Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

021 / 2017

 

Anápolis, 08 de setembro de 2017

 

Ao senhor Carlos de Jesus Gravia

Benfeitor do Instituto, Brasília – DF

 

Prezado senhor, busque a verdadeira alegria… aquela que nasce da união com Deus, da oração, do sacrifício, da renúncia, da Comunhão frequente  e da Confissão bem feita. A alegria oferecida pelo mundo é falsa e pequena para satisfazer o nosso coração. Fomos criados para a felicidade duradora: “Fomos feitos para a felicidade, para sermos felizes: o nosso coração tem uma capacidade de infinito, e só Deus o pode saciar perfeitamente” (Bem-aventurado Columba Marmion).

 

Alegria e pecado não podem habitar no mesmo coração.

A alegria que a fé nos proporciona é necessária neste mundo. Foi o próprio Deus quem formou o nosso coração, e fê-lo tal que tem necessidade de alegria.

O próprio Jesus Cristo promete-nos, já neste mundo, o cêntuplo. Ora, a alegria faz parte deste cêntuplo; e esta alegria, é, sobretudo, a fé que a alimenta.

Quando somos generosos logo de princípio e nos mantemos sempre atentos às luzes da fé, aumenta em nós o amor, porque Deus vai-se dando cada vez mais; e, com a presença de Deus, vai crescendo a alegria de estar ao seu serviço.

Quando buscamos deveras a Deus, sem repartirmos o nosso amor pelas criaturas, sem nos buscarmos a nós mesmos pelo amor próprio, o coração sente-se pouco a pouco dilatado, Deus sacia-o, inunda-o de alegria.

Fora de Deus só há alegria efêmera e paz ilusória (Bem-aventurado Columba Marmion).

Deus é alegria infinita… e quer que os seus seguidores sejam alegres… verdadeiramente alegres. Não daquela falsa alegria que “nasce” da bebida alcoólica, do sexo fora do casamento, das noitadas, do barulho, das conversas imorais… mas da alegria que vem do alto… que vem d’Ele.

Estimado senhor Carlos, há a alegria que faz cantar, e há a alegria de ver os outros cantando! Embora as horas de tristeza nos pareçam longas, as horas de alegria são sempre mais frequentes! A alegria não é apenas um bem. Ela é, sobretudo, um bem contagiante. Se vires o bem, alegra-te! Se fores bom, alegrarás. Para todos nós nesta terra o céu começa com a alegria de servir! Quero que todos os dias peças ao Senhor a alegria de servir com graça, e a graça de servir com alegria (Pe. Orlando Gambi).

Feliz da pessoa que lacra o coração para a tristeza! Seguir a Jesus Cristo, Alegria Infinita, com o semblante triste… é uma contradição monstruosa.

Reze o Salmo 07 durante os meses de setembro e outubro: “Senhor, meu Deus, eu me abrigo em ti! Salva-me de meus perseguidores todos! Liberta-me! Que não me apanhem, como um leão, e me dilacerem, e ninguém me liberte! Senhor, meu Deus, se eu fiz algo… se em minhas mãos há injustiça, se paguei com o mal ao meu benfeitor, se poupei sem razão o meu opressor, que o inimigo me persiga e alcance! Que me pisoteie vivo por terra e atire meu ventre contra a poeira! Levanta-te com tua ira, Deus! Ergue-te contra o excesso dos meus opressores! Desperta-te, Deus meu! Decreta um julgamento! Que a assembleia dos povos te cerque; assenta-te sobre ela, no mais alto. (Deus é o juiz dos povos). Julga-me, Senhor, conforme a minha justiça, e segundo a minha integridade. Põe fim à maldade dos ímpios e confirma o justo, pois tu sondas os corações e os rins, Deus justo! O escudo que me cobre é Deus, o salvador dos corações retos. Deus é um justo juiz, lento para a cólera, mas é Deus que ameaça a cada dia, caso não se convertam. O inimigo afia sua espada, retesa o arco e aponta; mas é para si que faz armas de morte, e fabrica suas flechas flamejantes. Ei-lo gerando a iniquidade: concebe a maldade e dá à luz a mentira. Ele cava e aprofunda um buraco, mas cai na cova que fez. Sua maldade se volta contra ele, sobre o crânio lhe cai a própria violência. Eu agradeço a Deus pela sua justiça, e toco ao nome do Altíssimo”.

Leia com atenção essa “historinha”: A sociedade da alegria.

São João Bosco, durante os anos de ginásio, ganhou as simpatias de todos os seus colegas, ajudando-os em tudo que podia e resolvendo-lhes as dificuldades. Acudiam a ele para os estudos, para as tarefas, para ouvirem historinhas e para se divertirem. Essas reuniões eram frequentes, e batizaram-nas com o expressivo nome de “Sociedade da Alegria”. Cada um se comprometeu a procurar livros, conversações e divertimentos que, contribuindo para a alegria, não fossem contrários à lei de Deus. João, colocado à frente da Sociedade, estabeleceu como bases: – Evitar o pecado, isto é, toda conversa ou ação indigna do cristão. – Cumprir com exatidão os deveres de piedade e de estudo. – Nos dias de preceito ouvir a Santa Missa e, à tarde, assistir ao catecismo. – Durante a semana reunir-se alguma vez para falar de assuntos religiosos.

A Sociedade da Alegria deu frutos excelentes. Que belos frutos não produziria, também entre nós, uma semelhante sociedade? Quantos proveitos para a alma e para a inteligência!

Prezado senhor Carlos, obrigado pela ajuda mensal.

Carlos significa: “Homem forte”.

Rezamos pelo senhor todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração da Virgem Maria: “Admira a firmeza de Santa Maria: ao pé da Cruz, com a maior dor humana – não há dor como a sua dor , cheia de fortaleza” (São Josemaría Escrivá).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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