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				Anápolis, 15 de agosto de 2017 
				  
				
				A Drª. Iolanda Nakamura 
				
				Benfeitora do Instituto, Brasília – DF 
				  
				
				Caríssima senhora, não tenha medo das 
				dificuldades, obstáculos e provações que surgem pelo 
				caminho... é preciso enfrentar tudo com a cabeça erguida e com o 
				coração confiante no Deus Todo Poderoso. Aprendemos muito 
				com as dificuldades: 
				“As dificuldades firmam-nos no bem, dão-nos 
				têmpera moral” (Pe. Francisco Faus). 
				  
				
				É fácil caminhar quando tudo está bem na vida:
				saúde, conta bancária gorda, família 
				perfeita, bom emprego, geladeira cheia... Difícil é caminhar 
				quando surgem “nuvens” escuras sobre a nossa cabeça... quando os 
				“raios” nos atingem na testa... quando o “muro” das provações 
				desaba sobre a nossa vida. É exatamente nesse momento que 
				“medimos” o nosso amor a Deus: 
				“Ninguém se conhece a si 
				mesmo se não for tentado” (Santo Agostinho). 
				
				A melhor “coisa” para fazer uma 
				pessoa se agigantar... crescer... são as 
				provações de cada dia. Elas expulsam da nossa vida o 
				“gatinho” mimado... e 
				“coloca” dentro de nós o “leão” indomável, furioso e intratável:
				“As 
				dificuldades fazem-nos crescer” (Pe. Francisco 
				Faus). Cada dificuldade que surge no caminho dos 
				nossos bons propósitos nos põe à prova. É um teste de 
				sinceridade. Porque a dificuldades, incitando-nos a 
				desistir ou a recuar, obriga-nos a tomar uma posição e 
				determinar se queremos ou não (Idem.). 
				
				Quem não enfrenta as dificuldades 
				permanecerá sempre no “berçário”... será sempre um “bebê” 
				chorão, mijão, birrento e “vítima” de tudo e de todos... será 
				sempre uma “coisinha” desprezível digna de ser cuspida. 
				É triste ver homens e mulheres... quarentões... 
				cinquentões... agirem como crianças mimadas... 
				tremendo diante de qualquer provação, dificuldades e obstáculo:
				“Pois Deus não nos deu um espírito de 
				medo, mas um espírito de força...” (2 Tm 1, 7). 
				
				A pessoa que possui Deus no coração não deve 
				correr das dificuldades, mas deve “abraçá-las” 
				como se abraça uma joia preciosa... porque o 
				caminho do céu é “carpetado” de pequenas e 
				grandes dificuldades. Para entrar no céu devemos sofrer muito 
				aqui nesse mundo: “O céu é a 
				nossa pátria, lá Deus nos preparou o repouso numa eterna 
				felicidade. Passamos pouco tempo neste mundo, mas neste pouco 
				tempo temos muitas dores a sofrer”
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				
				Estimada senhora, reze o Salmo 62 nos meses 
				de agosto e setembro: “Só em 
				Deus repousa minha alma, só dele me vem a salvação. Só ele é meu 
				rochedo, minha salvação; minha fortaleza: jamais vacilarei. Até 
				quando, juntos, atacareis o próximo para derrubá-lo como a uma 
				parede já inclinada, como a um muro que se fendeu? Sim, de meu 
				excelso lugar pretendem derrubar-me; eles se comprazem na 
				mentira. Enquanto me bendizem com os lábios, amaldiçoam-me no 
				coração. Só em Deus repousa a minha alma, é dele que me vem o 
				que eu espero. Só ele é meu rochedo e minha salvação; minha 
				fortaleza: jamais vacilarei. Só em Deus encontrarei glória e 
				salvação. Ele é meu rochedo protetor, meu refúgio está nele. Ó 
				povo, confia nele de uma vez por todas; expandi, em sua 
				presença, os vossos corações. Nosso refúgio está em Deus. Os 
				homens não passam de um sopro, e de uma mentira os filhos dos 
				homens. Eles sobem na concha da balança, pois todos juntos são 
				mais leves que o vento. Não confieis na violência, nem espereis 
				vãmente no roubo; crescendo vossas riquezas, não prendais nelas 
				os vossos corações. Numa só palavra de Deus compreendi duas 
				coisas: a Deus pertence o poder, ao Senhor pertence a bondade. 
				Pois vós dais a cada um segundo suas obras”. 
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Dom 
				Bosco confessa um defunto. 
				
