Conheça Maria Santíssima, nossa
Mãe,
e a ame verdadeiramente
Caríssimo católico, hoje, infelizmente, existem
milhares de “católicos protestantizados” no seio da Santa
Igreja Católica Apostólica Romana; são aqueles que desprezam a
devoção à Santíssima Virgem ou então, por temor de serem descobertos
e repreendidos, mantêm uma certa aparência de devoção. É importante
lembrar a essas “víboras camufladas”, de que a devoção à Nossa Senhora é necessária para a salvação: “…a devoção à
Santíssima Virgem é necessária à salvação, e que é um sinal
infalível de condenação não ter estima e amor à Santíssima Virgem”
(São Luís Maria Grignion de Montfort. Tratado
da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, Capítulo I, Art. II, 1).
Quem navega por mares tempestuosos precisa de uma
estrela que lhe sirva de guia por entre as ondas, a fim de por ela
dirigir seu navio para o desejado porto.
És navegante no mar da vida, tantas vezes agitado por
ventos contrários, por ondas violentas. Qual a estrela que, por
entre as nuvens sombrias, te envie um raio de luz para te desviares
dos escolhos, para te dirigires ao porto da salvação? A Estrela é
Nossa Senhora.
Prezado católico, não se deixe “protestantizar”;
quem pensa salvar-se sem a proteção da Virgem Maria, engana-se! Deus
fê-la Mãe dos homens, e para isso deu-lhe o poder necessário para
velar sobre a salvação de seus filhos, e, portanto, quer que a ela
recorramos em nossas necessidades.
Leia com atenção esse Questionário sobre a Santíssima
Virgem, a Mãe de Nosso Senhor, e decida imitar-lhe o exemplo.
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É
preciso conhecer Nossa Senhora
01
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Quem é a Virgem Maria?
R= A Virgem Maria é a mulher
escolhida por Deus para tornar-se a Mãe do Verbo Encarnado, nosso
Salvador, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Jesus Cristo: “Eis que
conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o
nome de Jesus” (Lc 1,31).
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“Para dar ao
redentor uma natureza humana, Deus escolheu uma donzela judia de
quinze anos, chamada Maria, descendente do grande rei Davi, que
vivia obscuramente com seus pais na aldeia de Nazaré. Maria, sob o
impulso da graça, havia oferecido a Deus a sua virgindade, coisa que
fazia parte do desígnio divino sobre ela.
Era
uma nova prenda para a alma que havia recebido uma graça maior já no
seu começo. Quando Deus criou a alma de Maria, eximiu-a da lei
universal do pecado original no mesmo instante em que a Virgem foi
concebida no seio de Ana. Maria recebeu a herança perdida por Adão:
desde o início do seu ser, esteve unida a Deus. Nem por um momento
se encontrou sob o domínio de Satã aquela cujo Filho lhe esmagaria a
cabeça” (Pe. Leo J. Trese, A Fé Explicada, Capítulo VII).
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02
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Quem
foram os pais de Nossa Senhora?
R= São
Joaquim e Santa Ana. |
“Porque a virgem Mãe de Deus iria nascer de Ana, a natureza não
ousou antecipar o germe da graça; mas permaneceu estéril até que a
graça produzisse fruto… Ó casal feliz, Joaquim e Ana! A vós toda a
criação se sente obrigada. Pois por vós ofereceu a mais valiosa
dádiva das dádivas ao Criador, a mãe pura, única digna do Criador… Ó
castíssimo casal, Joaquim e Ana! Conservando a castidade prescrita
pela lei da natureza, alcançastes de Deus aquilo que supera a
natureza: gerastes para o mundo a mãe de Deus… Ó filha de Adão e mãe
de Deus! Felizes as entranhas donde saíste! Felizes os braços que te
carregaram; e lábios que consentiste beijar-te; somente estes de
seus pais para que sempre e em tudo fosses a virgem!”
(Dos Sermões de São João Damasceno, bispo). |
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03
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Maria
Santíssima teve o uso da razão desde o primeiro instante de sua
Imaculada Conceição?
R=
Sim.
