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				Anápolis, 22 de setembro de 2017 
				  
				
				Ao senhor Edward Bonfim 
				
				Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO 
				  
				
				Caríssimo senhor, faça sempre o bem porque a vida 
				passa para não mais voltar. Feliz da pessoa que aproveita 
				bem o tempo para entesourar preciosos tesouros no céu, onde o 
				ladrão não rouba... o tempo de fazer o bem é agora, não 
				depois da morte: “O tempo é um grande 
				mistério. Detrás de nós está o passado que já não é nosso. 
				Diante de nós, está o futuro que ainda não existe. Em nossas 
				mãos está só o presente; um segundo que nos escapa, 
				precisamente, quando o queremos apanhar”
				(Mons. Tihamer Tóth). 
				  
				
				Milhões de pessoas vão chorar amargamente 
				na hora da morte por terem jogado o tempo fora... 
				por terem deixado de servir a Deus para seguir as coisas caducas 
				e passageiras desse mundo. 
				
				Nada há mais precioso que o tempo e não há 
				coisa menos estimada nem mais desprezada pelos mundanos. 
				São Bernardo de Claraval diz: “Passam 
				rapidamente os dias de salvação, e ninguém reflete que esses 
				dias desaparecem e jamais voltam”. Vede aquele 
				jogador que perde dias e noites na tavolagem. Perguntai-lhe o 
				que fez e responderá: Passar o tempo. Vede o 
				ocioso que se entretém horas inteiras na rua a ver quem passa, 
				ou a falar em coisas obscenas ou inúteis. Se lhe perguntam o que 
				está fazendo, dirá que não faz mais do que 
				passar o tempo. Pobres cegos, que assim vão 
				perdendo tantos dias, dias que nunca mais voltam! 
				
				Tempo desprezado! Tu serás a coisa que os 
				mundanos mais desejarão na hora da morte… 
				Quererão então dispor de mais um ano, mais um mês, mais um dia; 
				mas não o terão, e ouvirão dizer que já não haverá mais tempo.
				O que não daria então cada um deles para ter mais uma 
				semana, um dia de vida, a fim de poder melhor ajustar as contas 
				da alma! Ainda que fosse para alcançar só uma hora — 
				disse São Lourenço Justiniano — dariam todos os seus bens. Mas 
				não obterão essa hora de trégua (Santo Afonso Maria de 
				Ligório). 
				
