Anápolis, 24 de setembro de 2011
Ao Professor Genivaldo Salgado
Benfeitor do Instituto – Brasília – DF
Caríssimo, trilhemos o caminho da pureza, porque
a impureza escraviza o homem: “A
impureza escraviza o homem! Tira-lhe da cabeça a coroa de rei e
ata-lhe aos pés a cadeia de escravo” (Pe.
Alexandrino Monteiro).
É vontade de Deus que o homem seja santo e puro;
o Senhor não nos chamou para a impureza:
“Pois Deus não nos chamou
para a impureza, mas sim para a santidade” (1
Ts 4, 7).
Milhões de pessoas vivem mergulhadas na impureza
porque não conhecem os remédios para vencê-la.
Eis os remédios para vencer a impureza:
1.º O amor e a estima da pureza,
virtude dos anjos que Deus premia no homem, dando-lhe na terra e
no céu, recompensas especiais:
“É o céu um banquete que
será concedido somente aos que partirem deste mundo com a alma
adornada pela inocência e pureza de costumes”
(Pe. Alexandrino Monteiro).
2.º O gosto pelo trabalho e pela oração.
O Demônio nos tenta, sobretudo, quando nos acha na preguiça e na
ociosidade; também Deus abandona à própria fraqueza e às suas
perversas inclinações os que não rezam:
“A principal arma que o
demônio utiliza é o ócio, origem de todos os vícios”
(São João Bosco).
3.º A prática habitual da mortificação dos
sentidos, especialmente a vista, pela modéstia dos
olhares; do gosto, pela prática da temperança; do ouvido,
evitando toda conversa ruim e toda música imoral; da imaginação,
fugindo das más leituras; do coração, repelindo todo afeto muito
vivo: “Há olhares gravemente culpados
que ofendem não somente o pudor, mas até a castidade em si
mesma” (Adolfo Tanquerey).
4.º A fuga de todas as ocasiões apontadas:
leituras, espetáculos, bailes, reuniões ou ambientes
perigosos: “Quem quiser
salvar-se, precisa renunciar, não somente ao pecado, mas também
às ocasiões de pecado, isto é, deve afastar-se deste
companheiro, daquela casa, de certas relações de amizade...”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Nas tentações que se apresentam sem
estarmos expostos, devemos:
1.º Desconfiar de nós mesmos, não contar com as
próprias forças, mas sim, esperar em Deus e no poder da sua
graça: “Eis o Deus, meu Salvador, eu
confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e
salvação” (Is 12, 2).
2.º Afugentar a tentação, ocupando-nos de outra
coisa, entregando-nos a um trabalho ativo, a uma conversação
edificante... Erguer também o coração para Deus pela oração,
para a Santíssima Virgem e o nosso bom Anjo da Guarda pedindo
proteção: “Quando for tentado, não
espere que a tentação se apodere de seu coração, rapidamente se
livre dela pela oração ou com alguma ocupação lícita”
(São João Bosco).
3.° Opor à tentação pensamentos sérios, a
lembrança da morte, do juízo e do inferno, rememorar a presença
de Deus que nos vê; escutar a voz da honra e da consciência,
refletir nas nefandas consequências do pecado...
“Em tudo o que fazes, lembra-te de teu
fim e jamais pecarás” (Eclo 7, 36).
Enfim, dentre os remédios contra os pecados, o
primeiro e o principal é recorrer à
Confissão frequente sem deixar à alma tempo para
enfraquecer e debilitar-se no vício. Mas é preciso ter na
confissão uma sinceridade perfeita, dar a conhecer suas chagas
como o doente revela ao médico todo o seu mal, e submeter-se com
confiança e energia à direção do confessor, aceitando suas
decisões e seguindo seus conselhos:
“Com efeito, a confissão regular de nossos pecados veniais nos
ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más
tendências, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida
do Espírito” (Catecismo da Igreja Católica,
1458).
A Comunhão frequente, feita com uma
preparação excelente e com disposições de fervor e de confiança,
será preservativo e remédio: comunicar-nos-á a própria força de
Deus, e é o meio todo poderoso para conservarmos a inocência ou
recuperarmos a virtude: “Tendo Jesus
Cristo instituído o Sacramento da Eucaristia para o bem de
nossas almas, deseja que nós o recebamos não só uma vez ou
outra, mas com muita frequência”(São João
Bosco).
Caríssimo, é vontade de Deus que usemos desses
remédios para permanecermos puros: “É
a pureza do coração a moeda com que havemos de comprar a coroa
da nossa eterna glória” (Pe. Alexandrino
Monteiro).
Rezo pelo senhor e família.
Deus lhe pague pela preciosa colaboração.
Eu te abençôo e te guardo no Coração Puríssimo de
Maria, “... criatura mais preciosa da
criação” (São Cirilo de Alexandria).
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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