Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

014 / 2015

 

Anápolis, 05 de junho de 2015

 

À senhora Maria Teresa Araújo Sleinmetz - Benfeitora do Instituto

Brasília – DF

 

Estimada senhora, busque o silêncio e fuja das pessoas tagarelas... esse tipo de gente enoja as pessoas que buscam verdadeiramente a Deus. A boca do tagarela assemelha-se aos sepulcros rachados.

A tagarelice é altamente nociva à vida espiritual e à ação fecunda. O tagarela não tem tempo e, muitas vezes, nem o gosto de recolher-se, de pensar ou de viver profundamente. O tagarela é uma lata vazia... insuportável, vive mergulhado no vazio.

Essa criatura insuportável e inquieta agita o ambiente em que vive; sua língua gira mais que o ventilador... é uma betoneira incontrolável. O tagarela impede aos outros o trabalho e o recolhimento fecundos. Essa criatura é perigosa, superficial e frívola.

Feliz da pessoa que controla a língua... que é moderada no falar: Há quem se cala e passa por sábio, há quem se torna antipático de tanto falar... Quem fala muito se torna detestável (Eclo 20, 5. 8).

Quem fala pouco jamais se arrependerá; mas quem é tagarela se arrependerá muito (La Bruyère).

Deus quer que busquemos o verdadeiro silêncio. Ser silencioso não quer dizer ser MUDO ou TACITURNO. É preciso desconfiar tanto da tagarelice como do MAU SILÊNCIO, porque o silêncio não é um absoluto nem um fim em si. Ele pode ser, conforme nosso estado de consciência interior e das circunstâncias exteriores, a pior como a melhor das coisas. Há, por exemplo, um silêncio de despeito que é indigno de um adulto, um silêncio de orgulho ferido, um silêncio de indiferença ou de egoísmo, enquanto que nossa palavra poderia trazer luz, paz ou conforto; um silêncio de fuga, quando temos um dever de presença amante e ativa. Há também o silêncio covarde quando devemos ter a coragem de defender a honra de Deus ou a reputação de um de nossos irmãos, quando temos talvez também a obrigação de nos acusar quando suspeitamos injustamente de outrem. Devemos tomar cuidado com o silêncio de Caim (Gn 4, 6-7).

Obrigado pela preciosa ajuda!

Eu te abençoo e te guardo no Coração Amável de Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor.

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

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