Informações: Dia: 03/06/2008 Hora: 22:22:38
Nome: Padre Rômulo de Marco
Assunto: Agradecimento!
e-mail: (excluímos) hotmail.com
Telefone: (excluímos)
Cidade: MARCO
Estado: CEARÁ
Comentários: Revmo. Sr. Padre Antonio Divino. pax! Acuso o
recebimento das sacras, recebidas hoje. Queria que o senhor dissesse
quanto devo pagar por elas. Desejo ao senhor e ao seu Instituto
sejam abençoados por Deus. Dou-lhe a bênção sacerdotal e espero que
me abençoe. Fraternalmente, Pe. Rômulo de Marco
Informações: Dia: 08/06/2008 Hora: 21:32:42
Nome: Pe. Rômulo de Marco
Assunto: Por que não sou protestante?
Comentários: POR QUE NÃO SOU PROTESTANTE? (Pergunte e Responderemos
359 1992) Em síntese: O artigo seguinte aponta as grandes razões
pelas quais o Protestantismo se torna inaceitável ao cristão que
reflita um pouco. O subjetivismo ou a falta de parâmetros
objetivos, garantidos pelo próprio Espírito Santo (cf. Jo 14, 26:
16, 13s) é o principal ponto fraco ou o calcanhar de Aquiles do
Protestantismo: disto se segue a divisão do mesmo em centenas e
centenas de denominações diversas, cada qual com suas doutrinas e
práticas, às vezes contraditórias ou mesmo hostis entre si. O
Protestantismo assim se afasta cada vez mais da Bíblia e das suas
raízes (paradoxo!), levado pelo fervor subjetivo de seus
\"profetas\", que apresentam um curandeirismo barato ou um
profetísmo fantasioso ou ainda um retorno ao Antigo Testamento com
menosprezo do Novo. - Essa diluição do Protestantismo e a perda dos
valores típicos do Cristianismo estão na lógica do principal
fundador - Lutero -, que apregoava o livre exame da Bíblia ou a
leitura da Bíblia sob as luzes exclusivas da inspiração pessoal de
cada crente: cada qual tira do Livro Sagrado o que bem lhe parece
ou lhe apraz. *** Os protestantes vêm espalhando folhetos
intitulados \"Razões por que não sou católico romano\". Argüem os
católicos de cometer erros quanto às imagens, o culto da Virgem
Santíssima, a Eucaristia, o Papa... São panfletos de índole
superficial, inspirados por preconceitos que desfiguram os fatos.
Na verdade, porém, muitos fiéis católicos se deixam impressionar
por tais escritos e pedem respostas para as objeções que lêem. A
fim de atender a esta demanda, redigimos o livro \"Diálogo
Ecumênico\" (Ed. Lumen Christi, C.p. 2666 - 20001 Rio, RJ) e o Curso
de Diálogo Ecumênico por Correspondência (C.p. 1362, 20001 Rio,
RJ). Contudo a experiência ensina que é oportuno multiplicar os
meios de informação para os católicos. Daí a redação das páginas
subseqüentes, que recolocam a questão das \"razões por que...\".
Tentaremos assim pôr em evidência alguns tópicos que poderão servir
aos interessados no diálogo ecumênico. 1. Seis Razões... 1.1.
Somente a Bíblia... Os protestantes afirmam que seguem somente a
Bíblia como norma de fé. Acontece, porém, que a Bíblia utilizada
pelos protestantes é uma só; em português, vem a ser a tradução de
Ferreira de Almeida. Por que então não concordam entre si no tocante
a pontos importantes (ver no 1.2 abaixo)? E por que não constituem
uma só comunidade cristã, em vez de serem centenas e centenas de
denominações separadas (e até hostis) entre si? - A razão disto é
que, além da Bíblia, seguem outra fonte de fé e disciplina... fonte
esta que explica as divergências do Protestantismo. Tal fonte,
chamamo-la Tradição oral; é esta que dá vida e atualidade à letra
do texto. A Tradição oral do Catolicismo começa com Cristo e os
Apóstolos, ao passo que as tradições orais dos protestantes começam
com Lutero (1517), Calvino (1541), Knox (1567), Wesley (1739),
Joseph Smith (1830)... Entre Cristo e os Apóstolos, de um lado, e
os fundadores humanos das denominações protestantes, do outro lado,
não há como hesitar: só se pode optar pelos ensinamentos de Cristo e
dos Apóstolos, deixando de lado os \"profetas\" posteriores. 1.2.
