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				Anápolis, 30 de agosto de 2017 
				  
				
				Ao senhor Willian Alaércio Caldeira da Paixão 
				
				Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO 
				  
				
				Prezado senhor, enfrente as dificuldades, 
				provações e barreiras que surgem pelo caminho sem tremer, sem 
				vacilar, sem desistir da caminhada… só chega ao lugar 
				desejado quem caminha com firmeza, convicção, ousadia e 
				coragem. Olhe sempre para frente, para Deus… e Ele te 
				ajudará a vencer todos os obstáculos: 
				“Cada dificuldade que surge no caminho 
				dos nossos bons propósitos nos põe à prova. É um teste de 
				sinceridade. Porque a dificuldade, incitando-nos a desistir ou a 
				recuar, obriga-nos a tomar uma posição, a determinar se queremos 
				ou não”
				(Pe. Francisco Faus). 
				  
				
				Quem vive na presença de Deus e confia na sua 
				proteção vence as dificuldades, porque Deus o protege. Não 
				podemos vencer as barreiras sem a ajuda de Deus… é pura 
				ilusão batalhar longe do Senhor… quem luta longe do Senhor será 
				derrotado. 
				
				O cristão que ama a Deus com todo o coração 
				é capaz de enfrentar por Ele qualquer dificuldade, de abraçar e 
				suportar qualquer sacrifício. Justamente por ser o Evangelho o 
				código do amor, é também o código da fortaleza. 
				
				Jesus, “o mais forte”, veio para derrubar 
				o reino de Satanás no mundo, e pôs particular cuidado em formar 
				seus discípulos na fortaleza, premunindo-os contra toda espécie 
				de perigos. 
				
				A fé expulsa o medo. Que 
				pode temer quem crê firmemente em Deus e está certo de seu 
				onipotente auxílio? 
				
				Jesus não esconde aos discípulos que 
				encontrarão inimigos e serão perseguidos como o foi Ele, e os 
				exorta a se comportarem impávidos. 
				
				Deve o cristão confessar sua fé também quando 
				isto pudesse custar-lhe a vida. Por mais valor que tenha a vida 
				terrena, infinitamente mais vale a eterna, que ninguém pode 
				tirar. Quem dá testemunho de Cristo, diante dos homens, pode 
				estar seguro de que Cristo dará testemunho dele diante do Pai.
				A vida eterna será sua recompensa. Não hão de se intimidar os 
				discípulos de Cristo perante seus inimigos ou juízes. 
				
				A causa do confessor da fé é a causa de Deus; 
				Deus mesmo virá em seu socorro e lhe inspirará como se 
				comportar. Contar com o Senhor com absoluta certeza, eis o 
				segredo da intrepidez dos mártires. 
				
				O martírio é a expressão da fortaleza cristã 
				animada pela caridade e, se não é pedido a todos, deve, porém, 
				entrar na perspectiva de cada fiel. O cristão é um mártir em 
				potência, consagrado por meio do batismo e da crisma que, 
				infundindo nele a virtude da fortaleza, tornaram-no capaz, em 
				caso de necessidade, de sacrificar até a vida pela fé. 
				
				O cristão que se poupa, que calcula para 
				dar a Deus o mínimo indispensável, de modo a não lhe ser 
				traidor, que vive procurando antes fugir da cruz que carregá-la, 
				antes defender-se que renunciar-se, antes salvar a própria vida 
				que sacrificá-la, não é discípulo de Cristo. Se não nos é dado 
				testemunhar nosso amor e nossa fé com o martírio do sangue, 
				devemos, todavia, testemunhá-los abraçando com generoso coração 
				todos os deveres que o seguimento de Cristo impõe, sem recuar 
				perante o sacrifício (Pe. 
				Gabriel de Santa Maria Madalena). 
				
				Qualquer um pode ser bom quando é fácil. 
				Mas Deus espera mais que isso de nós. Deus espera que 
				sejamos bons mesmo quando custa, como acontece com tanta 
				frequência. Esta é a razão por que necessitamos da 
				virtude sobrenatural da fortaleza. 
				
				A fortaleza é a virtude que nos habilita a 
				fazer o que é bom, custe o que custar. Uma pessoa que seja 
				naturalmente tímida e temerosa terá mais dificuldades para se 
				comportar com fortaleza do que outra que já seja enérgica por 
				natureza (Pe. Leo J. Trese). 
				
