Anápolis, 23 de setembro de 2007
Ao senhor Luiz Rocha
Benfeitor do Instituto – Brasília – DF
Prezado senhor, desapegue daquilo que o mundo oferece
e ame a Deus de todo o coração: “Amar a Deus com todo o nosso
coração é amar somente a Ele, é torná-lo presente em tudo aquilo que
amamos” (São João Maria Vianney).
Feliz do católico que se esforça continuamente para
amar a Deus; esse realmente escolheu a melhor parte.
Deus nos amou antes da criação do mundo, por isso,
amá-lo sobre todas as coisas é o nosso principal dever, e aquele que
não o ama vive infeliz: “Considera, antes de tudo, que Deus
merece o teu amor, porque ele te amou antes de ser amado por ti, e,
de todos quantos te hão amado, é o primeiro (Jr 31,3). Os primeiros
que te amaram neste mundo foram teus pais, mas só te amaram depois
que te conheceram. Mas Deus já te amava antes de existires. Mesmo
antes da criação do mundo, Deus já te amava. E quanto tempo antes de
ter criado o mundo começou a te amar?… Talvez mil anos, mil
séculos?… Mas não computemos anos nem séculos. Deus te amou desde
toda a eternidade (Jr 31,3). Enfim: desde que Deus é Deus, sempre te
tem amado; desde que se amou a si mesmo, também amou a ti. Com
razão, dizia a virgem Santa Inês: “Outro amante me cativou
primeiro”. Quando o mundo e as criaturas requestaram o seu amor, ela
respondia: Não, não vos posso amar. Meu Deus foi o primeiro a
amar-me, e é justo, portanto, que só a ele consagre todo o meu amor”
(Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte,
Consideração XXXIII, Ponto I).
É preciso lembrar a todos que o caminho mais curto
para o Céu é o do amor a Deus: “Alguns põem a perfeição na
austeridade da vida, outros na oração, estes na freqüência dos
sacramentos, aqueles nas esmolas. Enganam-se. A perfeição consiste
em amar a Deus de todo o coração” (São Francisco de Sales).
Aconteça o que acontecer, não deixe de amar a Deus
nem de torná-lO conhecido: “Se Deus a cada instante se dá a nós
com amor infinito, não cabe a nós, criaturas miseráveis, dar-nos a
Ele com todo o nosso ser, de modo que todas as nossas obras sejam
dirigidas a Ele com toda a intensidade de amor de que somos
capazes?” (Santa Teresa dos Andes, Carta 40).
Eu te abençôo e te guardo no Imaculado Coração de
Maria Santíssima.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP. |