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				Anápolis, 12 de setembro de 2017 
				  
				
				Ao senhor Lidércio Januzzi 
				
				Benfeitor do Instituto, Brasília – DF 
				  
				
				Caríssimo senhor, viva na presença de Deus… 
				realizando boas obras e entesourando tesouros no céu. 
				Infeliz da pessoa que deixa para depois, porque a morte pode 
				chegar a qualquer momento: 
				“Se não vives mais que uma só vez, segue-se que o mais 
				importante é que vivas bem esta única vida” 
				(Mons. Tihamer Tóth). 
				  
				
				Milhões de pessoas estão abusando da 
				Bondade e Misericórdia do Senhor. Usam do
				Amor do Criador para continuarem a pecar… 
				amontoando pecados sobre pecados; e assim, 
				vão jogando a vida fora e amontoando “brasas” 
				para o inferno. O tempo que passa não volta mais… é muito 
				perigoso pecar confiando na Bondade de Deus… 
				“Judas se condenou agindo 
				assim” (Santo Afonso Maria de Ligório). 
				
				Se o homem tivesse duas vidas, poderia se 
				arriscar a perder uma. Mas ele não possui duas vidas… só possui 
				uma. Se ele viver essa única no pecado, irá para longe de Deus 
				após a morte. Nem o Papa pode mudar essa verdade:
				“Filho, 
				lembra-te de que recebeste teus bens durante tua vida, e Lázaro 
				por sua vez os males; agora, porém, ele encontra aqui consolo e 
				tu és atormentado” (Lc 16, 25). 
				
				Tudo passa… a morte não manda recado! 
				
				Falando com rigor, a própria vida terrena é um 
				morrer contínuo. É luta constante contra doenças, a velhice e a 
				morte. 
				
				Enquanto nos é possível, vamos fazendo toda a 
				espécie de equilíbrios nesta vida. Mas quando tudo se acaba, a 
				alma não tem outro remédio, senão abrir as asas e empreender o 
				seu voo: a morte. 
				
				Como será o momento da morte? Ninguém o sabe. 
				Quem já o experimentou, não no-lo pode contar. 
				
				Seremos julgados após a morte! 
				
				O juízo dura um só momento. Neste momento 
				apresentar-se-á diante de nós um quadro ideal; o que deveríamos 
				ter realizado durante a vida terrena. Ao lado aparecerá a imagem 
				de nossa vida afeada, coberta de nódoas e cicatrizes. 
				
				Todos chegarão ao termo da vida. Mas ninguém sabe 
				quando. É certo que todos havemos de morrer, mas é incerto 
				quando havemos de morrer. 
				
				Não há a menor dúvida. Todos, todos sem exceção, 
				estamos condenados a morrer. 
				
				Quer seja rico ou pobre… sábio ou analfabeto… são 
				ou doente, velho, com cabelos brancos ou criancinha de peito… 
				quer viva no campo ou no mar, em clima frio ou quente, 
				trabalhando ou jogando o tempo fora na ociosidade. A morte 
				visitará a todos! 
				
				Quer pensemos na morte ou não; quer nos 
				preocupemos dela quer a esqueçamos… quer nos preparemos para ela 
				ou não a tomemos em consideração… o Senhor há de bater-nos à 
				porta, quando menos o pensarmos 
				(Tihamer Tóth). 
				
				Estimado senhor, reze com fé e devoção o 
				Salmo 86 durante os meses de setembro e outubro:
				“Inclina teu ouvido, Senhor, 
				responde-me, pois eu sou pobre e indigente! Guarda-me, porque 
				sou fiel. salva teu servo que em ti confia! Tu és o meu Deus, 
				tem piedade de mim, Senhor, pois é a ti que eu invoco todo o 
				dia! Alegra a vida do teu servo, pois é a ti, Senhor, que eu me 
				elevo! Tu és bom e perdoas, Senhor, és cheio de amor com todos 
				os que te invocam. Deus, atende à minha prece, considera minha 
				voz suplicante! Eu grito a ti no dia da angústia, pois tu me 
				respondes, Senhor! Entre os deuses não há outro como tu, nada 
				que se iguale às tuas obras! Todas as nações virão te adorar e 
				dar glória ao teu nome, Senhor; pois tu és grande e fazes 
				maravilhas, tu és Deus, tu és o único. Ensina-me teus caminhos, 
				Senhor, e caminharei segundo tua verdade; unifica meu coração 
				para temer o teu nome. Eu te agradeço de todo o coração, Senhor 
				meu Deus, vou dar glória ao teu nome para sempre, pois é grande 
				o teu amor para comigo: tiraste-me das profundezas do Xeol. Ó 
				Deus, os soberbos se levantam contra mim, um bando de violentos 
				persegue minha vida, à sua frente não há lugar para ti. Tu, 
				Senhor, Deus de piedade e compaixão, lento para a cólera, cheio 
				de amor e fidelidade, volta-te para mim, tem piedade de mim! 
				Concede tua força ao teu servo, e tua salvação ao filho de tua 
				serva: realiza um sinal de bondade para mim! Meus inimigos verão 
				e ficarão envergonhados, pois tu, Deus, me socorres e consolas”. 
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Como 
				morre um bandido. 
				