				Não podemos deixar de caminhar em busca do nosso 
				ideal por causa das “pedras” e “espinhos” 
				que surgem no nosso caminho. Fomos 
				criados para a luta… luta contínua… luta aguerrida… para vencer 
				todos os obstáculos… para caminhar sem olhar para os lados… para 
				“cair” e se levantar imediatamente… O Criador quer que sejamos 
				fortes… fortíssimos… ousados e atrevidos na conquista do bem. 
				Quem gosta de cantos escuros são os morcegos… quem gosta de 
				rodapé são as baratas… nascemos para as coisas do alto: 
				“Se, pois, 
				ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto… Pensai 
				nas coisas do alto, e não nas da terra” (Cl 3, 
				1-2). 
				
				Estimado senhor Willian, reze com fé e 
				fervor o Salmo 18 durante o mês de setembro: 
				“Eu 
				te amo, Deus, minha força, (meu salvador, tu me salvaste da 
				violência). O Senhor é minha rocha e minha fortaleza, quem 
				me liberta é o meu Deus. Nele me abrigo, meu rochedo, meu escudo 
				e minha força salvadora, minha torre forte e meu refúgio. Seja 
				louvado! Eu invoquei a Deus e fui salvo dos meus inimigos. As 
				ondas da Morte me envolviam, as torrentes de Belial me 
				aterravam, cercavam-me os laços do Xeol, as ciladas da Morte me 
				atingiam. Na minha angústia invoquei a Deus, ao meu Deus lancei 
				o meu grito; do seu templo ele ouviu minha voz, meu grito chegou 
				aos seus ouvidos. E a terra balançou e tremeu, as bases dos 
				montes se abalaram, (por causa do seu furor estremeceram); 
				de suas narinas subiu uma fumaça e da sua boca um fogo devorador
				(dela saíam brasas ardentes). Ele inclinou o céu e 
				desceu, tendo aos pés uma nuvem escura; cavalgou um querubim e 
				voou, planando sobre as asas do vento. Das trevas ele fez seu 
				véu, sua tenda, de águas escuras e nuvens espessas; à sua frente 
				um clarão inflamava granizo e brasas de fogo. Deus trovejou no 
				céu, o Altíssimo fez ouvir sua voz; atirou suas flechas e os 
				dispersou, expulsou-os, lançando seus raios. Então apareceu o 
				leito do mar, as bases do mundo se descobriram, por causa da tua 
				ameaça,  Senhor, pelo vento soprando das tuas narinas. Do alto 
				ele manda tomar-me, tirando-me das águas torrenciais; livra-me 
				de um inimigo poderoso, de adversários mais fortes que eu. 
				Afrontaram-me no dia da minha derrota, mas Deus foi um apoio 
				para mim. Fez-me sair para um lugar espaçoso, libertou-me, 
				porque ele me ama. O Senhor me trata segundo minha justiça, e me 
				retribui conforme a pureza de minhas mãos, pois eu observei os 
				caminhos do Senhor e não fui infiel ao meu Deus. Seus 
				julgamentos estão todos à minha frente, jamais apartei de mim 
				seus decretos; sou íntegro para com ele e guardo-me da 
				iniquidade. Deus me retribui segundo minha justiça, minha 
				pureza, que ele vê com seus olhos. Com o fiel tu és fiel, com o 
				íntegro és íntegro, puro com quem é puro, mas com o perverso te 
				mostras astuto; pois tu salvas o povo pobre e rebaixas os olhos 
				altivos. Deus, tu és minha lâmpada; meu Deus, ilumina minha 
				treva; sim, contigo eu forço a amurada, com meu Deus eu salto a 
				muralha. Deus é perfeito em seu caminho, a palavra de Deus é 
				provada. Ele é um escudo para todos aqueles que nele se abrigam. 
				Pois, fora Deus, quem é Deus? E quem é rochedo, a não ser nosso 
				Deus? Ele é o Deus que me cinge de força e torna perfeito o meu 
				caminho; iguala meus pés aos das corças e me sustenta em pé nas 
				alturas; instrui minhas mãos para a guerra, e meu braço a tender 
				o arco de bronze. Tu me dás teu escudo salvador (tua direita 
				me sustém) e me atendes sem cessar, alargas os meus passos e 
				meus tornozelos não se torcem. Persigo meus inimigos e os 
				alcanço, não volto atrás sem tê-los consumido; eu os massacro, e 
				não podem levantar-se, eles caem debaixo dos meus pés. Tu me 
				cinges de força para a guerra e curvas sob mim os meus 
				agressores: entregas-me a nuca dos meus inimigos, e eu extermino 
				os que me odeiam. Eles gritam, e não há quem os salve, gritam a 
				Deus, mas ele não responde; eu os reduzo como a poeira no vento, 
				eu os piso como ao barro das ruas. Tu me livras das querelas do 
				meu povo e me colocas como chefe das nações; um povo que eu não 
				conheci põe-se a meu serviço, os filhos de estrangeiros 
				submetem-se a mim, dão-me ouvidos e me obedecem; os filhos de 
				estrangeiros se enfraquecem e saem tremendo de suas fortalezas. 
				Viva Deus, bendito seja o meu rochedo, seja exaltado o meu Deus 
				salvador, o Deus que me concede as vinganças e submete os povos 
				a mim! Livrando-me de inimigos furiosos, tu me exaltas sobre os 
				meus agressores e me libertas do homem violento. Por isso eu te 
				louvo entre as nações, Deus, e toco em honra do teu nome: ‘Ele 
				dá grandes vitórias ao seu rei e age pelo seu ungido com amor, 
				por Davi e sua descendência para sempre’”. 
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Por que 
				os sofrimentos? 
				
