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                                 Anápolis, 05 de 
            maio de 2008 
              
              
            Ao Revmo. Padre 
            Renato Moreira de Abrantes 
            
            Quixadá – Ceará 
              
            
            Prezado sacerdote, sinto 
            não poder dar-lhe informação sobre os religiosos do meu Instituto, 
            porque muitos 
            PADRES do
            CLERO 
            de Anápolis e 
            SEMINARISTAS
            trabalham 
            furiosamente 
            para nos destruir. Prefiro seguir o conselho de São João Crisóstomo:
            “O sacerdote deve 
            temer mais os que lhe estão próximos, inclusive os colegas de cargo”
            (O Sacerdócio, Livro terceiro, 14). 
            
              
            
            Enviar-lhe-ei, em breve, o cilício. 
            
            Fiquei feliz em saber que o senhor celebrará a Santa Missa 
            Tridentina, ela é o 
            CÉU NA TERRA. Nela não existe “espaço” para 
            sacudir folhetos, rebolar, bater palmas, sapatear, berrar, dançar, 
            fingir falar em línguas, macumba, catira, forró...  
            
            Feliz do sacerdote que a celebra com fé, devoção, atenção e 
            respeito; muitos padres a celebram como se estivessem 
            NARRANDO uma 
            CORRIDA de 
            CAVALO ou uma 
            PARTIDA de 
            FUTEBOL. Não basta celebrar a Santa Missa, é preciso 
            CELEBRÁ-LA BEM: 
            “Note-se aqui o erro daqueles que preferem as missas mais curtas e 
            menos devotas, ou, o que é pior, que a elas assistem com pouca ou 
            nenhuma devoção. É  verdade que todas as Missas são iguais do ponto 
            de vista do Sacramento, como ensina Santo Tomás de Aquino; não o 
            são, porém, quanto aos efeitos que delas provêm. Quanto maior a 
            piedade atual ou habitual do celebrante, maior será o fruto de seu 
            sacrifício. Assim, não fazer diferença entre um padre mais fervoroso 
            e outro menos, seria o mesmo que, para pescar, lançar mão 
            indiferentemente de uma rede de malhas pequenas ou grandes. Diga-se 
            o mesmo dos que assistem à Santa Missa. E ainda que eu vos exorte, o 
            mais que posso, a assistir muitas vezes à Santa Missa, advirto-vos 
            de procurar, sobretudo, assistir devotamente a todas elas. Se 
            tiverdes mais devoção para assistir a uma Santa Missa, do que outro 
            em assistir a cinqüenta, mais glória dais a DEUS com aquela única 
            Missa, e retirais mais fruto do que o outro há de tirar de 
            cinqüenta, apesar do número considerável” 
            (São Leonardo de 
            Porto-Maurício). 
            
            Enviar-lhe-ei uma cópia 
            do ORDO MISSAE – 2008, 
            ele possui 116 
            páginas. 
            
            Quanto ao Missal de São Pio V, já doei dois que possuía; dê um 
            tempo e verei se conseguirei um 
            USADO com algum sacerdote generoso. 
            
            Caso o senhor precise das 
            SACRAS, lhe enviarei.  
            
            Um religioso do meu Instituto fez uma 
            pequena apostila, MUITO 
            SIMPLES,
            RESUMO 
            do 
            DVD, 
            caso queira, penso que o ajudará a aprender a celebrar a Santa Missa 
            Tridentina. É bom lê-la assistindo ao DVD da Santa Missa. 
             
