Anápolis, 05 de junho de 2015
À senhora Maria Teresa Araújo Sleinmetz -
Benfeitora do Instituto
Brasília – DF
Estimada senhora, busque o silêncio e fuja
das pessoas tagarelas... esse tipo de gente enoja as
pessoas que buscam verdadeiramente a Deus. A boca do
tagarela assemelha-se aos sepulcros rachados.
A tagarelice é altamente nociva à vida espiritual
e à ação fecunda. O tagarela não tem tempo e, muitas vezes, nem
o gosto de recolher-se, de pensar ou de viver profundamente.
O tagarela é uma lata vazia... insuportável, vive mergulhado
no vazio.
Essa criatura insuportável e inquieta agita o
ambiente em que vive; sua língua gira mais que o
ventilador... é uma betoneira incontrolável. O tagarela
impede aos outros o trabalho e o recolhimento fecundos.
Essa criatura é perigosa, superficial e frívola.
Feliz da pessoa que controla a língua... que é
moderada no falar: Há quem se cala e passa por sábio, há
quem se torna antipático de tanto falar... Quem fala muito se
torna detestável (Eclo 20, 5. 8).
Quem fala pouco jamais se arrependerá; mas quem é
tagarela se arrependerá muito
(La Bruyère).
Deus quer que busquemos o verdadeiro
silêncio. Ser silencioso não quer dizer ser MUDO
ou TACITURNO. É preciso desconfiar tanto da
tagarelice como do MAU SILÊNCIO, porque o
silêncio não é um absoluto nem um fim em si. Ele pode ser,
conforme nosso estado de consciência interior e das
circunstâncias exteriores, a pior como a melhor das coisas.
Há, por exemplo, um silêncio de despeito que é indigno de
um adulto, um silêncio de orgulho ferido, um silêncio de
indiferença ou de egoísmo, enquanto que nossa palavra
poderia trazer luz, paz ou conforto; um silêncio de fuga, quando
temos um dever de presença amante e ativa. Há também o
silêncio covarde quando devemos ter a coragem de defender a
honra de Deus ou a reputação de um de nossos irmãos,
quando temos talvez também a obrigação de nos acusar quando
suspeitamos injustamente de outrem. Devemos tomar cuidado
com o silêncio de Caim (Gn 4, 6-7).
Obrigado pela preciosa ajuda!
Eu te abençoo e te guardo no Coração Amável de
Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor.
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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