Contradições O fato de que não seguem somente a Bíblia, explica as
contradições do Protestantismo: - algumas denominações batizam
crianças; outras não as batizam; - algumas observam o domingo;
outras, o sábado; - algumas têm \"bispos\"; outras não os têm; -
algumas têm hierarquia; outras entregam o governo da comunidade à
própria congregação (congregacionalistas); - algumas fazem cálculos
precisos para definir a data do fim do mundo - o que para elas é
essencial. Outras não se preocupam com isto. Vê-se assim que a
mensagem bíblica é relida e reinterpretada diversamente pelos
diversos fundadores dos ramos protestantes, que desta maneira dão
origem a tradições diferentes e decisivas. Ademais todos os
protestantes dizem que a Bíblia contém 39 livros do Antigo
Testamento, e 27 do Novo Testamento, baseando-se não na Bíblia mesma
(que não define o seu catálogo), mas unicamente na Tradição oral
dos judeus de Jâmnia reunidos em Sínodo no ano 100 d. C. - todos os
protestantes afirmam que tais livros são inspirados por Deus,
baseando-se não na Bíblia (que não o diz), mas unicamente na
Tradição oral. Onde está, pois, a coerência dos protestantes? Pelo
seu modo de proceder, afirmam o que negam com os lábios; reconhecem
que a Bíblia não basta como fonte de fé. É a Tradição oral que
entrega e credencia a Bíblia. 1.3. Afinal a Bíblia...: sim ou não?
Há passagens da Bíblia que os fundadores do Protestantismo no século
XVI não aceitaram como tais; por isto são desviadas do seu sentido
original muito evidente: a) a Eucaristia... Jesus disse claramente:
\"Isto é o meu corpo\" (Mt 26, 26) e \"Isto é o meu sangue\" (Mt 26,
28). Em Jo 6,51 Jesus também afirma: \"O pão que eu darei, é a minha
carne para a vida do mundo\". Aos judeus que zombavam, o Senhor
tornou a afirmar: \"Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes
a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a
vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida
eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é
verdadeiramente uma comida e o meu sangue é verdadeiramente uma
bebida.\" Se assim é, por que é que \"os seguidores da Bíblia\" não
aceitam a real presença de Cristo no pão e no vinho consagrados? b)
Jesus disse ao Apóstolo Pedro: \"Tu és Pedro (Kepha) e sobre esta
Pedra (Kepha) edificarei a minha Igreja\" (Mt 16,18). Disse mais a
Pedro: \"Simão, Simão,... eu roguei por ti, a fim de que tua fé não
desfaleça. E tu, voltando-te, confirma teus irmãos\" (Lc 22,31 s).
Ainda a Pedro: \"Apascenta as minhas ovelhas\" (Jo 21,17). Apesar de
tão explícitas palavras de Jesus, os protestantes não reconhecem o
primado de Pedro! Por que será? c) Jesus entregou aos Apóstolos a
faculdade de perdoar ou não perdoar os pecados - o que supõe a
confissão dos mesmos para que o ministro possa discernir e agir em
nome de Jesus: \"Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes
os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não os perdoardes,
não serão perdoados\". Apesar disto, os protestantes não aceitam o
sacramento do perdão e da reconciliação! d) Jesus disse que
edificaria a sua Igreja (\"a minha Igreja\", Mt 16,18) sobre Pedro.
- As denominações protestantes são construídas sobre Lutero,
Calvino, Knox, Wesley... Antes desses fundadores, que são dos
séculos XVI e seguintes, não existia o Luteranismo, o Calvinismo
(presbiterianismo), o Metodismo, o Mormonismo, o Adventismo... Entre
Cristo e estas denominações há um hiato... Somente a Igreja Católica
remonta até Cristo. e) O Apóstolo São Paulo, referindo-se ao seu
elevado entendimento da mensagem cristã, recomenda a vida una ou
indivisa para homens e mulheres: \"Dou um conselho como homem que,
pela misericórdia do Senhor, é digno de confiança... O tempo se fez
curto. Resta, pois, que aqueles que têm esposa, sejam como se não a
tivessem; aqueles que choram, como se não chorassem; aqueles que se
regozijam, como se não se regozijassem; aqueles que compram, como se
não possuíssem; aqueles que usam deste mundo, como se não usassem
plenamente. Pois passa a figura deste mundo. Eu quisera que
estivésseis isentos de preocupações. Quem não tem esposa, cuida das
coisas do Senhor e do modo de agradar ao Senhor. Quem tem esposa,
cuida das coisas do mundo e do modo de agradar à esposa, e fica
dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a virgem cuidam das
coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espirito. Mas
a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao
marido\". Ora os protestantes nunca citam tal texto quando se
referem ao celibato e à virgindade consagrada a Deus. É estranho,
dado que eles querem em tudo seguir a Bíblia. 1.4. Esfacelamento
Jesus prometeu à sua Igreja que estaria com ela até o fim dos
tempos (Mt 28,20); prometeu também aos Apóstolos o dom do Espírito
Santo para que aprofundassem a mensagem do Evangelho (cf. Jo 14, 26;
16,13s). - Não obstante, os protestantes se afastam da Igreja assim
assistida por Cristo e pelo Espírito Santo para fundar novas
\"Igrejas\". São instituições meramente humanas, que se vão
dividindo, subdividindo e esfacelando cada vez mais; empobrecem e
pulverizam sempre mais a mensagem do Evangelho, reduzindo-a: - ora a
sistema de curas (curandeirismo), milagres... serviço ao homem (Casa
da Bênção, Igreja Socorrista, Ciência Cristã...); - ora a um retorno
ao Antigo Testamento, com empalidecimento do Novo; assim os ramos
adventistas...; - ora a um prelúdio de nova \"revelação\", que já
não é cristã. Tal é o caso dos Mórmons, que sobrepõem à Bíblia o
Livro de Mórmon; tal é o caso das Testemunhas de Jeová, que negam a
Divindade de Cristo, a SS. Trindade e toda a concepção cristã da
história. 1.5 Deterioração da Bíblia O fato de só quererem seguir a
Bíblia (que na realidade é inseparável da Tradição oral, que a
berçou e a acompanha), tem como conseqüência o subjetivismo dos
intérpretes protestantes. Alguns entram pelos caminhos do
racionalismo e vêm a ser os mais ousados dilapidadores ou roedores
das Escrituras (tal é o caso de Bultmann, Marxsen, Harnack, Reimarus,
Baur...). Outros preferem adotar cegamente o sentido literal, sem o
discernimento dos expressionismos próprios dos antigos semitas - o
que distorce, de outro modo, a genuína mensagem bíblica. Isto
acontece, porque faltam ao Protestantismo os critérios da Tradição
(\"o que sempre, em toda a parte e por todos os fiéis foi
professado\"), critérios estes que o magistério da Igreja,
assistido pelo Espírito Santo, propõe aos fiéis e estudiosos, a fim
de que não se desviem do reto entendimento do texto sagrado. 1. 6.