            
            Caríssimo sacerdote, leia esse trecho da carta aos sacerdotes, 
            escrito pelo Servo de Deus Eduardo Poppe: 
            “Deus concedeu-nos uma 
            graça preciosa; fez-vos sentir vivamente a necessidade de uma vida 
            sacerdotal santa. Já muitas vezes vos  tendes repetido a vós mesmos: 
            ‘Tenho de ser um santo sacerdote: sem isto, considero a minha 
            carreira como que falida’. Que verdade isto não é! Como é 
            profundamente verdadeiro! Sim, queridos Irmãos, deveis ser santos, 
            não deveis ser uns padres quaisquer, padres vulgares. De outro modo, 
            para bem pouco serve o vosso zelo e os vossos sofrimentos. As  
            ovelhas fugirão de vós e perder-se-ão em grande número. Faz mais um 
            santo só com uma palavra, que um homem vulgar com uma série de 
            discursos. As palavras de um sacerdote santo ferem, abalam o 
            sentimento, transfiguram as almas e renovam-nas  de um modo 
            extraordinário, porque nascem da graça, da oração e da penitência, 
            vêm cheias da graças de Deus. Talvez  um sábio possa imitá-las 
            habilmente, mas Deus só fala através da boca de um santo. A ciência 
            é um auxílio; os talentos naturais são necessários, mais ou menos. 
            Irmãos, não vendais  ouropéis. Irmãos, não sejais recipientes 
            vazios. Possuí ciência e talento; mas sede antes de mais nada, 
            homens de oração e enérgicos na penitência. Sede Santos!  Irmãos, 
            cada dia nos traz as mesmas ocupações: sublimes, mas monótonas e 
            tantas vezes exaustivas. Tende cuidado, meus irmãos com a rotina. 
            Vigiai, para que os santos Sacramentos não percam aos vossos olhos o 
            seu caráter divino, para que o vosso  Mestre se não converta numa 
            ‘coisa qualquer’ nas vossas mãos; procurai não perder a vossa estima 
            pelos doentes e pobres; tende cuidado para que as crianças se não 
            convertam para vós em objeto de aborrecimento; os pecadores  em 
            objeto de aversão. Não, estou a ser difuso demais; atendei a uma 
            coisa só; não sejais padres vulgares! Procurai energicamente 
            permanecer  firmes no propósito de vos santificardes, como o estais 
            na resolução de vos salvardes. Assim, a administração contínua dos 
            Sacramentos será para vós uma das fontes mais ricas de consolações e 
            de edificação.  Não vos desvieis do caminho da santidade. Então, o 
            vosso Mestre será o vosso amigo íntimo; então, Jesus dar-se-á a 
            conhecer na fração do Pão e em nenhum lugar o reconhecereis melhor, 
            o visitareis com mais agrado que na Hóstia Santa que manejais tão 
            freqüentemente. Os vossos doentes passarão a ser os vossos melhores 
            auxiliares; sereis para eles verdadeiros consoladores. Amareis e 
            estimareis os vossos pobres como a verdadeiros irmãos de Cristo, e 
            bem depressa sereis vós devedores deles e não eles vossos.  As 
            crianças, apesar dos seus defeitos, serão os vossos prediletos, e 
            vós os delas. Tornar-se-ão para vós uma grande família espiritual, 
            cujo pai sois vós. Continuai a seguir sem desvios o vosso caminho. À 
            medida que avançais, encontrareis cruzes, mal-entendidos, oposições, 
            mofas, aridez  e abandonos. Mas chegareis ao termo sem terdes de ir 
            mendigar consolações entre leigos. No meio das cruzes, conservareis 
            ao menos a esperança e a confiança, e isto basta enquanto vivermos 
            neste mundo. E quem sabe se o vosso irmão não virá a ser a vossa 
            alegria? Irmãos! Só temos uma vida e não ficaremos sempre neste 
            mundo. Vamos de viagem, e  louco é o que procura aqui morada e lugar 
            de repouso. Para que servem lindos móveis com cabeça de leão  e 
            ornatos de ouro? Dentro de trinta anos estarão no quarto dos vossos 
            herdeiros! Que são os conhecimentos e os amigos deste mundo? Quinze 
            dias após a vossa morte, já andareis fora da lembrança e do coração 
            deles, apesar de,  enquanto vivestes, vos terem custado muito tempo 
            e muitas dores de cabeça. Que  são os louvores e a consideração? 
            Fumo vão que nos inebria, estonteia e nos faz mais mal que bem”. 
            
            Peço que nos abençoe. 
            
            Respeitosamente, 
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
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