Anápolis, 05 de setembro de 2017
Ao Dr. Francisco José Vieira de Souza
Benfeitor do Instituto, Brasília – DF
Caríssimo senhor, persevere no caminho do bem
porque a vida é breve e a morte não avisa o dia nem a hora da
sua “visita”. Não podemos desanimar diante das provações,
mas devemos perseverar com os olhos fixos no Deus que tudo pode:
“Aquele, porém,
que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt
10,22). Jesus Cristo não promete a salvação
para aquele que persevera durante uma semana, mês ou ano… mas ao
que persevera no caminho da santidade até o fim. Somente o que
chega é que merece o céu.
Sem perseverança, impossível é chegar à
santidade ou à salvação: não basta
sermos virtuosos, generosos… alguns dias ou alguns anos;
necessário é sê-lo sempre, até o fim… Retirar-se do bem
começado, do caminho da fé e do seguimento de Cristo, quer dizer
pôr em perigo a própria salvação… Quem retrocede
condena-se voluntariamente e jamais atingirá a meta: é um
fraco, um vil, um desertor; enquanto deve o cristão ser forte,
intrépido e perseverante… Não há dúvida: quem quiser
ganhar sua alma para a vida eterna deve perseverar no bem, sem
se assustar com a aspereza das provações. Dada sua
fragilidade e fraqueza, não pode a perseverança do homem ser
perfeita, sem quedas; por isso, cada vez que cai, deve
reerguer-se imediatamente, reparar a queda, recomeçando de novo:
nisto consiste propriamente a perseverança, isto é, no constante
converter-se, melhorar-se até que Deus intervenha com
particulares dons para estabilizá-lo no bem (Pe.
Gabriel de Santa Maria Madalena).
Prezado senhor, peça a Deus todos os dias a
perseverança rezando: “Concedei-me, ó
Deus eterno, ser constante, perseverante na virtude, a fim de
que não volte para trás a olhar o arado, mas com perseverança
siga o caminho da verdade”
(Santa Catarina de Sena).
Reze com fé durante os meses de setembro e
outubro o Salmo 34: “Vou bendizer a
Deus em todo tempo, seu louvor estará sempre nos meus lábios; eu
me glorio de Deus: que os pobres ouçam e fiquem alegres.
Engrandecei a Deus comigo, juntos exaltemos o seu nome. Procurei
a Deus e ele me atendeu, e dos meus temores todos me livrou.
Contemplai-o e estareis radiantes, vosso rosto não ficará
envergonhado. Este pobre gritou e Deus ouviu, salvando-o de suas
angústias todas. O anjo de Deus acampa ao redor dos que o temem,
e os liberta. Provai e vede como Deus é bom, feliz o homem que
nele se abriga. Temei a Deus, vós, santos seus, pois nada
faltará a quem o teme. Os leõezinhos passam necessidade e fome,
mas nenhum bem falta aos que procuram a Deus. Filhos, vinde
escutar-me, vou ensinar-vos o temor de Deus. Qual o homem que
deseja a vida e quer longevidade para ver o bem? Preserva tua
língua do mal e teus lábios de falarem falsamente. Evita o mal e
pratica o bem, procura a paz e segue-a. Deus tem os olhos sobre
os justos e os ouvidos atentos ao seu clamor. A face de Deus
está contra os malfeitores, para da terra apagar a sua memória.
Eles gritam, Deus escuta e os liberta de suas angústias todas.
Deus está perto dos corações contritos, ele salva os espíritos
abatidos. Os males do justo são muitos, mas de todos eles Deus o
liberta; Deus guarda seus ossos todos, nenhum deles será
quebrado. O mal causa a morte do ímpio, os que odeiam o justo
serão castigados. Deus resgata a vida dos seus servos, os que
nele se abrigam jamais serão castigados”.
Estimado senhor, leia com atenção essa
“historinha”: A perseverança de São Valério.
Uma noite de inverno em que nevava e
soprava um vento geladíssimo, São Valério, após vários dias de
caminhada, chegou a Amiens.
Estava todo molhado, cansado, com frio e
com fome. Por sorte, achou aberta uma estalagem, e ali pediu
hospitalidade por aquela noite. Mas, quando se pôs perto do fogo
para se enxugar e reanimar-se, percebeu que as pessoas que ali
se achavam mantinham conversas obscenas. E disse: “Se Deus
pedirá conta mesmo de uma só palavra inútil, que não fará por
estas que vós dizeis?”
Mas eles não cederam, antes diabolicamente
redobraram as obscenidades, e começaram a maltratar o santo.
Este, quando os viu irredutíveis, disse: “Melhor o frio do que o
fétido das vossas palavras”. E saiu.
Era noite escura e nevava: todas as casas
estavam fechadas, nem uma luz transluzia mais através das
janelas. E o santo achou-se na estrada, molhado e faminto, sob o
açoite de um vento gélido, com tanto caminho ainda por fazer.
Se cada católico fosse perseverante em seus
propósitos, com certeza o mundo seria melhor. Se cada católico
seguisse o exemplo de perseverança e força de São Valério,
teríamos mais santos na nossa Santa Igreja.
Caríssimo senhor, ame a Jesus Cristo de todo o
coração… longe de Jesus a vida é vazia e
cheia de amargura.
Chamamos vida pública de Jesus Cristo os três
últimos anos da sua existência na terra, consagrados à pregação
do Evangelho.
A vida pública do Senhor durou três anos. Não
descansou nesse tempo. Percorreu as cidades ensinando a
revelação de Deus aos homens, que Ele chama de Evangelho e que
significa “boa nova”.
Inaugurou a vida pública com jejum e oração,
no deserto. Permaneceu quarenta dias e quarenta noites no
deserto. Este deserto era um lugar muito árido, seco, possuía
muitas pedras e era cheio de profundas regueiras; uma área do
chamado deserto da Judéia. Das margens do Rio Jordão, caminhou
Jesus Cristo uns oito quilômetros até esta área do deserto.
Nosso Senhor Jesus Cristo foi tentado na
região mais alta do deserto, com muita probabilidade no que hoje
se chama o monte da Quarentena, de 323 metros de altura, a uns
quatro quilômetros da moderna Jericó. Os animais que viviam
nesse deserto desabitado eram, sobretudo: chacais, raposas,
águias e outras aves de rapina.
Prezado senhor Francisco, obrigado pela ajuda
mensal.
Francisco significa:
“francês livre” ou
“aquele que vem da França”.
Rezamos pelo senhor todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração Bondoso de
Jesus Cristo: “Coração Eucarístico de
Jesus, escrevei em vosso Coração o nome daqueles que propagam a
vossa devoção: Vós o haveis prometido”
(Máximas Eternas).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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