				Havia um jovem, chamado Carlos, que só 
				pensava em viver e divertir-se. Mas eis que cai doente... tão 
				doente que o médico lhe dá apenas algumas horas de vida. Quis 
				confessar-se a Dom Bosco, que lhe era muito afeiçoado, mas Dom 
				Bosco não pôde ir. Confessou-se a outro sacerdote, mas a 
				confissão não foi sincera, pois ocultou faltas graves. 
				
				E o jovem morreu... Comunicaram logo a Dom 
				Bosco que o seu querido Carlito falecera. Nesse momento uma voz 
				misteriosa parecia segredar a Dom Bosco que o infeliz não se 
				confessara bem. Saltou do leito, correu à casa do defunto... Ali 
				estava Carlito imóvel, amarelo, endurecido: ia ser colocado no 
				caixão... Dom Bosco ordenou que todos deixassem o aposento; ali 
				só ficaram o santo e o cadáver... 
				
				Dom Bosco, falando ao ouvido do defunto, 
				disse: 
				
				- Carlito! 
				
				O rapaz abriu os olhos e fitou-os em seu 
				santo diretor. 
				
				- Onde estiveste? – perguntou-lhe o servo 
				de Deus. 
				
				- Padre, numa região misteriosa e 
				desconhecida. Vi muitos demônios e todos me queriam arrastar ao 
				inferno. Diziam que tinham direito sobre mim. 
				
				- Filho, é porque não te confessaste bem. 
				Ocultaste um pecado por vergonha, não é verdade? 
				
				- Sim, padre; mas agora quero declará-lo. 
				
				E o rapaz confessou com grande humildade 
				seus pecados e sacrilégios. 
				
				- Padre, se não fora esta grande 
				misericórdia de Deus, eu estaria perdido para sempre. 
				
				Dom Bosco, erguendo a destra, deu-lhe a 
				absolvição. Recebeu-a o jovem com grande recolhimento e na 
				atitude da mais profunda gratidão. O santo abriu a porta e disse 
				aos que esperavam do lado de fora: 
				
				- Podem entrar. 
				
				Entraram... e lançaram um grito de surpresa 
				e de terror. O morto estava sentado na cama. Parentes e amigos 
				caíram de joelhos, mudos de assombro. 
				
				Dom Bosco inclinou-se e disse ao ouvido do 
				jovem: 
				
				- Carlito, agora que está na graça de Deus, 
				que é que desejas: viver ou morrer? 
				
				- Padre, respondeu o rapaz, morrer. 
				
				Enquanto o santo lhe dava a bênção, Carlito 
				deixava cair a cabeça sobre o travesseiro, juntava as mãos sobre 
				o peito, fechava os olhos e... morria. 
				
				Infeliz da pessoa que mente na Confissão! 
				
				Obrigado Dr.ª Iolanda pela ajuda mensal. 
				Façamos sempre o bem porque a vida é curta... passa como um 
				relâmpago. 
				
				Rezamos pela senhora todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração de Maria 
				Santíssima: “Santíssima Virgem Maria, 
				minha Mãe e minha soberana, eu me lanço no seio da vossa 
				misericórdia, e desde este momento ponho para sempre a minha 
				alma e o meu corpo debaixo da vossa especial proteção”
				(São Luiz Gonzaga). 
				
				Com respeito e 
				gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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