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              Anápolis, 24 de junho de 2011 
                
              
              Ao senhor Maurício Loschi de Melo 
              
              Benfeitor do Instituto – Brasília – DF 
                
              
              Caríssimo senhor, viva sempre unido a Deus e não se 
              apegue às coisas caducas desse mundo, porque tudo passa como um 
              relâmpago: 
              “Quanto afeto pomos nas criaturas, tanto tiramos de Deus” 
              (São Felipe Néri). 
                
              
              Deus lhe pague pela sua preciosa colaboração! 
              Rezamos pelo senhor e família todos dos dias. 
              
              Estamos celebrando, hoje, o dia de São João 
              Batista; esse santo que foi “canonizado” pelo próprio Jesus 
              Cristo: “Em verdade vos digo que, entre 
              os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o 
              Batista” (Mt 11, 11). 
              
              Fico triste e escandalizado ao ver o dia desse 
              santo, tão austero, ser profanado com tanto barulho, 
              bebedeiras, imoralidades, danças, assassinatos... e o 
              pior, com o apoio de bispos e padres. 
              
              Não tem nada a ver o dia desse santo com 
              quadrilhas, bebidas, barulho, danças... Ele viveu no 
              silêncio, penitência e oração: 
              “Naqueles dias, apareceu João Batista 
              pregando no deserto da Judéia... usava uma roupa de pelos de 
              camelo e um cinturão de couro em torno dos rins. Seu alimento 
              consistia em gafanhotos e mel silvestre” (Mt 3, 
              1. 4). 
              
              Em Mt 11, 7-10 diz: “Ao partirem eles, começou Jesus a falar a respeito de João às multidões: 
              ‘Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que 
              fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem 
              roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? 
              Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. É 
              dele que está escrito: Eis que envio o meu mensageiro à sua 
              frente; ele preparará o teu caminho diante de ti”. 
              
              O próprio Cristo mostra a grandeza desse santo... 
              enquanto que milhões de católicos profanam o seu dia. Pobres 
              fantoches! Pobres latas vazias! 
              Pobres cabeças ocas!  
              
              Prezado senhor Maurício, o caráter é a marca, a 
              têmpera moral do homem. A falta de caráter é uma das maiores 
              misérias da humanidade em todos os tempos. Da falta de caráter 
              procedem as traições, as falsidades e as fraquezas dos grandes e 
              dos pequenos, que enchem a história da humanidade. Pilatos é o 
              tipo do “grande” sem firmeza e sem 
              responsabilidade... mas há os Pilatos de todos os tempos e de 
              todas as categorias. 
              
              São João Batista, sem temores e sem fraquezas, 
              prega a verdade a todos e a todos admoesta, deixando os grandes 
              cheios de iras e furiosos; morre vítima de seu zelo e de sua 
              coragem. Belíssimo exemplo para milhões de católicos que vivem só 
              de fachadas e que não são nem caricatura desse homem 
              valente e sério. 
              
              São João Batista não era um caniço que se curva 
              diante de qualquer vento; mas sim, um carvalho (madeira dura) 
              que não se curva. 
              
              Imitemos o exemplo de São João Batista em todas as 
              suas virtudes, principalmente na humildade, penitência e 
              fortaleza de caráter – a fim de que, depois de o imitarmos 
              na terra, sejamos seus companheiros na glória reservada por Deus 
              para seus eleitos. 
              
              Rezemos pela conversão de milhões de católicos que 
              vivem às “margens” do Inferno Eterno: 
              “Membros mortos da Igreja são os fiéis que 
              estão em pecado mortal... Quem, sendo muito embora membro da 
              Igreja Católica, não pusesse em prática os seus ensinamentos, este 
              seria membro morto, e, portanto, não se salvaria, porque para a 
              salvação de um adulto requerem-se não só o Batismo e a fé, mas 
              também as obras conformes à fé” (São Pio X). 
              
              Caríssimo senhor, não deixe de ser bom nem de 
              buscar a salvação de sua alma imortal por causa da maldade 
              alheia... cada um terá que comparecer diante do Tribunal de Deus:
              “Porquanto todos nós teremos de 
              comparecer manifestamente perante o tribunal de Cristo, a fim de 
              que cada um receba a retribuição do que tiver feito durante a sua 
              vida no corpo, seja para o bem, seja para o mal” 
              (2 Cor 5, 10). 
              
              Eu te abençôo e te guardo no Puríssimo Coração da 
              Santíssima Virgem. 
              
              Atenciosamente, 
                
              
              Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
                
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