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“Ao
mesmo tempo que a menina recebia no seio de Santa Ana a graça
santificante, era-lhe dado também o perfeito uso da razão. A ele se
uniu uma grande luz divina, correspondente à graça com que fora
enriquecida. O exposto aqui não é já uma opinião isolada, mas um
parecer universal, na frase do venerável autor La Colombiére. Por
conseguinte bem poderemos crer que, desde o primeiro instante da
união da sua bela alma ao seu corpo puríssimo, foi Maria iluminada
com todas as luzes da divina sabedoria, para bem conhecer as
verdades eternas, a beleza das virtudes e sobretudo a infinita
bondade de seu Criador e os direitos dele aos afetos do coração, e
ao seu em particular. Eram disso razões os singulares dons com que
ele a adornou e distinguiu entre todas as criaturas. Pois não a
preservara da culpa original? Não lhe dera tão imensa graça? Não a
destinara para Mãe do Verbo e Rainha do universo?”
(Santo Afonso
Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2, Tratado I, Capítulo II,
II, Ponto Segundo, 1). |
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04
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Nossa Senhora
esteve livre de toda inclinação desordenada e de toda distração?
R=
Sim.
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“Gratíssima a seu Deus, a partir desse primeiro instante,
empenhou-se a Virgem em aproveitar fielmente aquele grande cabedal
de graças de que era senhora. Aplicou-se toda em amar a Divina
Bondade. Desde então amou a Deus com todas as suas forças e
continuou amando-o com os nove meses anteriores a seu nascimento.
Não cessou, com efeito, um só momento de unir-se a Deus cada vez
mais, com ferventes atos de amor. Estava livre não só da culpa
original, mas de todo movimento desordenado, de toda distração, de
toda rebelião dos sentidos, de tudo enfim que lhe pudesse impedir o
adiantamento no divino amor. Todos os seus sentidos estavam
igualmente de acordo com seu bendito espírito na tendência para
Deus. Por isso, desvencilhada de todo impedimento, voava-lhe a
formosa alma para Deus, incessantemente. Amava-o sempre, e cada vez
mais crescia em seu amor” (Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de
Maria, Parte 2, Tratado I, Capítulo II, II, Ponto Segundo, 2). |
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05
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Quantos anos
tinha a Virgem Maria quando foi apresentada no Templo?
R=
Três anos.
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“Aos três anos de idade foi esta apresentada no
Templo, para que, juntamente com as outras virgens, no exercício da
piedade e do trabalho se preparasse desde então para ser digna mãe
do Salvador do mundo” (São João Damasceno).
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06 |
Como se realizou a viagem da Imaculada Virgenzinha até o Templo? |
“Generosamente,
portanto, Joaquim e Ana sacrificaram a Deus o que lhes era mais
caro ao coração. Eis que partem de Nazaré, levando nos braços, ora
um, ora outro, a diletíssima filha, que, sozinha, não teria podido
fazer a pé uma viagem tão longa, como a de Nazaré a Jerusalém. De um
lugar a outro vai a distância de 80 milhas (mais ou menos 30 horas
de viagem). Acompanhavam-nos poucos parentes. Mas os anjos – observa
Jorge de Nicomédia – em revoadas rodeavam e serviam nessa viagem a
imaculada virgenzinha, que se ia consagrar a Deus…
Chegada que foi a santa comitiva ao templo, a amável menina
voltou-se a seus pais e de joelhos, beijando-lhes as mãos, lhes pede
a bênção. E depois, sem mais se voltar para trás, sobe os degraus do
templo (eram 15, como refere Árias Montano, apoiado em Josefo), e
apresenta-se ao sacerdote São Zacarias, como o nomeia São Germano.
Despedindo-se então do mundo, e renunciando a todos os bens que ele
promete aos seus amigos, se oferece e consagra ao seu Criador”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2,Tratado I,
Capítulo II, III, Ponto Primeiro, 3).
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07 |
O que
fazia a Doce Virgenzinha no Templo? |
“Bem sabia a
iluminada menina que Deus não aceita um coração dividido, mas o quer
todo consagrado ao seu amor, conforme o preceito dado: Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração! Começou por isso, desde o
primeiro instante de sua vida, a amá-lo com todas as forças, e toda
a ele se deu… vendo-se já encerrada naquele lugar santo, primeiro
prostrou-se para beijar aquela terra como casa do Senhor. Em seguida
adorou a infinita Majestade do Altíssimo e lhe deu graças pelo favor
de tê-la recebido tão cedo a habitar na sua casa… para agradar a
Deus, fez voto de sua virgindade, voto que Maria foi a primeira a
fazer, segundo diz Roberto, abade… era sua intenção servir a Divina
Majestade no templo, por toda a sua vida, se assim fosse do agrado
de Deus, sem mais sair daquele lugar!