				Exatamente a uma e vinte e dois minutos da 
				manhã de 26 de fevereiro de 1943, exalou o último suspiro, na 
				cadeira elétrica da prisão do Estado de Kentucky, o bandido Tom 
				Penney. 
				
				O Pe. Donnelly era o catequista de Penney 
				na prisão. Depois de algumas instruções o delinquente vê 
				abrir-se a seus olhos um mundo novo, o da graça, e fica 
				deslumbrado com o exemplo do Bom Ladrão. O Padre, receoso de 
				tanto otimismo, insiste: 
				
				– O inferno existe, Tom, e muitas almas são 
				condenadas a ele por Deus, que é justo. 
				
				Não se apaga o brilho enigmático dos olhos 
				de Tom, que diz: 
				
				– Tudo isso não me assusta, Padre; ao 
				contrário, aumenta a minha esperança e a minha alegria. Essa 
				justiça de que o senhor me fala é precisamente a que me dá tanta 
				confiança. Meu desejo é comparecer ante um juiz “justo”… Ser 
				julgado por quem sabe tudo. 
				
				– Mas o senhor sabe, Tom, que fez muitas 
				coisas más… 
				
				– Mais do que lhe posso contar, Padre! Mais 
				do que posso enumerar! Penso, porém, que também São Dimas (Bom 
				Ladrão) as fez, e como se arrependeu, foi perdoado. A mim pode 
				acontecer o mesmo. 
				
				O Capelão Tomás Libs, no dia seguinte à 
				execução de Tom, escrevia à mãe deste: “Creio que nunca vi nem 
				verei jamais uma morte tão bela como a de seu filho. Tudo quanto 
				me é possível dizer-lhe é que Tom morreu como deve morrer um bom 
				católico. Passou suas últimas horas em recolhimento absoluto, 
				com o espírito posto em Deus… Quisera fazer a apologia de seu 
				filho, senhora Penney, mas apenas posso dizer-lhe que foi uma 
				das almas mais santas que encontrei em minha vida… Estava tão 
				preparado para morrer, que não pude deixar de dizer-lhe que meu 
				maior desejo seria estrar preparado como ele quando chegasse a 
				minha hora derradeira”. 
				
				Feliz Tom Penney, que teve tempo para se 
				arrepender! Infeliz de milhões de católicos que morrem sem 
				arrependimento, abraçados ao demônio. 
				
				Arrependimento ou contrição
				“é um pesar de coração e detestação do 
				pecado cometido, com o propósito de nunca mais cometê-lo”
				(Concílio de Trento). Sem 
				arrependimento não há perdão nem mesmo na confissão. Deus não 
				perdoa nenhum pecado, mortal ou venial, se não estamos 
				arrependidos: 
				“A dor dos pecados 
				consiste num desgosto e numa detestação sincera da ofensa feita 
				a Deus” (São Pio X, Catecismo Maior, 705). 
				
				Estamos vivendo agora uma fortíssima “MODA” 
				da misericórdia de Deus. Para milhares de pessoas, Judas 
				Iscariotes está no céu, Martinho Lutero também… e para muitos 
				adocicados, “rapadurados” e açucarados, até Satanás se 
				salvou. A falsa misericórdia não pode agradar o Deus da 
				verdade. 
				
				Prezado senhor Lidércio, obrigado pela ajuda 
				mensal. 
				
				Rezamos pelo senhor todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus 
				Cristo, nosso melhor Amigo: “Jesus 
				fez-se nosso amigo mais para dar do que para receber. Não buscou 
				a nossa amizade por ter dela necessidade para aumentar sua 
				glória, mas para nos dar um penhor da nossa bem-aventurança. O 
				que Ele espera receber, em paga do amor que nos mostrou em nos 
				fazer seus amigos, é uma correspondência da nossa parte”
				(Pe. Alexandrino Monteiro). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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