Anápolis, 28 de julho de 2011
Ao Senhor José Rocha da Silva
Benfeitor do Instituto – Brasília – DF
Prezado, permaneçamos unidos a Nosso Senhor Jesus
Cristo, mesmo que tenhamos que percorrer o caminho do Calvário
diariamente... Ele merece todo o nosso amor:
“É na luta que provamos a Deus nosso amor,
bem como na aceitação das dores que nos manda”
(São João Maria Vianney).
Milhões de pessoas se desesperam diante das
provações que surgem pelo caminho: doença incurável, morte
de um familiar, crise financeira... e imediatamente
voltam as costas para Cristo Jesus dizendo que não acredita em sua
proteção e apoio.
Lembremo-nos continuamente de que as provações são
os “carinhos” de Deus para conosco... somos
açoitados carinhosamente pelo Senhor que cuida de nós e
quer o nosso bem:
“Apesar de tudo, agradeçamos ao Senhor nosso Deus
que nos põe à prova como a nossos pais. Lembrai-vos do que ele fez
a Abraão, de como provou Isaac, do que aconteceu a Jacó na
Mesopotâmia da Síria, quando pastoreava as ovelhas de Labão, irmão
de sua mãe. Como ele os provou para sondar os seus corações, assim
também não está se vingando de nós, mas, para advertência, o
Senhor açoita os que dele se aproximam”
(Jt 8, 25-27).
Só existe um caminho
para o Céu: o caminho apertado... a porta estreita:
“Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à
Vida. E poucos são os que o encontram”
(Mt 7, 14).
Um dia, alguém perguntou
a Jesus Cristo:
“Senhor, é pequeno o número dos que se salvam?”
(Lc 13, 23). Ele respondeu:
“Esforçai-vos por
entrar pela porta estreita...”
(Lc 13, 24).
Está claro que não
existe outro caminho para o Céu senão o caminho apertado...
o caminho da cruz, da renúncia, da mortificação, da penitência e
do desapego.
Não devemos nos
desesperar quando surgirem obstáculos e dificuldades em nosso
caminho; mas sim, nos alegrarmos, porque é esse o caminho do
Céu... o caminho dos verdadeiros amigos de Nosso Senhor:
“Um cristão,
mais do que qualquer outra pessoa, deve contar sempre e por toda a
parte com a cruz e o sofrimento”
(Pe. Richard Gräf).
Caríssimo, se olhássemos para as cruzes de cada dia
com amor e paciência, com certeza as carregaríamos com alegria e
conformidade. É preciso carregar as cruzes com os olhos fixos no
Céu... pensando na felicidade eterna:
“Não existe coisa mais
agradável a Deus do que sofrer com paciência e paz todas as cruzes
por ele enviadas”
(Santo Afonso Maria de Ligório), e:
“Todas as chagas do
Redentor são outras tantas palavras que nos ensinam como devemos
sofrer por ele. Esta é a sabedoria dos santos, sofrer
constantemente por Jesus; assim ficaremos logo santos”
(São Francisco de Sales), e também:
“Todos os santos
foram mártires ou pela espada ou pela paciência. Nós podemos ser
mártires sem a espada, se guardarmos a paciência”
(São Gregório Magno), e ainda:
“O mérito de uma
pessoa que ama Jesus Cristo consiste em amar e sofrer”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Muitos pisam e brigam
com as cruzes, isto é, com as provações de cada dia; ao invés de
olharem para seus pecados e aceitarem as provações para
repará-los, preferem se revoltarem... e assim são esmagados pelo
peso da cruz:
“A cruz que arrastamos torna-se mais pesada do que
a que carregamos”
(Santa Teresa de Jesus), e:
“No caminho da cruz só
o primeiro passo é difícil. O medo das cruzes é a nossa grande
cruz. Tudo vai bem se carregarmos bem a nossa cruz”
(São João Maria Vianney).
Se o nosso coração
amasse verdadeiramente a Deus, com certeza sofreríamos com amor...
os santos sofreram amando:
“Há dois modos de sofrer:
sofrer amando e sofrer sem amar. Todos os santos sofriam com
paciência, alegria e perseverança, porque amavam. Nós sofremos com
raiva, desagrado e enfado, porque não amamos. Se amássemos a Deus,
seríamos felizes de poder sofrer por amor d’Aquele que aceitou
sofrer por nós”
(Idem.).
Prezado, rezo pelo
senhor e família; que o Deus eterno abençoe a todos.
Obrigado pela preciosa
colaboração.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes
FP.
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