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				Anápolis, 19 de setembro de 2017 
				  
				
				À senhorita Antonieta Vieira Gomes 
				
				Benfeitora do Instituto, Brasília – DF 
				  
				
				Caríssima senhorita, não deixe de lutar... é 
				preciso lutar com garra para vencer todos os obstáculos. 
				Deus ama os corações fortes, generosos e perseverantes. 
				Deus quer que perseveremos no caminho do bem... sem 
				perseverança é impossível obter vitória: 
				“Sem perseverança, impossível é chegar à 
				santidade ou à salvação: não basta sermos virtuosos, generosos 
				alguns dias ou alguns anos; necessário é sê-lo sempre, até o 
				fim”
				(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena). 
				  
				
				Milhões de pessoas começam bem, mas 
				desistem no início ou na metade do caminho... ou quase no final. 
				Essas pessoas jamais receberão o prêmio. Não são os que 
				começam que recebem o prêmio; mas sim, os que perseveram até o 
				fim. 
				
				Devemos perseverar principalmente no caminho da 
				santidade. 
				
				De nada vale ter sido santo por longo tempo, se 
				no fim da vida se morre pecador: 
				“Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo”
				(Mt 10,22). 
				
				Sem perseverança não há salvação. Na perseverança 
				no bem até o fim da nossa vida está o princípio da nossa eterna 
				felicidade. 
				
				Sem a perseverança final todos os esforços são 
				baldados. Penitências e orações, sacramentos e boas obras, tudo, 
				sem a perseverança, será como a fumaça que se desvaneceu. 
				
				Se, porém, o único remédio para ser salvo é 
				perseverar até o fim, para perseverar até o fim há um só meio:
				ser constante no bem! 
				
				Sem constância não se levam a cabo as grandes 
				empresas. E que empresa há maior do que salvar- se? 
				
				Quem, sem constância em resistir e vencer as 
				tentações, julga perseverar até o fim na graça divina, anda 
				muito iludido! 
				
				Quem está sempre mudando de ofício, nunca poderá 
				aprender bem um só. Quem muda constantemente de caminho, como há 
				de chegar ao termo da viagem? O que anda num, desanda no outro. 
				
				Quem não se exercita constantemente em 
				obras de santidade, nunca aprenderá a ser santo. Quem segue, ora 
				pelo caminho da virtude, ora pelo caminho do pecado, arrisca-se 
				a nunca chegar ao céu! (Pe. 
				Alexandrino Monteiro). 
				
				Prezada senhorita, reze com fé e devoção o 
				Salmo 63 durante o mês de outubro: “Ó 
				Deus, tu és o meu Deus, eu te procuro. Minha alma tem sede de 
				ti, minha carne te deseja com ardor, como terra seca, esgotada, 
				sem água. Sim, eu te contemplava no santuário, vendo teu poder e 
				tua glória. Valendo teu amor mais que a vida, meus lábios te 
				glorificarão. Assim, vou te bendizer em toda a minha vida, e em 
				teu nome levantar as minhas mãos; eu me saciarei como de óleo e 
				gordura, e com alegria nos lábios minha boca te louvará. Quando 
				te recordo no meu leito, passo vigílias meditando em ti; pois 
				foste um socorro para mim, e, à sombra de tuas asas, eu grito de 
				alegria; minha vida está ligada a ti, e tua direita me sustenta. 
				Quanto aos que me querem destruir, irão para as profundezas da 
				terra; serão entregues à espada e vão tornar-se pasto dos 
				chacais. Mas o rei vai alegrar-se em Deus; quem por ele jura se 
				felicitará, pois a boca dos mentirosos será fechada”. 
				
				Leia com atenção essas duas “historinhas”: 
				Perseverança no emprego. 
				  
				
				1. Santa Zita é especial padroeira das 
				empregadas. Na idade de doze anos entrou para o serviço dos 
				Fatinelli, nobre família da cidade de Lucca, na Itália. Durante 
				cinquenta anos aproximadamente permaneceu nesse emprego. Pondo 
				em prática a máxima: “Mãos no trabalho e o coração em Deus”, 
				elevou-se a uma alta santidade. Suas práticas de piedade não a 
				impediam de ser diligente e pontual no serviço de seus patrões, 
				contente de fazer em tudo a santíssima vontade de Deus. Humilde 
				e afável, consolava e socorria os pobres, repartindo com eles o 
				seu minguado salário. Corajosa e abnegada, sofreu desprezos, 
				calúnias e até maus tratos com heroica resignação. Com 
				semelhante teor de vida, qualquer empregada, até a mais humilde, 
				pode chegar à santidade. 
				  
				
				2. Jorge Almak, escravo negro, depois de 
				suportar os golpes que lhe dava seu patrão, que queria obrigá-lo 
				a renegar a fé cristã, respondeu ao tirano que lhe perguntou: 
				
				– Que faz agora o teu Jesus? 
				
				– Dá-me forças para suportar as pancadas e 
				ferimentos. 
				
				O desumano carrasco redobrou os açoites, e 
				perguntou: 
				
				– E agora, que pode fazer por ti Jesus? 
				
				– Faz-me pensar no prêmio eterno. 
				
				O tirano ordenou que o flagelassem até 
				aparecer os ossos, e de novo perguntou com feroz alegria: 
				
				– Que pode fazer agora por ti Jesus? 
				
				O mártir, agonizando, reúne as últimas 
				forças e diz: 
				
				– Dá-me coragem de rezar por ti e 
				perdoar-te. 
				
				E tendo pronunciado essas palavras, morreu 
				como um herói cristão. 
				
				Milhares de empregados sofrem horrores nas 
				mãos dos patrões sem Deus. 
				  
				
				Estimada senhorita Antonieta, obrigado pela ajuda 
				mensal. 
				
				Antonieta significa: “valiosa”, “de valor 
				inestimável”, “sem preço”. 
				
				Rezamos pela senhorita todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração
				da Virgem Maria: “Virgem 
				Santíssima, no meio dos esplendores da vossa glória não vos 
				esqueçais das tristezas da terra: lançai um olhar de bondade 
				sobre os que sofrem, que lutam contra as tribulações e que bebem 
				perenemente os cálices das amarguras desta vida”
				(Máximas Eternas). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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