Consideremos
aqui quanto foi santa a vida de Maria no templo. Como cresce na sua
luz a aurora, assim ia a Virgem crescendo sempre em perfeição… a
caridade, a modéstia, a humildade, a mortificação, o silêncio e a
mansidão. Sobre ela diz São João Damasceno: Plantada na casa de
Deus, esta bela oliveira regada pelo Espírito Santo se fez habitação
de todas as virtudes. E em outro lugar: O semblante da Virgem era
modesto, o ânimo humilde, as palavras amorosas, saindo de um
interior bem composto…
Fala também Santo Anselmo da vida de Nossa Senhora no templo e diz:
Maria era dócil, pouco falava, estava sempre composta, sempre séria,
e sem jamais se perturbar. Perseverança na oração, na leitura dos
Livros Santos, nos jejuns, em toda sorte, de obras virtuosas”
(Santo
Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2, Tratado I,
Capitulo I, III, Ponto Segundo, 1, 2 e3).
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08
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Maria Santíssima observava alguma
ordem durante o dia?
R=
Sim.
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Boaventura Baduário escreve: “Desde o amanhecer até a hora da Terça
(9 horas), dava-se à oração; de Terça até a Nona, ocupava-se em
algum trabalho; a hora Nona tornava à oração, até que o anjo lhe
trazia a comida, como era de costume. Procurava ser a primeira nas
vigílias, a mais exata na divina Lei, a mais profunda na humildade,
e em toda a virtude a mais perfeita. Ninguém jamais a viu irada;
pelo contrário, tão repassadas de doçura lhe eram as palavras, que
se reconhecia o Espírito Santo em sua boca”. |
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09
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Como se realizou a Encarnação do
Filho de Deus?
R=
A Encarnação do Filho de Deus realizou-se com o Espírito Santo
formando nas entranhas da Virgem Maria um corpo perfeitíssimo e
criando uma alma nobilíssima que se uniu ao corpo; no mesmo
instante, uniu-se a este corpo e alma o próprio Filho de Deus; e
desta maneira, aquele que era só Deus, sem deixar de sê-lo, ficou
sendo também homem.
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“No dia da
Anunciação, Deus eliminou a infinita distância que havia entre Ele é
nós. Por um ato de seu poder infinito, Deus fez o que à nossa mente
humana parece impossível: uniu a sua própria natureza divina a uma
verdadeira natureza humana, a um corpo e alma como os nossos. E o
que nos deixa ainda mais admirados é que desta união não resultou um
ser com duas personalidades, a de Deus e a de homem. Ao contrário,
as duas naturezas se uniram numa só Pessoa, a de Jesus Cristo, Deus
e homem.
Esta união do
divino e do humano numa Pessoa é tão singular, tão especial, e,
portanto, está fora da nossa capacidade de compreensão. Como a
Santíssima Trindade, é um dos grandes mistérios da nossa fé, a que
chamamos o mistério da Encarnação.
Lemos no Evangelho de São João que “o Verbo se fez carne”, ou seja,
que a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Deus Filho, se
encarnou, se fez homem. Esta união de duas naturezas numa só Pessoa
recebe um nome especial, e chama-se UNIÃO HIPOSTÁTICA
(do grego
hipóstasis, que significa “o que está debaixo”)” (Pe. Leo J. Trese,
A Fé Explicada, Capítulo VII).
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10
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Qual
anjo foi enviado à Virgem Maria?
R= O arcanjo Gabriel: “No sexto mês,
o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia,
chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da
casa de Davi; e o nome da virgem era Maria”
(Lc 1,26-27). |
“… à Virgem Maria não foi enviado um anjo qualquer,
mas o arcanjo Gabriel; para esta missão, era justo que viesse o
máximo anjo para anunciar a máxima notícia”
(Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa).
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