Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

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Anápolis, 06 de março de 2012

 

Ao senhor Jadir Expedito Silveira

Benfeitor do Instituto

Goiânia – GO

 

Caríssimo, não abra o coração para as criaturas... elas são pequenas e limitadas para satisfazer um coração que foi criado para as coisas do alto. Fora de Deus não se pode encontrar o verdadeiro repouso: “Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: ‘Somente vós sois meu Senhor: nenhum bem eu posso achar fora de vós!” (Sl 15, 1-2).

 

No amor de Deus está a perfeição... está a salvação.

O amor de Deus é um preceito. Quem não ama a Deus está fora da lei e não vai pelo caminho da salvação.

E como se há de amar a Deus? “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito” (Mt 22,37).

Amamos a Deus de todo o coração quando Lhe entregamos todo inteiro, sem o dividir pelas criaturas. Deus, só, quer ser o objeto do nosso amor. Só Ele é o Senhor do nosso coração; a Ele pertence, pois, e n’Ele deve reinar como em propriedade sua. Qualquer parcela de amor que dermos às criaturas, que não seja por amor de Deus, é um roubo que praticamos, é uma injustiça que lhe fazemos. Todas as perfeições que encontramos nas criaturas são esplendores da infinita beleza do Criador. A Ele, pois, devemos amar como centro de toda a perfeição e como oceano de toda a graça e formosura.

Amar a Deus com todo o nosso espírito é viver atuando na sua divina presença, meditando com frequência nos divinos atributos e recordando os mil favores de que nos tem cumulado.

Amar a Deus com toda a alma é empregar todas as faculdades e potências em testemunhar que é Ele só o objeto do nosso amor; recordando com a memória os seus benefícios, aprofundando com o entendimento os seus divinos atributos, e vivendo unido a Ele pela vontade, pondo de lado todos os outros afetos que não encaminhem para o seu amor.

Amar a Deus com todas as forças é aplicar ao seu serviço não só as potências da alma, mas todo o vigor do corpo. É não dar um passo que não se encaminhe a conhecê-Lo; é não fazer obra que não tenha por alvo a sua maior glória, e não proferir palavra que não convenha à sua divina presença, é não usar dos sentidos que não seja para admirar e louvar as maravilhas do seu poder (cfr. Pe. Alexandrino Monteiro, Raios de luz).

Deus lhe pague pela preciosa colaboração.

Eu te abençôo e te guardo no Coração de Cristo Jesus, bondoso amigo.

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

 

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