				Certa vez um lavrador, que fizera más 
				colheitas, queixava-se, dizendo: Se Deus deixasse a mim o 
				governo do tempo, tudo iria melhor; porque, está se vendo, Ele 
				não entende muito do cultivo da terra. 
				
				Deus quis mostrar-lhe quanto estava 
				enganado, e disse: 
				
				– Por este ano eu te concedo o governo do 
				tempo; terás tudo que pedires. 
				
				O ingênuo lavrador quase enlouqueceu de 
				alegria, e disse: 
				
				Agora, quero Sol! E veio do sol. 
				
				Mais tarde disse: 
				
				Venha a chuva! E choveu quando ele quis. 
				
				E ia pedindo: de novo sol; de novo chuva. E 
				assim durante o ano inteiro. A roça crescia, crescia… que dava 
				gosto vê-la. 
				
				Agora, sim, pode ver Deus como se governa, 
				– dizia o lavrador com uma pontinha de orgulho. 
				
				Chegou o tempo da colheita. As espigas eram 
				grandes, gordas, uma beleza! Mas, colhe uma, colhe outra, colhe 
				um montão e – que desgraça! Todas as espigas estavam chochas, 
				sem nenhum grão, tudo palha. 
				
				Dali a pouco vem Nosso Senhor ver a 
				colheita e pergunta ao lavrador: 
				
				– Então, como foi a colheita? 
				
				– Muito má, Senhor! Muita palha e pouco 
				grão! 
				
				– Mas não governaste tu o tempo? Não se fez 
				tudo como desejavas? 
				
				– Sim, tudo… sempre pedi chuva… pedi sol… 
				
				– Pois é, e nunca pediste vento e 
				tempestade, neve e gelo, e tudo que purifica o ar e torna 
				resistentes as raízes… e por isso não há colheita! 
				
				Também na vida espiritual sem mau tempo não 
				se faz boa colheita. Pedis alegria, riquezas, saúde, bem-estar… 
				As raízes das virtudes não penetram em terra firme e não podem 
				produzir frutos. Sem dor, mortificação, tribulações… não 
				ajuntareis méritos para o céu. É preciso aceitar o que Deus 
				enviar. É preciso suportar as dificuldades de cada dia sem 
				reclamar: “As 
				dificuldades firmam-nos no bem, dão-nos têmpera moral” 
				(Pe. Francisco Faus). Quem sofre 
				está preparado para enfrentar qualquer obstáculo. 
				Quem não sofre prostra-se por terra diante de qualquer 
				dificuldade. O mundo está cheio de “patricinhas” e 
				“mauricinhos”. 
				
				Caríssimo senhor, seja devoto de Nossa 
				Senhora. 
				
				Ao longo da vida terrena de Jesus, sua Mãe 
				Maria cumpriu a vontade divina e atendeu-o com solicitude 
				amorosa. Teve para com Ele todos os cuidados normais de que 
				precisou, iguais aos de qualquer outra criança, e também as 
				atenções extraordinárias que foram necessárias para proteger a 
				sua vida. O Menino cresceu, entre Maria e José, num ambiente 
				cheio de amor sacrificado e alegre, de proteção firme e de 
				trabalho. 
				
				A Santíssima Virgem, embora descendente da 
				família real de Davi, passou uma vida pobre, humilde e 
				escondida, mas preciosa diante de Deus; nunca pecou, nem mesmo 
				venialmente, e crescia continuamente em graça. 
				
				Prezado senhor Willian, obrigado pela ajuda 
				mensal. 
				
				Willian significa: “protetor corajoso”, 
				“protetor determinado”, “o que deseja proteger”. 
				
				Rezamos pelo senhor todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração Puríssimo da 
				Virgem Maria: “Vós sereis, ó Coração 
				amabilíssimo, vós sereis de hoje em diante, depois do Coração do 
				Vosso amado e divino Filho, o objeto da minha veneração, do meu 
				amor e da minha mais terna devoção”
				(Máximas Eternas). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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