quem sabe, consolador (Sl 49,21). O desgraçado réprobo verá sempre diante de si a sentença que o obriga a gemer perpetuamente nesse cárcere de sofrimentos. ‘Uns para a vida eterna, e outros para o opróbrio que terão sempre diante dos olhos’ (Dn 12,2). O réprobo não sofre somente a pena de cada instante, mas a cada instante a pena da eternidade. ‘O que agora sofro, dirá, hei de sofrê-lo sempre’. ‘Gemem os condenados, diz Tertuliano, sob o peso da eternidade’.

Dirijamos, pois, ao Senhor a súplica que lhe fazia Santo Agostinho: ‘Queimai, cortai e não nos poupeis aqui, para que sejamos perdoados na eternidade’. Os castigos da vida presente são transitórios: ‘As tuas setas passam. A voz do teu trovão rolou’ (Sl 76,19). Mas os castigos da outra vida nunca têm fim. Temamo-los, pois. Temamos a voz do trovão com que o Supremo Juiz pronunciará, no dia do juízo, sua sentença contra os réprobos. ‘Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno’. Diz a Escritura in rota, porque a roda é símbolo da eternidade, que não tem fim. Grande é o castigo do inferno, porém o que mais nos deve assustar é ser irrevogável (Ez 21,5).

Dirá, porém, o incrédulo: Onde está a justiça de Deus ao castigar com pena eterna um pecado que dura um instante? E como, responderemos, como se atreve o pecador, por um prazer momentâneo, a ofender um Deus de majestade infinita? ‘Até a justiça humana, disse Santo Tomás, mede a pena, não pela duração, mas pela qualidade do crime. Não é porque o homicídio se cometa em um momento que se há de castigar também com pena momentânea’. Para o pecado mortal, um inferno é pouco. A ofensa feita à Majestade infinita deve merecer castigo infinito, diz São Bernardino de Sena. Mas como a criatura, escreve o Doutor Angélico, não é capaz da pena infinita em intensidade, é com justiça que Deus torna a pena infinita em duração.

Além disso, a pena deve ser necessariamente eterna, porque o réprobo jamais poderá prestar satisfação por sua culpa. Nesta vida, o pecador penitente pode satisfazer pela aplicação dos merecimentos de Jesus Cristo; mas o condenado não participa desses méritos, e, portanto, não podendo por si satisfazer a Deus, sendo eterno o pecado, eterno também deve ser o castigo (Sl 48,8-9 ‘Ali a culpa — disse o Belluacense — poderá ser castigada, mas jamais expiada’ (Lib. II, 3p), porque, segundo Santo Agostinho, ‘ali o pecador é incapaz de arrependimento’. O Senhor, portanto, estará sempre irado contra ele (Ml 1,4). E ainda que Deus quisesse perdoar ao réprobo, este não aceitaria a reconciliação, porque sua vontade obstinada e rebelde está confirmada no ódio contra Deus. Disse Inocêncio III: ‘Os condenados não se humilharão; pelo contrário, crescerá neles a perseverança do ódio’. São Jerônimo afirma que ‘nos réprobos, o desejo de pecar é insaciável’ (Pr 27,20). A ferida de tais desgraçados é incurável; porque eles mesmos recusam a cura (Jr 15,18)” (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração XXVII, Ponto II).

Lembre-se de que TUDO PASSA... a VIDA é BREVE... Deus é ETERNO. FAÇA o BEM enquanto é TEMPO.

Eu te abençôo e te guardo no Coração Santíssimo de Nosso Senhor.

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

 

 

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