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				Anápolis, 07 de novembro de 2011 
				  
				
				Ao Senhor Arthur Nunes Ferreira Neto 
				
				Benfeitor do Instituto – Brasília – DF 
				  
				
				Caríssimo senhor, trabalhe para a glória de Deus 
				e pelo bem das almas sem se desanimar diante dos numerosos 
				obstáculos que surgem pelo caminho: 
				“Decidimos, contudo, confiados em nosso Deus, anunciar-vos o 
				evangelho de Deus, no meio de grandes lutas” 
				(1 Ts 2, 2). 
				  
				
				Pertencemos à ÚNICA IGREJA VERDADEIRA 
				fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo: Igreja Católica 
				Apostólica Romana. Mas, olhando o comportamento frio, 
				relaxado, indiferente, preguiçoso e rebelde 
				de milhões de católicos, sentimos uma profunda dor no coração e 
				nos animamos a trabalhar para acordá-los dessa vida de “poltronice”. 
				
				Existe, dentro da Santa Igreja, um grande esforço 
				para conquistar todos aqueles que estão fora da mesma. 
				
				Será que a Hierarquia da Igreja Católica consegue 
				enxergar o péssimo comportamento de milhões de católicos? É 
				muita coragem convidar o “vizinho” para morar em 
				nossa casa sendo que a mesma está desarrumada: 
				“A Igreja parece convertida numa 
				verdadeira Babel. É necessário mesmo olhar para o céu, sofrer e 
				calar” (Bem-aventurado João Batista Scalabrini). 
				
				Prezado senhor Arthur, será que aqueles que estão 
				fora da Santa Igreja se sentem animados a voltarem ou entrarem 
				nela vendo milhões de membros que se dizem católicos vivendo 
				como pagãos? Se comportando como pessoas que nunca ouviram a 
				verdade? Vivendo como pessoas que nunca ouviram falar de Deus? 
				
				Milhões de católicos, batizados e
				crismados, estão vivendo como sal insosso que 
				serve somente para serem pisados pelos homens: 
				“… se o sal se tornar insosso, com que o 
				salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e 
				pisado pelos homens” (Mt 5, 13). 
				
				Para que serve uma lâmpada queimada? Para nada! 
				Somente para ocupar espaço. Para que serve um católico que vive 
				nas trevas, isto é, “apagado”? Serve somente para 
				dar escândalo… servindo de tropeço para aqueles que buscam a 
				Deus: “Se é crime enorme o homicídio, 
				crime sem comparação muito maior deve ser matar uma alma 
				imortal, isto é, tirar-lhe a vida da graça” (Pe. 
				João Batista Lehmann). 
				
				Existe dentro da Santa Igreja uma grande 
				plantação de “figueiras estéreis” que não produzem 
				frutos e servem somente para ocupar espaço. 
				
				Vejo que é chegada a hora de CONVERTER 
				MILHÕES de católicos que vivem como pagãos dentro da 
				Santa Igreja; esses são obstáculos para a conquista daqueles que 
				estão fora da mesma: 
				“Jesus diz que devemos antes fazer e depois 
				ensinar a fazer; ele coloca a prática do bem antes do ensino, 
				mostrando que poderemos ensinar com proveito somente se antes 
				pusermos em prática tudo o que ensinamos, e jamais fazer o 
				contrário. Em outra ocasião Jesus dirá: ‘Médico cura-te a ti 
				mesmo’ Aquele que é incapaz de orientar bem a sua vida e procura 
				educar os outros, corre o perigo de ser ridicularizado por 
				muitos; aliás, nem sequer poderá ensinar porque as suas ações 
				testemunharão o contrário das suas palavras” 
				(São João Crisóstomo, Comentário ao Evangelho de São Mateus, 
				XVI, 4), e: 
				“… Quando os 
				pagãos escutam da nossa boca os pensamentos de Deus, admiram a 
				sua beleza e grandeza; mas, depois, quando percebem que as 
				nossas obras não correspondem às nossas palavras, então mudam de 
				idéia e começam a blasfemar dizendo que o cristianismo é somente 
				um mito e um engano” (São Clemente Romano, 2 
				Cor, 13), e também:
				“As 
				suas palavras permanecem em nós quando fazemos tudo o que nos 
				ordenou e desejamos o que nos prometeu; no entanto, quando as 
				suas palavras permanecem em nossa memória, mas em nossa vida e 
				nos nossos hábitos não se encontra nenhum sinal delas, então o 
				ramo já não faz parte da videira porque não absorve mais a vida 
				da sua raiz”
				(Santo Agostinho, Comentário ao Evangelho de São 
				João, 81, 4). 
				 
				
				É vergonhoso o comportamento de milhões de 
				católicos! Até parece que estamos vivendo nas cidades de Sodoma 
				e Gomorra; os defuntos e falsos 
				invadiram as ruas das cidades dos países católicos… está muito 
				difícil de encontrar uma luz que brilha: 
				“Membros mortos da Igreja 
				são os fiéis que estão em pecado mortal” (São 
				Pio X, Catecismo Maior, 167), e: 
				“Quantos maus existem também no seio da 
				Igreja” (Santo Agostinho). 
				
				Até quando a Hierarquia da Santa Igreja suportará 
				esses membros que escandalizam os fiéis e que não querem mudar 
				de vida? Milhões de membros que teimam em viver no pecado e a 
				participar da lama do mundo sem nenhum esforço para buscarem a 
				santidade? Está na hora desses membros tomarem um “choque” 
				para acordarem e voltarem para Deus; porque vivendo assim irão 
				para o inferno eterno. É preciso cercá-los de todos os lados… se 
				são católicos, devem brilhar com a luz do bom exemplo: 
				“Assim como os caçadores costumam 
				acossar de todos os lados as feras mais difíceis, também 
				encurralemos os transviados, nós de um lado, vós de outro, e em 
				pouco tempo os apanharemos nas redes da salvação… não pouparei a 
				nenhum dos que me são caros! Antes afligir-vos agora e 
				resguardar-vos da condenação futura, do que agradar-vos e ser 
				depois castigado convosco”
				(São João Crisóstomo, Sermão contra os 
				espetáculos). 
				
				Caríssimo senhor 
				Arthur, seja corajoso e não esconda a verdade, mesmo quando os 
				lobos “arreganharem os dentes” contra ti. É impossível 
				levar alguém para o caminho do céu longe da verdade: 
				“Pode 
				acontecer que numa ou noutra situação tenhamos que sofrer a 
				calúnia ou a difamação por sermos verazes, por sermos fiéis à 
				verdade… Em qualquer caso, o Senhor espera de nós, seus 
				discípulos, que falemos sempre com clareza… Na sociedade em que 
				vivemos, teremos que falar com firmeza, com a segurança de quem 
				tem a verdade do seu lado”
				(Pe. Francisco Fernández Carvajal). 
				
				Não nos intimidemos 
				diante das zombarias e ameaças; pelo contrário, confiemos no 
				Deus que nos fortalece e ampara: 
				“Junto convosco eu 
				enfrento os inimigos, com vossa ajuda eu transponho altas 
				muralhas”
				(Sl 17, 30). 
				
				Espero o senhor para o 
				Santo Retiro em dezembro. 
				
				Obrigado pela preciosa 
				colaboração. 
				
				Eu te abençôo e te 
				guardo no Coração Santíssimo de Cristo Jesus. 
				
				Atenciosamente, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
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