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              Anápolis, 28 de julho de 2011 
                
              
              Ao Senhora Maria Fernandez de Goes Madruga 
              
              Benfeitora do Instituto – Goiânia-GO 
                
              
              Prezada, que o seu coração seja totalmente de 
              Cristo Jesus: “A alma deu-se a Deus e 
              deve dar-se inteiramente, pois o amor não deixa nada para si. Tudo 
              consome para que dessas cinzas levante-se uma pessoa só: Cristo. A 
              criatura consumiu-se na divindade” (Santa Teresa 
              dos Andes). 
                
              
              Ninguém nesse mundo poderá nos amar como nos ama 
              Nosso Senhor. O amor das criaturas comparado ao amor de Deus para 
              conosco é apenas uma sombra... simplesmente sombra. 
              
              O amor de Deus é infinito e desinteressado... por 
              isso, devemos arrancar do nosso coração todos os amores 
              passageiros e interesseiros para enchê-lo do verdadeiro amor... 
              somente Nosso Senhor merece o nosso coração: 
              “E com efeito é de justiça que um Deus 
              essencialmente tão bom, queira inteiramente todo o nosso coração, 
              porque, sendo este tão pequeno, não pode conter bastante amor para 
              amar dignamente a divina Bondade: não é, pois, justo que, não 
              sendo nós capazes de tributar a Deus o amor conveniente, lhe demos 
              ao menos todo aquele de que somos capazes? O bem soberanamente 
              amável não deverá ser soberanamente amado? Pois amar soberanamente 
              é amar totalmente” (São Francisco de Sales). 
              
              Caríssima, a nossa alma é imortal... nada de 
              passageiro poderá satisfazê-la, mas somente o infinito... e o 
              infinito é Deus. 
              
              Olhe para a ingratidão das criaturas! Elas amam e 
              se apegam em qualquer coisa que seja ou não novidade: moda, 
              música, dança, esporte, corte de cabelo... mas desprezam e 
              até sentem vergonha de ouvir falar de Nosso Senhor que morreu na 
              cruz para salvá-las. Elas trancam o coração para o Bondoso 
              Salvador... é difícil até de imaginar tamanha rebeldia e vazio: 
              “Como é possível que a alma que considera 
              um Deus morto por amor dela, e com tão grande desejo de morrer 
              para lhe demonstrar o seu afeto, viva sem o amar?”
              (Santo Afonso Maria de Ligório). 
              
              O que dizer de um filho que maltratasse seus pais 
              com xingos, empurrões, pedradas, chutes...  Todos 
              diriam sem pestanejar que é um monstro... monstro 
              rebelde, ingrato e sem educação. 
              
              E o que dizer de um católico que zomba, 
              despreza, ofende com o pecado e trata com ingratidão o 
              Senhor que morreu na cruz para salvá-lo? Que o amou desde a 
              criação do mundo? Que cuida dele o tempo todo? 
              
              Com certeza esse católico caminha para o inferno 
              eterno, e não devemos ter pena dele caso venha cair nesse oceano 
              de fogo; porque ele recebeu as graças suficientes para entrar no 
              céu, mas preferiu zombar do seu Salvador: 
              “Não haverá também por que ter pena dos que se perdem, pois 
              receberam nesta vida – na medida adequada para eles – graça 
              suficiente para se salvarem: foram eles próprios que rejeitaram a 
              misericórdia de Deus, que não lhes faltou. Todos os homens podem 
              salvar-se, porque Cristo morreu por todos, e Deus não pratica 
              nenhum tipo de segregação. Os que forem condenados, sê-lo-ão de 
              acordo com toda a justiça: serão eles que o terão querido até o 
              fim, porque não pode haver qualquer assomo de injustiça em Deus. É 
              preciso ter isto sempre presente, sem tentar atenuar o rigor da 
              justiça por uma falsa misericórdia: não haverá nenhuma ‘anistia 
              final’, porque toda a ‘anistia’ já foi incansavelmente oferecida 
              por Deus na vida terrena”
              (Monge Edouard Clerc). 
              
              Deus quer que sejamos 
              santos... é impossível a santidade longe do amor de Deus: 
              “Toda a 
              santidade e toda a perfeição de uma pessoa consiste em amar a 
              Jesus Cristo, nosso Deus, nosso maior bem, nosso Salvador”
              (Santo Afonso Maria de Ligório).  
              
              Deus lhe pague pela preciosa ajuda. 
              
              Eu te abençôo e te guardo no Imaculado Coração de 
              Maria Santíssima. 
              
              Atenciosamente, 
                
              
              Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
                
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