Mal-entendidos Quem lê um folheto protestante dirigido contra as
práticas da Igreja Católica (veneração, não adoração, das imagens,
da Virgem Santíssima, celibato...), lamenta o baixo nível das
argumentações: são imprecisas, vagas, ou mesmo tendenciosas;
afirmam gratuitamente sem provar as suas acusações; não raro
baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos; cf.
PR 357/1992, pp. 60-74. As dificuldades assim levantadas pelos
protestantes dissipam-se desde que se estudem com mais precisão a
Bíblia e as antigas tradições do Cristianismo. Vê-se então que as
expressões da fé e do culto da Igreja Católica não são senão o
desabrochamento homogêneo das virtualidades do Evangelho; sob a ação
do Espírito Santo, o grão de mostarda trazido por Cristo à terra
tornou-se grande árvore, sem perder a sua identidade (cf. Mt
13,31s); vida é desdobramento de potencialidades homogêneo. Seria
falso querer fazer disso um argumento contra a autenticidade do
Catolicismo. Está claro que houve e pode haver aberrações; estas,
porém, não são padrão para se julgar a índole própria do
Catolicismo. 2. Conclusão A grande razão pela qual o Protestantismo
se torna inaceitável ao cristão que reflete, é o subjetivismo que o
impregna visceralmente. A falta de referenciais objetivos e seguros,
garantidos pelo próprio Espírito Santo (cf. Jo 14, 26; 16, 13s), é o
principal ponto fraco ou o calcanhar de Aquiles do Protestantismo.
Disto se segue a divisão do mesmo em centenas e centenas de
denominações diversas, cada qual com suas doutrinas e práticas, às
vezes contraditórias ou mesmo hostis entre si. O Protestantismo
assim se afasta cada vez mais da Bíblia e das raízes do
Cristianismo (paradoxo!), levado pelo fervor subjetivo dos seus
\"profetas\", que apresentam um curandeirismo barato (por vezes,
caro!) ou um profetismo fantasioso ou ainda um retorno ao Antigo
Testamento com menosprezo do Novo. Esta diluição do Protestantismo e
a perda dos valores típicos do Cristianismo estão na lógica do
principal fundador - Martinho Lutero -, que apregoava o livre exame
da Bíblia ou a leitura da Bíblia sob as luzes exclusivas da
inspiração subjetiva de cada crente; cada qual tira das Escrituras
\"o que bem lhe parece ou lhe apraz\"! (Este procedimento exegético
chega a tal ponto que há, entre os dissidentes protestantes,
aqueles que não querem mais celebrar o seu aniversário natalício.
Por quê? - Porque Salomão afirma: \"Mais vale visitar a casa em luto
do que a casa em festa. Mais vale o dia da morte do que o dia do
nascimento\" (Ecl 7, ss). Além disto, a Bíblia refere que os dois
homens que na história sagrada celebram o seu aniversário são o
Faraó do Egito e o rei Herodes Antipas; ambos, porém, cometeram um
assassínio no dia da festa: o Faraó mandou enforcar o seu
padeiro-mor (cf. Gn 40, 20-22) e o rei Herodes Antipas mandou
degolar João Batista (cf. Mc 6,17-29). Será que tais textos devem
realmente induzir a rejeitar a celebração do aniversário natalício?
Celebrá-lo acarreta homicídio? É proibido pela Bíblia?). O texto
deste artigo foi publicado sob forma de opúsculo (\"Por que não sou
protestante?\") pela Escola \"Mater Ecclesiae\". Pedidos à Caixa
Postal 1362, 20001 Rio (RJ). A mesma Escola publicou também os
opúsculos \"Por que não sou espírita?\" e \"Por que não sou ateu?\".
Pedidos ao mesmo endereço.
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