002 / 2017

Anápolis, 09 de agosto de 2017

Ao senhor Maurício Loschi de Melo

Benfeitor do Instituto, Brasília – DF

Caríssimo senhor, conquiste muitas almas para o céu através do bom exemplo. Deus quer que o católico seja luz no meio desse mundo tão obscuro e perverso: “Vós sois a luz do mundo...” (Mt 5, 14).

Para seguir a Jesus Cristo não basta ter sido batizado, feito a primeira Comunhão... crismado... mas é preciso brilhar com o bom exemplo... é preciso ser luz. O discípulo de Jesus deve ser luz em todos os ambientes: no trabalho, no lazer, na rua, em casa... nas viagens... quando está só ou acompanhado. Quem não brilha com o exemplo serve ao demônio, rei das trevas.

O católico luz deve orientar as pessoas no caminho da santidade... principalmente nesse mundo mergulhado nas trevas. Deus quer que o católico brilhe como astro luminoso: “Fazei tudo sem murmurações nem reclamações, para vos tornardes irreprováveis e puros, filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e pervertida, no seio da qual brilhais como astros no mundo” (Fl 2, 14-15).

Milhões de pessoas caminham desorientadas em busca do prazer, do pecado, dos vícios... revoltadas contra o céu, contra a salvação da alma... contra o bem... e principalmente contra Deus. Gritam com a boca e com as ações: Não queremos que Deus reine sobre nós (Lc 19, 14). O ódio contra Deus aumenta assustadoramente. O pecador está quase “superando” o demônio... até os demônios estão “assustados” com a rebeldia do homem.

Quem for luz com o exemplo irá para o céu; que não for luz irá para o inferno. Diante de Deus não existe “permanecer” sobre o muro.

Eis o caminho da luz: se alguém deseja chegar a determinado lugar, que se esforce por seu modo de agir. Foi-nos dado saber como andar por este caminho: amarás quem te criou. Terás veneração por quem te formou; darás glória a quem te remiu da morte. Serás simples de coração e rico no espírito; não te juntarás aos que andam pelo caminho da morte. Terás aversão por tudo quanto desagrada a Deus; odiarás toda simulação; não desprezes os mandamentos do Senhor. Não te exaltes a ti mesmo, sê humilde em tudo; não procures tua glória. Não trames contra teu próximo; não te entregues à arrogância. Ama teu próximo mais do que a tua vida. Não mates o feto por aborto, nem depois do nascimento. Não retires a mão de teu filho ou de tua filha e, desde a infância, ensina-lhes o temor do Senhor.  Não cobices os bens de teu próximo nem sejas avaro; não te unas de coração aos soberbos, mas sê amigo dos humildes e justos. Tudo quanto te acontecer, recebe-o como um bem, sabendo que nada se faz sem Deus. Não sejas inconstante nem usarás duplicidade no falar; na verdade, é laço de morte a língua dúplice. Partilharás tudo com teu próximo e não dirás ser propriedade tua o que quer que seja; se sois coerdeiros das realidades incorruptíveis, quanto mais daquilo que se corrompe. Não serás precipitado no falar, pois a boca é um laço de morte. Não tenhas a mão estendida para receber e, encolhida, para dar. Ama como a pupila dos olhos todo aquele que te dirigir palavra do Senhor. Relembra, dia e noite, o dia do juízo e procura diariamente a presença dos santos, estimulando pela palavra, exortando e meditando como salvar a alma dos teus pecados. Não hesites em dar nem dês murmurando; bem sabes quem é o bom remunerador da dádiva. Guarda o que recebeste, sem tirar nem pôr. Seja-te perpetuamente odioso o Maligno. Julgarás com justiça. Não fomentes dissídios, mas esforça-te por restituir a paz, reconciliando os contendores. Confessa teus pecados. Não vás à oração, de má consciência. Este é o caminho da luz (Da chamada Carta de Barnabé, século II).

Prezado senhor, não fomos criados pelo Deus Eterno, Luz do mundo, para vivermos nos rodapés... as baratas asquerosas gostam de rodapé. Não fomos criados para vivermos nos cantos escuros... os ratos gostam de cantos escuros. Deus quer que sejamos luz... luzeiros... “refletores” no meio desse mundo rebelde, pervertido e violento.

Leia com atenção essa “historinha”: A preguiça pode levar à morte.

O príncipe Luís, filho de Napoleão III, quando pela manhã o despertavam, ou lhe diziam que terminara a hora do recreio, costumava exclamar: “Só dez minutos mais!” Mais tarde, tendo-se alistado na guerra contra os cafres (africanos), um dia, após longa caminhada sob o sol africano, descansava com outros companheiros sobre a relva de uma paragem mais fresca. O comandante deu ordem de montar de novo, mas o príncipe exclamou: “Eu fico só mais dez minutos!” Nisto apareceu um bando de cafres. Os que já estavam montados escaparam; mas o príncipe caiu morto sobre a relva, transpassado pelos dardos dos selvagens.

Que Deus expulse do nosso coração a preguiça... quem sabe, de lutar pela salvação da alma!  Quem adia a conversão peca mortalmente contra a virtude da esperança.

Reze durante os meses de agosto e setembro a Ladainha de Nossa Senhora das Dores, nossa Doce e “Bela ovelhinha” (Melitão de Sardes).

Obrigado pela colaboração.

Rezamos pelo senhor todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Santíssimo Coração de Jesus Cristo.

Com respeito e gratidão,

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)