Anápolis, 21 de
setembro de 2017
À senhora Maria Teresa Araújo Sleinmetz
Benfeitora do Instituto, Brasília – DF
Caríssima senhora, busque a Deus de todo o
coração e não tenha inveja das pessoas que seguem as
máximas e vaidades desse mundo inimigo de
Deus e da santidade... essas pessoas vivem uma falsa
alegria e serão abandonadas por Deus:
“Será em vão que guardei
puro o coração e lavei na inocência minhas mãos? Porque sou
chicoteado todo o tempo e recebo meus castigos cada dia. Se eu
pensasse: ‘Vou fazer igual a eles’, trairia a geração dos vossos
filhos. Pus-me então a refletir sobre este enigma, mas
pareceu-me uma tarefa bem difícil. Até que um dia, penetrando
esse mistério, compreendi qual é a sorte que os espera, pois
colocais os pecadores num declive, e vós mesmo os empurrais para
a desgraça. Num instante eles caíram na ruína, acabaram e
morreram de terror!” (Sl 72, 13-19).
Infeliz daquele que olha a vida do pecador e
pensa que ele está no caminho da felicidade... da alegria
verdadeira. É pura ilusão! O pecador não poder ser feliz...
porque Deus não habita num coração onde o demônio reina.
Um coração sem Deus é um coração triste... amargurado e
revoltado.
Deus... somente n’Ele podemos encontrar a
verdadeira paz, aquela que o mundo não pode dar.
Deus existe! Essa verdade nos fortalece
diante das dificuldades, obstáculos, críticas e perseguições.
Quem caminha na presença de Deus e com os olhos
fixos no céu não treme diante das provações... não sente inveja
da vida desregrada dos mundanos. A pessoa que possui Deus...
possui tudo! É rica de todos os bens, porque Deus é a
riqueza infinita.
Prezada senhora, reze
com fé e fervor o Salmo 103 durante o mês de outubro:
“Bendize a Deus, ó minha
alma, e tudo o que há em mim ao seu nome santo! Bendize a Deus,
ó minha alma, e não esqueças nenhum dos seus benefícios. É ele
quem perdoa tua culpa toda e cura todos os teus males. É ele
quem redime tua vida da cova e te coroa de amor e compaixão. É
ele quem sacia teus anos de bens e, como a da águia, tua
juventude se renova. Deus realiza atos justos, fazendo justiça a
todos os oprimidos; revelou seus caminhos a Moisés e suas
façanhas aos filhos de Israel. Deus é compaixão e piedade, lento
para a cólera e cheio de amor; ele não vai disputar
perpetuamente, e seu rancor não dura para sempre. Nunca nos
trata conforme nossos erros, nem nos devolve segundo nossas
culpas. Como o céu que se alteia sobre a terra, é forte seu amor
por aqueles que o temem. Como o oriente está longe do ocidente,
ele afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai é
compassivo com seus filhos, Deus é compassivo com aqueles que o
temem; porque ele conhece nossa estrutura, ele se lembra do pó
que somos nós. O homem!... seus dias são como a relva: ele
floresce como a flor do campo; roça-lhe um vento e já
desaparece, e ninguém mais reconhece seu lugar. Mas o amor de
Deus!... existe desde sempre e para sempre existirá por aqueles
que o temem; sua justiça é para os filhos dos filhos, para os
que observam sua aliança e se lembram de cumprir suas ordens.
Deus firmou no céu o seu trono e sua realeza governa o universo.
Bendizei a Deus, anjos seus, executores poderosos da sua
palavra, obedientes ao som da sua palavra. Bendizei a Deus, seus
exércitos todos, ministros que cumpris a sua vontade. Bendizei a
Deus, todas as suas obras, nos lugares todos que ele governa.
Bendize a Deus, ó minha alma!”
Leia com atenção essa “historinha”: A
vitória será nossa.
Santa Joana d’Arc está no sítio de Orleans.
Combatera sete horas, sempre calma e intrépida no meio dos
soldados. É chegado o momento de tomar ao inimigo a famosa
fortaleza de Tourelles. De repente avança, toma a escada e sobe
impetuosa à torre. Fere-a no peito uma flecha. Jorra o sangue.
Ela empalidece, treme indecisa no meio da escada. Chora de dor e
de medo. Desce e oculta-se para se curar. Era a debilidade
humana. Os ingleses animam-se e os franceses atemorizados cedem
o campo e se retiram. Mas ao primeiro toque de clarim Joana
levanta-se, recorda-se da visão que tivera, as vozes que ouvira
e faz uma breve oração. Em seguida, de um golpe arranca a flecha
e com o peito manchado de sangue grita: “Avante! Somos os
vencedores”. E venceu.
- Católicos, a vida é uma batalha pela
conquista do reino de Deus. Se algum dia nos assaltarem o temor
e a debilidade, recordemos nossa fé, avivemos nossas convicções
e fortaleçamo-nos com a oração. Em seguida, como Santa Joana d’Arc,
sigamos avante, seguros de que a vitória será nossa.
O católico não foi criado pelo Deus Eterno para
ficar amuado num canto, para viver de cabeça baixa como um
frustrado, para cruzar os braços diante dos obstáculos que
surgem pelo caminho ou para se desanimar diante de uma queda. É
claro que vivemos em meio a terríveis provações, mas é preciso
levantar a cabeça e caminhar fervorosamente em busca da Vida
Eterna: “O Reino dos céus padece
violência, e aqueles que se esforçam o arrebatam” (Mt
11, 12), e: “Padece
violência a Igreja por parte dos poderes do mal, como também
padece violência a alma de cada homem, inclinada ao mal em
consequência do pecado original. Será necessário lutar até o
último dos nossos dias para podermos seguir o Senhor nesta vida
e contemplá-lo eternamente no Céu” (Pe.
Francisco Fernández Carvajal), e também: “Essa
força não se manifesta na violência contra os outros; é
fortaleza para combater as nossas debilidades e misérias,
valentia para não mascarar as nossas infidelidades, audácia para
confessar a fé, mesmo quando o ambiente é contrário” (São
Josemaría Escrivá, Cristo que passa, n° 82), e
ainda: “O Reino dos Céus não pertence
aos que dormem e vivem dando-se todos os gostos, mas aos que
lutam contra si mesmos” (Clemente de
Alexandria, Quis dives salvetur, 21).
Estimada senhora Maria, obrigado pela ajuda
mensal.
Maria significa: “Senhora soberana”.
Eu te abençoo e te guardo no Coração
Puríssimo da Virgem Maria:
“Consideremos que Maria foi a verdadeira
mulher forte. Que coração tão firme o desta Senhora!”
(Maná do cristão).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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