Anápolis, 10 de janeiro de 2012
Ao doutor
(defensor)
Idonir Teles de Macedo Júnior
Benfeitor do Instituto, Brasília – DF
Prezado, viva na presença de Deus e progrida em
sua lei: “Feliz
o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai
progredindo! Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo
o coração procura a Deus! Que não pratica a maldade em sua vida,
mas vai andando nos caminhos do Senhor”
(Sl
118, 1-3).
Para o senhor que vai
se casar no próximo dia 14, é importante refletir sobre o
sacramento do Matrimônio:
“Para santificar a
família, célula primordial da sociedade, dá o sacramento do
Matrimônio aos esposos as graças de que tão urgentemente
precisam, a graça da fidelidade absoluta e constante, fidelidade
tão dificultosa ao coração inconstante do homem; a graça de
respeitarem a santidade do tálamo conjugal, a despeito das
solicitações contrárias da concupiscência; a graça de se
consagrarem com dedicação inalterável à educação cristã dos
filhos” (Adolfo
Tanquerey).
Lembre-se de que o
Matrimônio é fundado e santificado por Deus.
Foi nas bodas de Caná
que Jesus Cristo operou o seu primeiro milagre. Assim, pois, ele
glorificou a realização do matrimônio, não só com sua presença,
mas também com o alto valor que dá ao matrimônio e concedeu-lhe
a sua primeira revelação de seu poder divino. Mostrou assim a
bênção. De fato, o matrimônio é para a Igreja e o Estado, para
toda a sociedade humana, uma instituição extraordinariamente
importante.
Que é o
matrimônio?
É a sociedade mais primitiva, fundada por Deus mesmo. Em certo
sentido, todas as sociedades são fundadas por Deus: cada um dos
Estados, como as associações para fins de beneficência, sociais
ou científicos. Pois todos se formam sob direção da Providência
Divina. Assim como sem Deus nenhum cabelo nos cai da cabeça,
menos ainda se unem os homens sem Ele. O matrimônio foi fundado
por Deus, não somente, porém, depositando na natureza humana o
impulso para essa união; mas antes o instituiu direta e
imediatamente. Céu e terra estavam criados. Sol e estrelas
fulguravam no firmamento e seguiam as órbitas que o Criador lhes
tinha traçado. As flores floresciam, as árvores carregavam-se de
frutos. A terra estava cheia de seres vivos. Também o homem
tinha sido criado pela palavra onipotente de Deus e, como
sacerdote da criação, apresentava ao Criador o sacrifício do seu
louvor e glória. Que faltava ainda? Ainda era necessário cuidar
da sucessão deste sacerdócio; o homem estava ainda só. Então
disse o Senhor: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe
uma companheira, que lhe seja semelhante”. E criou a mulher,
levou-a ao homem e abençoou-lhes a aliança: “Crescei e
multiplicai-vos!” Foi a instituição do matrimônio. Pois a
bênção matrimonial divina continua, através de todos os tempos e
reproduz-se em cada matrimônio que se celebra. Desta narrativa
bíblica se segue primeiramente a UNIDADE do
matrimônio. Um só marido – Uma só mulher! Assim é, segundo a
ordem divina. E onde for diferente, é uma violação desta ordem.
Por toda a parte onde reina a poligamia, o matrimônio se afastou
da primitiva instituição divina. Mas o cristianismo introduziu-a
de novo e firmou-a onde já era usual. Nesse ponto são unânimes,
também todas as sociedades religiosas cristãs. Não é só a Igreja
Católica que exige a monogamia, mas também as outras religiões
que têm o nome de cristãs condenam a poligamia.
Esta UNIDADE
do matrimônio impõe aos cônjuges o austero dever da fidelidade.
A quebra da fidelidade é um crime contra a humanidade. Pois não
é só uma violação da aliança especial, mas abala a firmeza do
matrimônio. E nesta firmeza tem a humanidade um alto interesse.
Basta pensar na educação dos filhos. E como se pode falar em
fidelidade e paz dos cônjuges, quando falta a inabalável
confiança mútua? É certamente uma grande e formosa ideia a do
homem e a da mulher estenderem-se a mão para um amor imutável,
para juntos caminharem através da vida. Mas sem fidelidade que
resulta? Daí decorre a segunda qualidade do matrimônio, a
INDISSOLUBILIDADE. É uma aliança para toda a vida. Jesus
Cristo indicou também esta qualidade na primitiva instituição do
matrimônio. Deus uniu o homem e a mulher no matrimônio: “Não
separe o homem o que Deus uniu”. Quem deve separá-los?
Aquele que os uniu – Deus Nosso Senhor. Como os separa? – Pela
morte. O Salvador ensina, pois, expressamente a
INDISSOLUBILIDADE do matrimônio. E o Apóstolo Paulo
ensina o mesmo:
“Enquanto o marido viver, a mulher está obrigada
à lei, morrendo o marido, está livre da lei do marido. Se em
vida do marido se entregar a outro homem, será chamada adúltera.
Morto o marido, porém, ela está livre da lei e pode casar-se com
quem quiser, contanto que seja no Senhor”,
isto é, deve escolher um marido que creia no Senhor e esteja
unido a ela pela mesma fé. Mais claramente não de pode dizer que
o matrimônio é indissolúvel.
Por que deve ser
indissolúvel o matrimônio? Já é assim na natureza humana. Acaso
já se ouviu dizer que um casal que se ama tenha prometido um ao
outro amor e fidelidade por alguns anos? Quando a natureza
humana sincera e reta fala, quer eterna fidelidade, até à morte.
E, de fato, só pode subsistir confiança mútua, paz e
fidelidade, quando os cônjuges estão convencidos de que estão
unidos por toda a vida (cfr.
Alverá, Euntes... Praedicate!).
Caríssimo senhor,
assim como uma casa necessita de fortes colunas para se manter
de pé diante de uma furiosa tempestade, também o matrimônio
precisa de robustas colunas para se manter firme diante das
dificuldades que surgem pelo caminho.
Eis algumas colunas
que sustentam o matrimônio:
1.ª Coluna:
Construir a casa sobre a rocha (Deus).
2.ª Coluna:
Viver na Graça Santificante.
3.ª Coluna:
Oração.
4.ª Coluna:
Confissão frequente.
5.ª Coluna:
Comunhão frequente.
6.ª Coluna:
Paciência mútua.
7.ª Coluna:
Respeito mútuo.
8.ª Coluna:
Fidelidade do amor conjugal.
9.ª Coluna:
Aceitação dos filhos.
10.ª Coluna:
Educação dos filhos.
Rezo pelo senhor e
futura esposa.
Eu te abençôo e te
guardo no Santíssimo Coração de Cristo Jesus.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Obs.: Vide matéria completa sobre
as colunas que
sustentam o matrimônio.
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