Anápolis, 24 de setembro de 2011
À Senhora Maria Evangelina
Benfeitora do Instituto – Brasília – DF
Caríssima, não deixemos que as máximas do mundo
entrem no nosso coração, porque somente Deus, o único
verdadeiro, nos pode proteger e amparar:
“Não existe outro Deus fora de mim! Sou
o Deus justo e Salvador e não há outro” (Is
45, 21).
Milhões de pessoas negam furiosamente a
existência do Deus Eterno, mas nem por isso Ele deixa de
existir. Esses infelizes viverão sempre mergulhados na amargura.
Deus existe; eis as principais provas de
sua existência:
1.° A revelação. Primeiro cremos em
Deus porque se revelou, isto é, porque Ele mesmo se deu a
conhecer. “No princípio Deus criou o
céu e a terra”. Criou, logo existe. Depois,
manifestou-se a Adão, Noé, Abraão, aos patriarcas, a Moisés. E
quando este pergunta a Deus como e debaixo de que nome deve
dá-lo a conhecer ao Faraó: “Sou, diz
Ele, aquele que é”. Mais tarde, no monte Sinai, o
Senhor se manifesta e diz a seu povo:
“Sou o Senhor; não
adorareis deuses alheios, sou o Deus todo-poderoso...”
Enfim, Deus se revelou e deu-se a conhecer ao
mundo no seu Filho único, Jesus Cristo,
“de modo que, diz São João,
vimos a sua glória... e Ele se fez
carne e habitou entre nós”.
O próprio Deus revelando-se, eis a primeira e
irrecusável prova da sua existência.
2.° Testemunho da razão. A razão
nos diz que não há efeito sem causa. Quando vemos uma casa, um
quadro, uma estátua, concluímos que há um pedreiro, um pintor,
um escultor que fez esse trabalho. Ora, temos diante dos olhos o
espetáculo do céu, da terra, de tudo o que existe; é preciso que
tantos objetos tenham uma causa; esta causa não é o homem: logo,
é Deus.
Em vão quereríamos procurar a causa dos seres
atuais em outros seres que os produziram; é preciso afinal
remontar a uma causa primeira que é Deus.
A razão nos diz ainda que, quanto mais bela é uma
obra, tanto mais perfeita é a causa... Ora, o espetáculo do
mundo, o céu com sua imensidade e seus milhões de astros, a
terra com todas as suas maravilhas, demonstram um Ser
infinitamente inteligente e soberanamente poderoso. É Ele
que chamamos Deus.
3.° O testemunho de todos os povos.
É um fato sabido que em todos os tempos e em todos os países, os
povos bárbaros ou civilizados, antigos ou modernos acreditaram
sempre na existência de Deus. Como prova temos os templos, os
altares, os sacrifícios; as adorações que se encontram por toda
a parte na antiguidade, entre os Judeus, Gregos, Romanos,
Assírios, Persas, Egípcios... e hoje ainda entre os Chineses,
Índios da América e da Oceania, selvagens do centro da África,
como o atestam as narrações dos missionários e dos viajantes.
Esta crença, sendo universal, não pode proceder do erro;
confirma, pois, a verdade.
4.º Enfim, o senso íntimo e a
consciência proclamam a existência de Deus.
Instintivamente, na paz da alma e, sobretudo, nas penas,
exclamamos: “Meu Deus!” É o grito do coração e da
natureza. É ainda esta convicção que se revela na voz da
consciência, que nos indica de antemão o bem e o mal, nos
repreende e castiga se fazemos o mal, nos anima e nos felicita
quando fazemos o bem, e nos diz que seremos castigados ou
recompensados conforme merecermos. Esta voz que nos instrui,
esta testemunha que nos julga, é Deus de quem nossa alma não
pode desprezar.
É assim que a existência de Deus nos aparece como
uma verdade tão clara e tão certa, que só o louco pode
rejeitá-la. Entretanto, há homens que se dizem ateus e pretendem
que Deus não exista. Muitas vezes eles se enganam a si mesmos e
o coração lhes desmente as palavras, como os atos lhes
contradizem as teorias; porque, no perigo e na dor, voltam logo
para Deus a quem se recomendam.
Deus existe: “Deus
existe de fato; mas eu não O vejo, porque é incorpóreo. Todavia,
d’Ele me fala tudo que me rodeia. De Deus me fala a natureza
inteira, o céu, a terra, o mar, e tudo quanto no universo
existe” (Pe. Alexandrino Monteiro).
Deus existe! Deixe que os ateus escancarem a boca
contra Ele... cabe a nós, seus filhos, conhecê-Lo, amá-Lo
e servi-Lo com fé, confiança e fidelidade:
“Como é belo, como é grande conhecer,
amar e servir a Deus! É a única coisa que temos para fazer neste
mundo. Tudo o que fazemos afora isto é tempo perdido”
(São João Maria Vianney).
Obrigado pela preciosa colaboração.
Rezo pela senhora e família.
Eu te abençôo e te guardo no Humílimo Coração de
Maria Virgem, “... morada da
infinitude” (São Cirilo de Alexandria).
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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