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				Anápolis, 08 de setembro de 2017 
				  
				
				Ao senhor Carlos de Jesus Gravia 
				
				Benfeitor do Instituto, Brasília – DF 
				  
				
				Prezado senhor, busque a verdadeira alegria… 
				aquela que nasce da união com Deus, da oração, do sacrifício, 
				da renúncia, da Comunhão frequente  e da Confissão bem feita. 
				A alegria oferecida pelo mundo é falsa e 
				pequena para satisfazer o nosso coração. Fomos criados 
				para a felicidade duradora: “Fomos 
				feitos para a felicidade, para sermos felizes: o nosso coração 
				tem uma capacidade de infinito, e só Deus o pode saciar 
				perfeitamente”
				(Bem-aventurado Columba Marmion). 
				  
				
				Alegria e 
				pecado não podem habitar no mesmo coração. 
				
				A alegria que a fé nos proporciona é necessária 
				neste mundo. Foi o próprio Deus quem formou o nosso coração, e 
				fê-lo tal que tem necessidade de alegria. 
				
				O próprio Jesus Cristo promete-nos, já neste 
				mundo, o cêntuplo. Ora, a alegria faz parte deste cêntuplo; e 
				esta alegria, é, sobretudo, a fé que a alimenta. 
				
				Quando somos generosos logo de princípio e nos 
				mantemos sempre atentos às luzes da fé, aumenta em nós o amor, 
				porque Deus vai-se dando cada vez mais; e, com a presença de 
				Deus, vai crescendo a alegria de estar ao seu serviço. 
				
				Quando buscamos deveras a Deus, sem repartirmos o 
				nosso amor pelas criaturas, sem nos buscarmos a nós mesmos pelo 
				amor próprio, o coração sente-se pouco a pouco dilatado, 
				Deus sacia-o, inunda-o de alegria. 
				
				Fora de Deus só há alegria efêmera e paz 
				ilusória (Bem-aventurado 
				Columba Marmion). 
				
				Deus é alegria infinita… e quer que os seus 
				seguidores sejam alegres… verdadeiramente alegres. Não daquela 
				falsa alegria que “nasce” da bebida alcoólica, do sexo 
				fora do casamento, das noitadas, do barulho, das conversas 
				imorais… mas da alegria que vem do alto… que vem d’Ele. 
				
				Estimado senhor Carlos, há a alegria que faz 
				cantar, e há a alegria de ver os outros cantando! Embora as 
				horas de tristeza nos pareçam longas, as horas de alegria são 
				sempre mais frequentes! A alegria não é apenas um bem. Ela é, 
				sobretudo, um bem contagiante. Se vires o bem, alegra-te! Se 
				fores bom, alegrarás. Para todos nós nesta terra o céu começa 
				com a alegria de servir! Quero que todos os dias peças ao 
				Senhor a alegria de servir com graça, e a graça de servir com 
				alegria (Pe. Orlando Gambi). 
				
				Feliz da pessoa que lacra o coração para a 
				tristeza! Seguir a Jesus Cristo, Alegria Infinita, com o 
				semblante triste… é uma contradição monstruosa. 
				
				Reze o Salmo 07 durante os meses de 
				setembro e outubro: “Senhor, 
				meu Deus, eu me abrigo em ti! Salva-me de meus perseguidores 
				todos! Liberta-me! Que não me apanhem, como um leão, e me 
				dilacerem, e ninguém me liberte! Senhor, meu Deus, se eu fiz 
				algo… se em minhas mãos há injustiça, se paguei com o mal ao meu 
				benfeitor, se poupei sem razão o meu opressor, que o inimigo me 
				persiga e alcance! Que me pisoteie vivo por terra e atire meu 
				ventre contra a poeira! Levanta-te com tua ira, Deus! Ergue-te 
				contra o excesso dos meus opressores! Desperta-te, Deus meu! 
				Decreta um julgamento! Que a assembleia dos povos te cerque; 
				assenta-te sobre ela, no mais alto. (Deus é o juiz dos povos). 
				Julga-me, Senhor, conforme a minha justiça, e segundo a minha 
				integridade. Põe fim à maldade dos ímpios e confirma o justo, 
				pois tu sondas os corações e os rins, Deus justo! O escudo que 
				me cobre é Deus, o salvador dos corações retos. Deus é um justo 
				juiz, lento para a cólera, mas é Deus que ameaça a cada dia, 
				caso não se convertam. O inimigo afia sua espada, retesa o arco 
				e aponta; mas é para si que faz armas de morte, e fabrica suas 
				flechas flamejantes. Ei-lo gerando a iniquidade: concebe a 
				maldade e dá à luz a mentira. Ele cava e aprofunda um buraco, 
				mas cai na cova que fez. Sua maldade se volta contra ele, sobre 
				o crânio lhe cai a própria violência. Eu agradeço a Deus pela 
				sua justiça, e toco ao nome do Altíssimo”. 
				
				Leia com atenção essa “historinha”: A 
				sociedade da alegria. 
				
				São João Bosco, durante os anos de ginásio, 
				ganhou as simpatias de todos os seus colegas, ajudando-os em 
				tudo que podia e resolvendo-lhes as dificuldades. Acudiam a ele 
				para os estudos, para as tarefas, para ouvirem historinhas e 
				para se divertirem. Essas reuniões eram frequentes, e 
				batizaram-nas com o expressivo nome de “Sociedade da Alegria”. 
				Cada um se comprometeu a procurar livros, conversações e 
				divertimentos que, contribuindo para a alegria, não fossem 
				contrários à lei de Deus. João, colocado à frente da Sociedade, 
				estabeleceu como bases: – Evitar o pecado, isto é, toda conversa 
				ou ação indigna do cristão. – Cumprir com exatidão os deveres de 
				piedade e de estudo. – Nos dias de preceito ouvir a Santa Missa 
				e, à tarde, assistir ao catecismo. – Durante a semana reunir-se 
				alguma vez para falar de assuntos religiosos. 
				
				A Sociedade da Alegria deu frutos 
				excelentes. Que belos frutos não produziria, também entre nós, 
				uma semelhante sociedade? Quantos proveitos para a alma e para a 
				inteligência! 
				
				Prezado senhor Carlos, obrigado pela ajuda 
				mensal. 
				
				Carlos significa:
				“Homem forte”. 
				
				Rezamos pelo senhor todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração da Virgem 
				Maria: “Admira a firmeza de Santa 
				Maria: ao pé da Cruz, com a maior dor humana – não há dor como a 
				sua dor –, cheia de fortaleza” (São 
				Josemaría Escrivá). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
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