Anápolis, 18 de agosto de 2017
À senhorita Maria
de Fátima dos Santos
Benfeitora do Instituto, Goiânia – GO
Prezada senhorita, busque todos os dias a
verdadeira felicidade... ela não está nos belos vestidos,
joias preciosas, carros luxuosos e belas mansões;
mas sim, está em viver na presença do nosso Salvador Jesus
Cristo, em pertencer-Lhe totalmente, de corpo e alma:
“Quando virdes
um homem luxuosamente vestido, carregado de riquezas, passeando
em magnífico carro, acompanhado de grande séquito, não o chameis
feliz, porque esta felicidade é passageira”
(São João Crisóstomo).
Infeliz da pessoa que despreza a Deus para
mendigar as coisas caducas e passageiras desse mundo; com a
morte não levaremos nada, somente o bem praticado. É grande
loucura voltar as costas para o Deus Eterno, para se apegar ao
que passa:
“Sejam os bens terrenos nossos escravos: nunca nós escravos
deles” (Santo Afonso Maria de Ligório),
e: “A nossa
vida é uma travessia durante a qual as vagas ora nos levantam,
ora nos abatem” (Santo Ambrósio),
e também: “A nossa vida é uma viagem
que nos obriga a andar, ora pela planície, ora por incômodas
subidas”
(São Gregório Magno).
Estimada senhorita, um senhor de idade deixou
condensadas, em oito pontos, as observações da sua
larga experiência sobre o segredo de ter PAZ e
FELICIDADE. Ei-las:
1.ª As
orações da manhã e à noite, nunca atrapalham o trabalho.
2.ª O trabalho no domingo nunca enriqueceu
ninguém.
3.ª A blasfêmia trás desgraças; raras vezes
vi um blasfemador viver tranquilo e morrer em paz.
4.ª Um filho rebelde para com os seus pais,
cedo ou tarde é castigado de um modo exemplar e quase sempre na
vida presente.
5.ª O ódio é um cancro no coração; os bens
roubados nunca prosperam.
6.ª As esmolas e obras de caridade nunca
levaram ninguém à indigência.
7.ª Muito se paga na velhice as loucuras da
mocidade.
8.ª Enfim (ponto capital), quanto mais
alguém for atrevido contra Deus durante a vida, tanto mais treme
na hora da morte.
Caríssima senhorita Maria de Fátima, cada dia que
passa o mundo se afasta de Deus e mergulha num oceano profundo
de violência, ódio e guerra... o
homem está voltando as costas para Deus, Luz Eterna; e assim,
caminha nas trevas... em total escuridão.
Feliz da pessoa que CONHECE a Deus!
Sem Deus a vida não tem sentido... é um mar de amargura. Sem
Deus tudo torna-se estéril, árido e triste:
“Quem não tem o conhecimento de Deus
é um ignorante, ainda que seja um grande sábio”
(Maria Lataste), e:
“É um desventurado o homem que conhece
tudo, mas não conhece a Deus”
(Santo Agostinho), e também:
“Há dois livros em que se aprende a
conhecer a Deus: um livro sem letras, a natureza; outro com
letras, a Sagrada Escritura, que nos comunica a Religião”
(Francisco Spirago), e ainda:
“O ensino religioso é, na minha opinião,
mais necessário hoje que nunca. Devem ser levados aos tribunais
os pais que mandam seus filhos às escolas em cuja porta está
escrito: Aqui não se ensina religião”
(Victor Hugo).
Prezada, reze com fé e devoção o Salmo 144
nos meses de agosto e setembro:
“Bendito seja Deus, o meu
rochedo, que treina minhas mãos para a batalha e meus dedos para
a guerra; meu amor e minha fortaleza, minha torre forte e meu
libertador, o escudo em que me abrigo e que a mim submete os
povos. Deus, que é o homem para que o conheças, o filho do
mortal, que o consideres? O homem é como um sopro, seus dias
como a sombra que passa. Deus, inclina teu céu e desce, toca os
montes, e eles fumegarão, fulmina o raio e dispersa-os, lança
tuas flechas e afugenta-os! Do alto estende a tua mão, salva-me,
livra-me das águas torrenciais, da mão dos estrangeiros: sua
boca fala mentiras, e sua direita é direita de perjúrio. Ó Deus,
eu canto a ti um cântico novo, vou tocar para ti a harpa de dez
cordas: és tu que dás a vitória aos reis e salvas a Davi, teu
servo. Da espada cruel salva-me! Livra-me da mão dos
estrangeiros: sua boca fala mentiras e sua direita é direita de
perjúrio. Sejam nossos filhos como plantas, crescidos desde a
adolescência; nossas filhas sejam colunas talhadas, imagem de um
palácio; nossos celeiros cheios, transbordantes de frutos de
toda espécie; nossos rebanhos se multipliquem aos milhares e
miríades, em nossos campos; nossos bois estejam carregados; não
haja brecha ou fuga, nem grito de alarme em nossas praças. Feliz
o povo em que assim acontece, feliz o povo cujo Deus é o
Senhor!”
Leia com atenção essa “historinha”:
Escada de ouro para o céu.
Santa Perpétua estava na prisão, em Cartago
(África). Após vários dias de atrozes sofrimentos, disse-lhe um
irmão seu que rezasse para que Nosso Senhor lhe revelasse se
teria de sofrer o martírio ou se seria libertada. A santa
recolheu-se em oração e teve uma visão que ela mesma conta.
- Vi, diz ela, uma escada de ouro, de
altura prodigiosa, que ia da terra ao céu, mas tão estreita que
só uma pessoa de cada vez podia subir; os dois lados da escada
eram flanqueados por espadas cortantes, lanças, foices, punhais,
facões, de sorte que, se alguém subisse distraidamente e sem ter
os olhos fitos para o alto, não escaparia de ser dilacerado por
aquelas armas e deixaria ali pedaços de carne. Aos pés da escada
achava-se um dragão, que estava pronto a lançar-se contra todo
aquele que se aproximava para subir.
A terrível visão verificou-se no cruel
martírio que a mesma Santa teve de suportar; mas, algo
semelhante sucede a todo cristão, pois que ninguém chega ao céu
senão através de provas e tentações duríssimas.
Devemos conquistar o céu! O caminho do céu é
difícil, mas a sua alegria é eterna!
Obrigado senhorita Maria de Fátima dos Santos
pela ajuda mensal. Façamos sempre o bem porque a vida é
curta... para se salvar é preciso entesourar preciosos tesouros
no céu.
Rezamos pela senhorita todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração Puríssimo da
Virgem Maria, Bela Senhora:
“... estatura mediana,
pele morena como o dos trigos maduros, e cabelos que lembravam a
cor do ouro. Tinha os olhos vivos em que só desenhavam pupilas
de um matiz tirante ao da azeitona... sobrancelhas arqueadas...
lábios de doçura maravilhosa, e tinha-lhe a conversação grande
suavidade. As mãos eram grandes, com dedos afilados. O vestido
não tinha outra cor que a que lhe era natural, enfim, uma
atitude humilde e tão apagada que se lhe via apenas a
simplicidade cheia toda de graça e verdadeiramente divina”
(Nicéforo).
Com respeito e
gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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