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				Anápolis, 11 de setembro de 2017 
				  
				
				À senhora Elda Maria Carlos de Freitas Costa 
				
				Benfeitora do Instituto, Brasília – DF 
				  
				
				Prezada senhora, o céu é a pátria dos 
				batalhadores, fortes e ousados. É preciso 
				entesourar tesouros no céu agora, realizando sempre o que agrada 
				a Deus: “Se não queremos perder o 
				nosso merecimento para o céu, cuidemos de trabalhar e sofrer no 
				estado da graça de Deus”
				(Pe. João Batista Lehmann). 
				  
				
				Devemos amar o próximo, mas não podemos deixar o 
				nosso coração se apegar às criaturas. O coração apegado ao 
				que passa despreza a Deus. 
				
				Fomos criados para conhecer, amar e
				servir a Deus… tudo o que realizamos afora 
				isso, roubamos do Criador. 
				
				Para se chegar a amar a Deus de todo o coração é 
				preciso despojar-se de tudo o que não é Deus ou que não leva a 
				Ele. 
				
				O Criador quer ser o único a possuir nossos 
				corações. Ele não admite companheiros. 
				
				Quando, pois, as criaturas desejarem entrar em 
				nosso coração para roubar aquele amor que devemos todo a Deus, é 
				preciso logo despedi-las fechando-lhes a porta. 
				
				Nosso Senhor é um Deus ciumento… não aceita um 
				coração dividido e apegado aos bens desse mundo: 
				“… pois teu Deus é um 
				fogo devorador. Ele é um Deus ciumento” (Dt 4, 
				24). 
				
				A vida é breve… o tempo passa como um vento 
				veloz. É grande loucura desprezar a Deus para mendigar as coisas 
				caducas desse mundo. Feliz da pessoa que aproveita o tempo 
				para amar a Deus e salvar a sua alma imortal e espiritual. 
				
				Caríssima senhora, 
				reze o Salmo 145 durante os meses de setembro e outubro: 
				“Eu te exalto, ó 
				Rei meu Deus, e bendigo teu nome para sempre e eternamente. Vou 
				te bendizer todos os dias e louvar teu nome para sempre e 
				eternamente. Grande é Deus, e muito louvável, é incalculável a 
				sua grandeza. Uma geração apregoa tuas obras a outra, 
				proclamando as tuas façanhas. Tua fama é esplendor de glória: 
				vou cantar o relato das tuas maravilhas. Falarão do poder dos 
				teus terrores, e eu cantarei a tua grandeza. Difundirão a 
				lembrança da tua bondade imensa e aclamarão a tua justiça. Deus 
				é piedade e compaixão, lento para a cólera e cheio de amor; Deus 
				é bom para todos, compassivo com todas as suas obras. Que tuas 
				obras todas te celebrem, Senhor, e teus fiéis te bendigam; digam 
				da glória do teu reino e falem das tuas façanhas, para anunciar 
				tuas façanhas aos filhos de Adão, e a majestade gloriosa do teu 
				reino. Teu reino é reino para os séculos todos, e teu governo 
				para gerações e gerações. Deus é verdade em suas palavras todas, 
				amor em todas as suas obras; Deus ampara todos os que caem e 
				endireita todos os curvados. Em ti esperam os olhos de todos e 
				no tempo certo tu lhes dás o alimento: abres a tua mão e sacias 
				todo ser vivo à vontade. Deus é justo em seus caminhos todos, e 
				fiel em todas as suas obras; está perto de todos os que o 
				invocam, de todos os que o invocam sinceramente. Realiza o 
				desejo dos que o temem, ouve seu grito e os salva. Deus guarda 
				todos os que o amam, mas vai destruir todos os ímpios. Que minha 
				boca diga o louvor de Deus e toda carne bendiga seu nome santo, 
				para sempre e eternamente!” 
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Um 
				sonho terrível. 
				
				Refere São Vicente Ferrer que um moço, 
				abusando do benefício da educação cristã que recebera, deixou-se 
				levar às mais tristes desordens. Uma vez, tendo passado todo o 
				dia na devassidão com seus companheiros de libertinagem, à noite 
				teve um sonho horrível, diríamos melhor, uma visão que Deus, na 
				sua misericórdia, lhe enviou. O moço viu-se de repente diante do 
				tribunal de Deus, prestes a ser ferido pelos raios da justiça 
				divina… Ao acordar, tomado de espanto, agitado por uma febre 
				violenta e banhado de suor, constatou que seus cabelos estavam 
				completamente brancos. 
				
				A notícia chegou até aos amigos, que o 
				foram ver e perguntaram-lhe o que havia acontecido, e por que 
				seus cabelos se tornaram brancos da noite para o dia. 
				
				– Não sei, – disse ele, – se tive um sonho 
				ou uma visão misteriosa. O certo é que a cena terrível que eu vi 
				se verificará sempre. 
				
				– E que é que você viu? 
				
				– Vi meu Juiz: o seu olhar terrível, quando 
				repreendeu minhas desordens, quando me mostrou todos os meus 
				pecados escritos num livro… E os demônios prestes a agarrar-me. 
				
				– É um sonho, – responderam seus falsos 
				amigos, – é um terror imaginário. É um erro preocupar-se com 
				isso; é preciso esquecer tudo e voltar à nossa alegre companhia. 
				
				– Não, vocês não são mais meus amigos. Não 
				os quero na minha companhia! Vocês podem continuar no mau 
				caminho, se quiserem; mas eu mudo de vida, e só quero pensar em 
				fazer penitência e preparar-me para o terrível dia do juízo. 
				
				Infeliz da pessoa de despreza a graça de 
				Deus! Que vive nesse mundo como se não existisse um julgamento 
				após a morte! 
				
				Prezada senhora Elda, obrigado pela ajuda mensal. 
				
				Elda significa: “Sábia… rica”. 
				
				Rezamos pela senhora todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração Imaculado de 
				Maria. 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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