Anápolis, 28 de julho de 2011
Ao Senhor Jadir Expedito Silveira
Benfeitor do Instituto – Goiânia-GO
Caríssimo, ame a Deus de coração... estamos na
terra somente para isso: “Como é belo,
como é grande conhecer, amar e servir a Deus! É a única coisa que
temos para fazer neste mundo. Tudo o que fazemos afora isto, é
tempo perdido” (São
João Maria Vianney).
Vivemos num mundo que caminha apressadamente para a
destruição... um mundo que vive com as costas voltadas para
Deus... mundo frio, indiferente, ingrato e rebelde. Feliz daquele
que não o segue e que se esforça continuamente para amar o Criador
que nos ama desde antes da criação:
“Eu ainda não O amava, e
Ele já me tinha amor”
(São Pedro Julião Eymard).
O nosso Deus é um Deus ciumento; não aceita um
coração dividido com as criaturas... quer o nosso coração somente
para Ele.
O Criador não aceita que construamos um altar em
nosso coração para os ídolos desse mundo... somente Ele quer
residir nele... é um Deus ciumento:
“Não te prostrarás diante
desses deuses e não os servirás, porque eu, o Senhor teu Deus, sou
um Deus ciumento” (Ex
20, 5).
Milhões de pessoas estão abandonando o verdadeiro
Esposo da alma para se unirem aos ídolos desse mundo... estão
deixando o Deus Eterno para seguirem e servirem as coisas
passageiras da terra... desprezam o Criador para serem escravas
das criaturas. Diante de tão grande ingratidão, o Senhor, cheio de
ciúmes, reclama:
“Repara como este divino Amante exprime delicadamente a nobreza e
generosidade do seu ciúme: Deixaram-me, diz ele, a mim que sou a
fonte de água viva; como se se dissesse: Eu não me queixo por me
deixarem, pois nenhum prejuízo me resulta desse abandono. Que
prejuízo resulta para a fonte viva, se não vierem dessedentar-se
em suas águas? Deixa por isso de correr e fecundar a terra? Mas
LASTIMO a INFELICIDADE dos que me ABANDONARAM, para irem em busca
de POÇOS que nem água têm. Se pudesse conceber-se que encontrassem
outra fonte de água viva, suportaria de boa-mente que me
deixassem, pois nada ambiciono senão a sua felicidade; mas
deixaram-me para perecerem, abandonaram-me para se precipitarem,
isso é que me admira e faz indignar por tamanha loucura”
(São Francisco de Sales).
O ciúme que o Senhor
Deus tem por nós não é um ciúme que se parece com o da
concupiscência, mas
“é um ciúme de suprema amizade porque amar a Deus
não é interesse d’Ele, mas nosso. O nosso amor é-lhe inútil, mas
para nós é de grande proveito; e, se lhe é agradável, é porque
reverte em proveito nosso”
(Idem.).
Prezado senhor, o homem
nasceu para amar:
“Ou ama a Deus, ou ama a si mesmo ou ama o
mundo...” (São João
Maria Vianney).
Percebe-se pelo comportamento das pessoas, pela
violência, paganismo, revolta contra a Lei de Deus e da Santa
Igreja, crise nas famílias, envolvimento com drogas e crimes...
que o homem está apaixonado pelo mundo... mundo inimigo de Deus e
das almas imortais. Quanta loucura! Quanta ingratidão!
Quanta cegueira! “Se o mundo odeia o
cristão, porque tu o amas, a ele que te aborrece, e não preferes
seguir a Cristo que te remiu e te ama?”
(São Cipriano).
Não dá para entender como uma pessoa que se diz
filha de Deus tem a coragem de seguir o mundo e de servir ao
Demônio?! Será que nunca olhou para um
crucifixo?
Não foi o Demônio nem o mundo que morreu na cruz
para salvá-la! Essa é uma ingratidão quase imperdoável... é
um adultério vergonhoso e descarado:
“Jesus pede e quer todo o
nosso coração, toda a nossa alma, todo o nosso espírito, todas as
nossas forças, por isso se chama nosso Esposo, e chama às nossas
almas esposas, considerando toda e qualquer separação como
infidelidade, como adultério”
(São Francisco de Sales).
É grande loucura e
rebeldia abandonar a Deus, fonte de água pura, para servir o mundo
e o Demônio:
“Eles me abandonaram, a fonte de água viva, para
cavar para si cisternas, cisternas furadas, que não podem conter
água”
(Jr 2, 13).
Caríssimo, amemos a Deus
de coração e sirvamo-O com carinho, dedicação e confiança.
Obrigado pela preciosa
colaboração.
Eu te abençôo e te
guardo no Santíssimo Coração de Jesus Cristo.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes
FP.
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