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11- Quando foi que os seguidores de Jesus Cristo foram designados com o nome de cristãos?

R= Logo nos inícios da Igreja Católica. Assim podiam distinguir-se dos filósofos pagãos e dos judeus ou seguidores da sinagoga. Este nome de cristãos, como se sabe, já vem na própria Bíblia, e tal denominação começou em Antioquia: “Em Antioquia foram primeiro os discípulos denominados CRISTÃOS” (At 11, 26), e então Agripa disse a Paulo: “Por pouco me não persuades a fazer-me CRISTÃO” (At 26, 28), e também: “…se ele, porém, padece como CRISTÃO, não se envergonhe” (1 Pd 4, 16).

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Desde quanto a Igreja começou a ser designada como Igreja Católica?

R= Logo que a Igreja começou a propagar-se, começaram a aparecer os hereges, seguindo doutrinas diversas daquela que tinha sido recebida dos Apóstolos, mas tomando o nome de cristãos, pois também criam em Cristo e d’Ele se diziam discípulos. Era preciso, portanto, um novo nome para designar a verdadeira Igreja, distinguindo-a dos hereges. E desde tempos antinquíssimos, desde os tempos dos Apóstolos, a Igreja começou a ser designada como IGREJA CATÓLICA, isto, UNIVERSAL, a Igreja que está espalhada por toda a parte, para diferenciá-la dos hereges, pertencentes a igrejinhas isoladas que existiam aqui e acolá.

Santo Inácio de Antioquia, bispo desta cidade entre os anos 70 e 107, nos fala abertamente da Igreja Católica, na sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, ai esteja a multidão, do mesmo modo, onde estiver Cristo Jesus, aí   está a IGREJA CATÓLICA” (c.8, 2).

Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna, que nasceu no ano de 69 e foi discípulo de São João Evangelista. Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA e CATÓLICA em todo o mundo”.

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Como se pode distinguir a Igreja de Jesus Cristo de tantas sociedades ou seitas fundadas pelos homens e que se dizem cristãs?

R= “Por quatro notas características. Ela é Una, Santa, Católica e Apostólica” (São Pio X, Catecismo Maior, Primeira Parte, Capítulo X, 2).

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Por que dizeis que a Igreja é Una?

R= “Digo que a verdadeira Igreja é Una porque os seus filhos, de qualquer tempo ou lugar, estão unidos entre si na mesma fé, no mesmo culto, na mesma lei e na participação dos mesmos Sacramentos, sob o mesmo chefe visível, o Romano Pontífice” (São Pio X, Catecismo Maior, Primeira Parte, Capítulo X, 2).

“A Igreja Católica é Una. Una em sua fé. Todos os católicos recitam o mesmo Credo, recebem os mesmos sacramentos, reconhecem no Romano Pontífice o único chefe visível, vigário de Jesus, sucessor direto de São Pedro. Nós católicos, constituímos uma massa unida de mais de bilhão, formando todos um só corpo: o corpo místico de Jesus Cristo ao qual estamos misteriosamente, mas realmente unidos. Ele é cabeça, nós os membros; Ele o tronco, nós os ramos. Vemos assim realizado na Igreja o desejo de Jesus Cristo: um só rebanho dirigido por um só pastor, e também a sua oração proferida em favor dos que no futuro aceitariam sua doutrina: Pai Santo!… que eles sejam uma coisa só, como Tu, Pai, estás em mim e eu em Ti!” (Leituras da Doutrina Cristã, I Dogma, 41ª Leitura).

“A unidade da Igreja é a unidade de um corpo sob uma única cabeça, vivificada por um único Espírito” (Santo Tomás de Aquino, De Ver., 29, 7).

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Não poderia haver mais de uma Igreja?

R= “Não pode haver mais de uma Igreja, porque, assim como há um só Deus, uma só Fé e um só Batismo, assim também não há nem pode haver uma só Igreja verdadeira” (São Pio X, Catecismo Maior, Primeira Parte, Capítulo X, 2).

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Mas não se chamam também igrejas o conjunto dos fiéis de uma nação ou de uma diocese?

R= “Sim; mas são sempre porções da Igreja universal, e formam com ela uma só Igreja” (São Pio X, Catecismo Maior, Primeira Parte, Capítulo X, 2).

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Por que dizeis que a verdadeira Igreja é Santa?

R= “Chamo a verdadeira Igreja de Santa porque Jesus Cristo, a sua cabeça invisível, é Santo, santos são muitos dos seus membros, santas são a sua Fé e a sua Lei, santos os seus Sacramentos, porque fora d’Ela não há nem pode haver verdadeira santidade” (São Pio X, Catecismo Maior, Primeira Parte, Capítulo X, 2).

