Anápolis, 15 de
agosto de 2017
Ao Dr. Iltamar de Souza Pires
Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO
Prezado senhor, faça sempre o bem porque a vida é
curta... passa como um sopro para não mais voltar.
É preciso viver bem o momento presente:
“O tempo vale quanto o céu, que se pode
ganhar ou perder num instante”
(Bem-aventurado José Allamano).
Infeliz da pessoa que joga a vida fora perdendo
tempo com as coisas passageiras e caducas
desse mundo. O tempo perdido não volta mais e Deus pedirá
conta de tudo na hora do julgamento.
Milhões de pessoas se desesperam na hora da morte
pelo desperdício do tempo.
O tempo é a duração de nossa vida... O
tempo é o preço com que se compra a eternidade feliz... O tempo
é a ruína e a salvação de muitos... O tempo é um bem para aquele
que o emprega no exercício da virtude, e um mal para quem o
desperdiça no vício... O tempo é uma bênção que dá ao homem o
céu, ou uma maldição que o leva ao inferno... O tempo vale
muito! É uma preciosa mina, que, sendo bem explorada, oferece
riquezas, que não rói a traça, nem come a ferrugem... Uns choram
pelo tempo, porque não lhes chega para as suas boas obras;
outros não sabem que fazer dele, porque não lhe conhecem o
valor... Por falta do conhecimento do seu valor passam uns o
tempo na ociosidade, outros nos vícios; a uns vai-se todo nos
negócios da vida e a muito poucos em tratar do negócio de sua
salvação... O tempo passa e depois dele vem a eternidade! E o
que no tempo não fizemos, havemos de chorar para sempre!
(Pe. Alexandrino Monteiro).
São Bernardo de Claraval escreve:
“O tempo vale tanto como o céu, como o
Sangue de Jesus Cristo, como o mesmo Deus, porque, bem
empregado, põe-nos na posse d’Ele”.
Quem joga o tempo fora chorará amargamente
na hora da morte: “O tempo é um
tesouro que só neste mundo se acha... Ó tempo desprezado! Tu
serás a coisa que os mundanos desejarão mais na hora da morte,
quando ouvirem dizer que para eles não haverá mais tempo”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Estimado senhor, reze o Salmo 56 nos meses
de agosto e setembro: “Tem piedade
de mim, ó Deus, pois me atormentam, o dia todo me oprime um
combatente. Os que me espreitam o dia todo me atormentam, são
muitos os que do alto me combatem. No dia em que eu temo, eu
confio em ti. Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio:
jamais temerei! O que pode um mortal fazer contra mim? Todo dia
eles torcem minha causa, seus pensamentos todos são o mal contra
mim; eles se reúnem, se escondem, observam meus passos,
espreitando com avidez a minha vida. Rejeita-os, por causa da
iniquidade! Ó Deus, derruba os povos com tua ira! Já contaste os
meus passos de errante, recolhe minhas lágrimas em teu odre! E
meus inimigos recuarão no dia em que eu te invocar! Bem sei que
Deus está comigo. Em Deus, cuja palavra eu louvo, no Senhor,
cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio: jamais temerei! Que
poderia fazer-me o homem? Mantenho os votos que a ti fiz, ó
Deus, cumprirei a ti as ações de graças; pois livraste minha
vida da morte, para que eu ande na presença de Deus, na luz dos
vivos”.
Prezado doutor, leia com atenção essa
“historinha”: O que vale o tempo.
Bresila, filha de Santa Paula, irmã de
Santa Eustóquia, era bondosa, mas levara uma vida um tanto
dissipada. Ficou viúva aos vinte anos de idade, após sete meses
de casada. Consagrou-se então a Deus para viver em continência,
mas logo a morte a surpreendeu, e em seus últimos momentos
sentia não ter imitado a sua irmã Eustóquia. Ela dizia: “Rogai
ao Senhor Jesus que me perdoe por não ter podido executar tudo o
que tinha em projeto”. São Jerônimo, para consolar a Santa
Paula, dizia-lhe numa carta: “Bresila arrependeu-se de não ter
consagrado a Jesus sua virgindade e de se ter consagrado a Ele
tão tarde. Ó minha prezada Bresila, tranquiliza-te: a alvura de
teu vestido nunca foi manchada, e nunca é tarde para
converter-se”. Será que todos se arrependem do tempo perdido?
Será que todos terão tempo para tal arrependimento? Bresila teve
tempo para se arrepender... mas milhões morrem repentinamente.
Caríssimo senhor, entreguemos a nossa vida para o
nosso Criador... o nosso coração deve ser totalmente d’Ele.
Santificar uma vida inteira resume-se em
consagrar a Deus o momento presente. O passado já não
existe, o futuro ainda não chegou, só o presente é real e traz
consigo um dever.
Reduzir a santidade a este único dever da
hora presente é torná-la fácil, é entrar nas vistas de Deus, que
não quis sobrecarregar-nos com um fardo difícil de suportar
(Joseph Schrijvers).
Amemos apaixonadamente
a Jesus Cristo. Ele é a BELEZA INFINITA.
Deus Pai é o Criador, Deus Filho é o
Redentor, Deus Espírito Santo é o Santificador.
E, não obstante, o que UM faz, TODOS o fazem; onde
UM está, estão os TRÊS.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são
igualmente eternos, porque possuem a mesma
natureza divina... Deus Filho e Deus Espírito Santo não
estão subordinados ao Pai de modo algum; nenhuma das Pessoas é
mais poderosa, mais sábia e maior que as demais. As três têm
igual perfeição infinita, igualmente baseada na
única natureza divina que as três possuem.
Sendo o Espírito Santo o amor
infinito, apropriamos-lhe as obras de amor, especialmente a
santificação das almas, que resulta da habitação do Amor de Deus
em nossa alma.
E foi o ESPÍRITO SANTO, DEUS, PERFEIÇÃO
INFINITA, terceira Pessoa da Santíssima Trindade que
ENGENDROU no SEIO de Maria Santíssima o CORPO
e a ALMA de uma criança, a quem DEUS FILHO
se uniu no mesmo instante.
Será que o Espírito Santo, Deus Perfeito
e Eterno, iria ENGENDRAR uma CRIANÇA FEIA
no SEIO da Virgem Maria? Não dá para imaginar um
DEUS, CRIADOR... BELEZA INFINITA, FEIO!
Santo Agostinho escreve:
“É belo enquanto Deus, o Verbo junto de
Deus; belo no seio virginal, onde não perdeu a divindade, mas
assumiu a humanidade; belo o Verbo, ao nascer como criança;
pois, mesmo enquanto criança, ao sugar o leite materno, ao ser
carregado nos braços, os céus se manifestaram, os anjos cantaram
louvores, a estrela guiou os magos, e foi adorado no presépio,
qual alimento dos mansos (cf. Lc 2, 8-14; Mt 2, 1). É, portanto,
belo no céu, belo na terra; belo no seio, belo nos braços dos
pais; belo nos milagres, belo entre os flagelos; belo quando
convida à vida, belo quando não teme a morte; belo ao
entregar-se a alma, belo ao retomá-la; belo no madeiro da cruz,
belo no sepulcro, belo no céu”.
Clemente de Alexandria também escreve:
“Para nós que desejamos a verdadeira
beleza, só o Salvador é belo”.
Obrigado pela ajuda mensal.
Rezamos pelo senhor todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração Santíssimo
Jesus Cristo, nosso Deus e Salvador:
“Coração Eucarístico de Jesus, dai água viva da santidade a quem
vo-la pedir”
(Máximas Eternas).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
|