Anápolis, 29 de junho de 2015
À Doutora Jaquele Alves Silva – Benfeitora do Instituto
Goiânia – GO
Caríssima senhora,
feliz da pessoa que decide com sinceridade mudar de vida... somente
assim é possível agradar a Deus.
Se o primeiro elemento da penitência é sentir dor dos pecados, o
segundo é estar firmemente resolvido a não reincidir
(recair). Um é inseparável do outro, pois a sincera
detestação do pecado traz consigo essencialmente a vontade de
não o tornar a cometer. Não há, pois, penitência verdadeira e
admissível perante a justiça divina, senão quando se tem um
firme propósito de não tornar a ofender a Deus, custe o que
custar. Em vão faremos atos de contrição e confissões
sacramentais: tudo isso de nada nos servirá, se não
renunciarmos ao mesmo tempo os nossos maus costumes; se não
estivermos decididos do íntimo da alma a viver melhor, a
substituir a nossa avareza pela caridade, a soberba pela
humildade, a nossa sensualidade pela mortificação; finalmente, a
nossa vida cheia de caprichos e fantasias por uma vida regrada e
utilmente empregada (M. Hamon).
Deus quer a nossa mudança de vida... Ele não aceita uma mudança
pela metade. O nosso Deus é um Deus ciumento e cheio de zelo,
não aceita um coração dividido com as criaturas: ... pois
teu Deus é um fogo devorador. Ele é um Deus ciumento
(Dt 4, 24), e: ... pois o Senhor teu Deus é um Deus
ciumento, que habita em teu meio (Dt 6, 15).
Emendar a vida é uma necessidade para chegar a uma verdadeira
conversão.
Muito se erra no mundo. Porém, nenhum erro é tão fatal como o
que se comete na vida do espírito, no grande negócio da
salvação. Por isso, é este que demanda mais rápida emenda.
De que serve confessar os pecados, se a vida continua a mesma?
De que serve propor uma séria emenda nos erros da vida passada,
se não se remove a ocasião, se não se foge do perigo?
Quem, por descuido, contraiu uma grave enfermidade depois de
recuperar a saúde põe todo o cuidado em evitar a recaída; pois
esta costuma ser mais perigosa que a doença passada. Assim, quem
teve a desgraça de cair no pecado, deve, depois de recuperar a
graça, andar sumamente cauteloso para não recair no mesmo
pecado, a fim de não se expor ao perigo de morrer nele e
perder-se eternamente!
(Pe. Alexandrino Monteiro).
Deus lhe pague pela preciosa ajuda.
Eu te abençoo e te guardo no Coração Amável de Jesus Cristo,
nosso Deus e Salvador.
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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