“A Igreja Católica é santa, sobretudo porque santos são Jesus Cristo, seu Fundador e chefe invisível, e o Espírito Santo, que a anima. Mas além disso é santa a doutrina, que santifica as almas condenando não somente os atos maus, mas também os pensamentos e desejos ruins. É santo o sacrifício no qual se imola o Cordeiro Imaculado, o santo sacrifício da Missa que diariamente celebramos em nossos altares. Santos são os sacramentos que perdoam os pecados, dão  graça santificante, aumentam a mesma graça e ajudam a conservá-la. Tudo na Igreja é santo e conduz à santidade, isto é, à graça de Deus., que se conserva, lutando contra o pecado. Todos nós somos chamados à santidade e quantos, mesmo em nossos dias, vivem santamente!…

Todos nós somos chamados a esta luta e a esta santidade. Assim procedendo, estamos cumprindo a vontade expressa de Jesus: Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Leituras de Doutrina Cristã, I Dogma, 41ª Leitura).

“Como cabeça de sua Igreja, Ele a purifica, ilumina e aperfeiçoa” (Santo Tomás de Aquino, De Ver., 29, 5).

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Por que dizeis que a Igreja é Católica?

R= “Chamo a verdadeira Igreja de Católica, que quer dizer universal, porque abrange os fiéis de todos os tempos, de todos os lugares, de todas as idades e condições, e porque todos os homens do mundo são chamados a fazer parte d’Ela” (São Pio X, Catecismo Maior, Primeira Parte, Capítulo X, 2).

“Nossa Igreja é católica. Isto significa que ela se encontra em todo o mundo. É universal. Por ordem de Jesus Cristo a Igreja deve acolher todos os homens, de todas as línguas da terra. Jesus disse aos apóstolos: Ide e ensinai a todas as gentes… eu estarei convosco até o fim dos séculos.

Esta ordem de Jesus foi obedecida pelos apóstolos, pelos missionários que partem às terras mais distantes, para atrair os infiéis ao amor de Deus e guiá-los à salvação eterna.

Todos reconheçam que somente nossa Igreja possui esta difusão universal no tempo e nos espaço. No tempo, remontante a Jesus, no espaço espalhando-se em todos os continentes” (Leituras da Doutrina Cristã, I Dogma, 41ª Leitura).

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Que quer dizer “Católico”?

R= “A palavra “católico significa “universal no sentido de “segundo a totalidade” ou “segundo a integridade”. A Igreja é católica em duplo sentido” (Catecismo da Igreja Católica, 830).

“Ela é católica porque nela Cristo está presente. “Onde está Cristo Jesus, está a Igreja Católica”. Nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça, o que implica que ela recebe dele “a plenitude dos meios de salvação” que ele quis: confissão de fé correta e completa, vida sacramental integral e ministério ordenado na sucessão apostólica. Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes e o será sempre, até o dia da Parusia. Ela é católica porque é enviada em missão por Cristo à universalidade do gênero humano.

Todos os homens são chamados a pertencer ao novo Povo de Deus. Por isso este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os tempos, para que se cumpra o desígnio da vontade de Deus, que no início formou uma só natureza humana e finalmente decretou congregar seus filhos que estavam dispersos… Este caráter de universalidade que marca o Povo de Deus é um dom do próprio Senhor, pelo qual a Igreja Católica, de maneira eficaz e perpétua, tende a recapitular toda a humanidade com todos os seus bens sob Cristo Cabeça, na unidade do seu Espírito” (Catecismo da Igreja Católica, 830-831).

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Quem pertence à Igreja Católica?

R= “Todos os homens, pois, são chamados a esta católica unidade do Povo de Deus, que prefigura e promove a paz universal. A ela pertencem ou são ordenados de modos diversos quer os fiéis católicos, quer os outros crentes em Cristo, quer, enfim, os homens em geral, chamados à salvação pela graça de Deus” (Catecismo da Igreja Católica, 836).

“São incorporados plenamente à sociedade da Igreja os que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam a totalidade de sua organização e todos os meios de salvação nela instituídos e na sua estrutura visível – regida por Cristo através do Sumo Pontífice e dos Bispos – se unem com Ele pelos vínculos da profissão de fé, dos sacramentos, do regime e da comunhão eclesiásticos. Não se salva contudo, embora incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja “com o corpo”, mas não “com o coração”. Lembrem-se todos os filhos da Igreja que a condição sem igual em que estão se deve não a seus próprios méritos, mas a uma peculiar graça de Cristo. Se a ela não corresponderem por pensamentos, palavras e obras, longe de se salvarem, serão julgados com maior severidade” (Constituição Dogmática “Lumen Gentinum, 14).