Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

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Anápolis, 06 de janeiro de 2012

 

Ao senhor Maurício Loschi de Melo

Benfeitor do Instituto, Brasília – DF

 

Caríssimo, seja um filho fiel da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, única Esposa do Cordeiro, e ame-a sempre: “Amem esta Igreja, sejam essa Igreja, fiquem na Igreja! E amem o Esposo!” (Santo Agostinho).

 

Lembre-se continuamente de que para se salvar é preciso ser membro da Igreja Católica. Mas podemos ser membros da Igreja de dois modos. Distinguem-se, com efeito, os membros que pertencem ao corpo da Igreja, e os que pertencem à alma.

A Igreja, aqui na terra, pode ser considerada como uma sociedade visível. Neste caso, é comparada a um corpo vivo: o Papa seria a cabeça, os bispos, membros principais, e os fiéis, membros secundários. Para pertencer ao corpo da Igreja é preciso fazer profissão exterior de fé católica; por conseguinte, ser batizado, crer tudo quanto a Igreja ensina e ser submetido ao Papa e aos pastores legítimos.

Mas a Igreja pode ser também considerada como sociedade invisível das almas unidas a Deus pela caridade perfeita ou pela graça santificante. Esta graça, derramada nos corações pelo Espírito Santo, é o que chamamos a alma da Igreja, pois é ela, na realidade, que lhe comunica a vida, qual a alma para o nosso corpo.

Para pertencer à alma da Igreja não é necessário ser batizado e fazer profissão de fé católica. Deparam-se, fora do cristianismo, almas retas que amam a Deus e o servem, ainda que no erro; se tiverem a caridade perfeita ou graça santificante, pertencem à alma da Igreja.

Inferimos desta explicação que para ser salvo é mister pertencer à alma da Igreja e que os pecadores,  embora membros do corpo da Igreja, não serão salvos por não pertencerem à alma. E inversamente hão de ser salvos homens afastados do corpo da Igreja, por pertencerem à alma.

E quais são os que se acham fora da Igreja?

1.° Os infiéis. Assim são chamados os que não foram batizados e não têm a fé em Cristo: como os judeus, os muçulmanos, os idólatras...

2.° Os hereges. Os que pertinazmente não querem acreditar numa verdade revelada por Deus e ensinada pela Igreja como artigo de fé.

3.° Os cismáticos. Este nome se dá aos que separam da Igreja, conservando, no entanto, sua fé nas verdades reveladas.

4.° Os apóstatas. Assim são designados os que têm sido batizados e renunciam a fé em Jesus Cristo que tinham professado.

5.° Enfim, os excomungados, isto é, os que a Igreja expele do seu grêmio por causa dos seus crimes; desde logo, perdem toda a participação nos sacramentos e bens espirituais da Igreja.

Quanto aos pecadores, permanecem ainda membros da Igreja, porém, membros mortos; todavia, podem recuperar a vida recebendo de novo a graça santificante (cfr. Monsenhor Cauly, Curso de Instrução religiosa).

Prezado senhor, nessa confusão de seitas e também de rebeldias contra o Santo Padre, o Papa, é preciso olhar sempre para frente e caminhar unido ao sucessor de Pedro. Jamais nos afastemos do caminho verdadeiro: “Peço-vos, pois, por amor de Cristo crucificado, queridos irmãos e filhos da Santa Igreja, que permaneçais firmes e perseverantes na posição tomada. Não vos remova o demônio ou alguma pessoa pior do que o diabo” (Santa Catarina de Sena).

É vergonhoso e escandaloso o curandeirismo entre os protestantes; e, infelizmente, essa coisa horrível está sendo praticada por grupos que se intitulam católicos. O pior é que muitos bispos, omissos e covardes, não fazem nada para combater essa vergonha.

Milhares de católicos estão imitando os hereges protestantes em tudo.

Caríssimo, Deus lhe pague pela preciosa colaboração.

Rezo pelo senhor e família.

Eu te abençôo e te guardo no Coração Puríssimo da Virgem Maria.

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

 

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