				Estimado senhor, reze com fé e fervor o 
				Salmo 37 durante o mês de outubro: “Não 
				te irrites por causa dos maus, nem invejes os que praticam 
				injustiça: pois são como erva, secam depressa, eles murcham como 
				a verde relva. Confia em Deus e faze o bem, habita na terra e 
				vive tranquilo, coloca tua alegria em Deus e ele realizará os 
				desejos do teu coração. Entrega teu caminho a Deus, confia nele, 
				e ele agirá; manifestará tua justiça como a luz e teu direito 
				como o meio-dia. Descansa em Deus e nele espera, não te irrites 
				contra quem triunfa, contra o homem que se serve de intrigas. 
				Deixa a ira, abandona o furor, não te irrites: só farias o mal; 
				porque os maus vão ser extirpados e quem espera em Deus possuirá 
				a terra. Mais um pouco e não haverá mais ímpio, buscarás seu 
				lugar e não existirá; mas os pobres vão possuir a terra e 
				deleitar-se com paz abundante. O ímpio faz intrigas contra o 
				justo e contra ele range os dentes; mas o Senhor ri às custas 
				dele, pois vê que seu dia vem chegando. Os ímpios desembainham a 
				espada e retesam o arco para matar o homem reto, para abater o 
				pobre e o indigente; mas a espada lhes entrará no coração e seus 
				arcos serão quebrados. Vale mais o pouco do justo que as grandes 
				riquezas dos ímpios; pois os braços do ímpio serão quebrados, 
				mas Deus é o apoio dos justos. Deus conhece os dias dos íntegros 
				e sua herança permanecerá para sempre; não irão envergonhar-se 
				nos dias maus, nos dias de fome eles ficarão saciados. Eis que 
				os ímpios vão perecer, os inimigos de Deus vão murchar como a 
				beleza dos prados, vão desfazer-se em fumaça. O ímpio toma 
				emprestado e não devolve, mas o justo se compadece e dá; os que 
				ele abençoa vão possuir a terra, os que ele amaldiçoa vão ser 
				extirpados. Deus assegura os passos do homem, eles são firmes e 
				seu caminho lhe agrada; quando tropeça não chega a cair, pois 
				Deus o sustenta pela mão. Fui jovem e já estou velho, mas nunca 
				vi um justo abandonado, nem sua descendência mendigando pão. 
				Todo dia ele se compadece e empresta, e sua descendência é uma 
				bênção. Evita o mal e pratica o bem, e para sempre terás 
				habitação; pois Deus ama o direito e jamais abandona seus fiéis. 
				Os malfeitores serão destruídos para sempre e a descendência dos 
				ímpios extirpada; os justos vão possuir a terra e nela habitarão 
				para sempre. A boca do justo medita a sabedoria e sua língua 
				fala o direito; no seu coração está a lei do seu Deus, seus 
				passos nunca vacilam. O ímpio espreita o justo e procura levá-lo 
				à morte: Deus não o abandona em sua mão, e no julgamento não o 
				deixa condenar. Espera por Deus e observa o seu caminho; ele te 
				exaltará, para que possuas a terra: tu verás os ímpios 
				extirpados. Eu vi um ímpio muito poderoso elevar-se como um 
				cedro do Líbano; passei de novo e eis que não existia mais, 
				procurei-o, mas não foi encontrado. Observa o íntegro, vê o 
				homem direito: há uma posteridade para o homem pacífico; mas os 
				transgressores serão todos destruídos, a posteridade dos ímpios 
				será extirpada. A salvação dos justos vem de Deus, sua fortaleza 
				no tempo da angústia. Deus os ajuda e liberta, ele vai 
				libertá-los dos ímpios e salvá-los, porque nele se abrigaram”. 
				
				Leia com atenção essa “historinha”: O tempo 
				e a nossa vida. 
				
				A infância é a idade indiferente na qual se 
				vive e se ama sem saber por quê. É a aurora. 
				
				A adolescência é a idade encantadora, na 
				qual se espera; é a idade útil, na qual se pode semear; a idade 
				delicada, na qual se pode formar; a idade ardente, na qual se 
				pode e deve combater; a idade alegre, na qual toda pena pode 
				terminar em riso. É a manhã. 
				
				A idade madura é a idade austera, na qual 
				se desfolham as flores; a idade séria, na qual se recolhe; a 
				idade abnegada, na qual se pode fazer a felicidade alheia; a 
				idade forte, na qual se pode permanecer em pé. É o meio-dia. 
				
				A velhice é a idade triste, na qual se 
				encontra a solidão; a idade tranquila, na qual se faz o 
				inventário da vida; a idade dolorosa, na qual se leva a cabo a 
				expiação; a idade solene, na qual se espera a hora do descanso. 
				É a noite. 
				
				E depois? A vida com Deus ou sem Ele; com 
				Deus, se na terra se viveu com Ele; sem Deus, se neste mundo se 
				viveu apartado d’Ele. 
				
				Infeliz da pessoa que joga o tempo fora. O 
				tempo vale mais que o ouro e a prata. 
				
				Estimado senhor Edward, obrigado pela ajuda 
				mensal. 
				
				Edward significa: “guardião rico”, 
				“protetor das riquezas”. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Santíssimo Coração 
				de Jesus Cristo: “Louvor, honra, 
				glória e bênção ao Coração boníssimo de Jesus, que levado do 
				amor ardente, que sempre teve aos homens, quis ficar conosco no 
				Santíssimo Sacramento, para ser nosso consolador neste vale de 
				lágrimas”
				(Maná do cristão). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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