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				Anápolis, 23 de setembro de 2017 
				  
				
				Ao senhor Isaú Coelho Luz 
				
				Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO 
				  
				
				Caríssimo senhor, trabalhe fervorosamente para 
				conquistar a Vida Eterna, isto é o Céu... estamos aqui nesse 
				vale de lágrimas somente para isso. Para entrar no Céu 
				devemos carregar as cruzes de cada dia com alegria, paciência e 
				perseverança: “O céu é a 
				nossa pátria, lá Deus nos preparou o repouso numa eterna 
				felicidade. Passamos pouco tempo neste mundo, mas neste pouco 
				tempo temos muitas dores a sofrer”
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				  
				
				Milhões de pessoas voltam as costas para o céu e, 
				com certeza, vão se desesperar na hora da morte... porque, 
				ninguém entrará na Felicidade Eterna de mãos vazias. Quem morre 
				com o pecado mortal na alma irá para o inferno... para sempre. 
				
				Deus quer que lutemos todos os dias para 
				conquistar a Morada Eterna. 
				
				Quanto é belo contemplar, em serena noite de 
				verão, a magnificência do firmamento recamado de estrelas! Quão 
				agradável é admirar as águas tranquilas de um lago transparente, 
				em cujo fundo se descobrem peixes a nadar e pedras cobertas de 
				musgo! Quanta formosura num jardim cheio de flores e de frutos, 
				circundado de fontes e riachos, matizado por lindos passarinhos 
				que cruzam o ar e o alegram com seu canto mavioso! Dir-se-ia que 
				tantas belezas são o paraíso. Mas não! Muito 
				diferentes são os gozos e a formosura do paraíso. Quereis saber 
				o que é o céu? — dizia São Bernardo, — pois sabei 
				que ali não há nada que desagrade, e existe todo bem que deleita. 
				
				Que dirá a alma quando entrar naquela mansão 
				felicíssima? Imaginemos um jovem ou uma virgem, que, tendo 
				consagrado toda a sua vida ao amor e ao serviço de Cristo, acaba 
				de morrer e deixa este vale de lágrimas. Sua alma apresenta-se 
				ao juízo; o juiz a acolhe com bondade e lhe declara que está 
				salva. O anjo da guarda a acompanha e felicita, e ela lhe mostra 
				sua gratidão pela assistência que recebeu dele. Vem, pois, 
				alma querida, diz-lhe o anjo; regozija-te porque estás salva. 
				Vem contemplar a face do Senhor! E a alma se 
				eleva, transpõe as nuvens, passa além das estrelas, e entra no 
				céu. Meu Deus! Que sentirá a alma ao entrar, pela 
				primeira vez, naquele reino de venturas e vir aquela cidade de 
				Deus, insuperável em formosura? Os anjos e os santos a 
				recebem alegres e lhe dão amorosas boas-vindas. Ali encontrará, 
				sob indizível júbilo, os seus santos padroeiros e os parentes e 
				amigos que a precederam na vida eterna. A alma quererá 
				prostrar-se diante deles, mas estes a impedirão, recordando-lhe 
				que são também servos do Senhor. Os Anjos levarão a alma depois 
				a beijar os pés da Santíssima Virgem, Rainha do céu. A alma 
				sentirá imenso delíquio de amor e de ternura vendo, pela 
				primeira vez, sua excelsa e divina Mãe que tanto lhe ajudou a 
				salvar-se e que agora lhe estende amorosamente os braços, 
				fazendo-lhe reconhecer todas as graças que alcançou por sua 
				intercessão perante nosso Rei Jesus Cristo, que a receberá como 
				esposa amantíssima, e lhe dirá: Vem do Líbano, minha 
				esposa; vem e serás coroada; alegra-te e consola-te, que 
				passaram já as lágrimas, as penas e os temores; recebe a coroa 
				imarcescível que te alcancei a preço de meu sangue. 
				Jesus a apresentará ao Pai Eterno que lhe lançará a sua 
				bênção, dizendo: Entra na alegria do teu Senhor 
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				
				Para salvar a alma e conquistar o Céu... vale a 
				pena percorrer o caminho da cruz até o fim. 
				
				Estimado senhor, reze 
				com fé e fervor o Salmo 39 durante o mês de outubro: 
				“Eu disse: ‘Vou guardar 
				meu caminho, para não pecar com a língua; vou guardar minha boca 
				com mordaça, enquanto o ímpio estiver à minha frente’. Eu me 
				calei, em silêncio; vendo sua sorte, minha dor piorou. Meu 
				coração queimava dentro de mim, ao meditar nisto o fogo se 
				inflamava, e deixei minha língua dizer: ‘Mostra-me o meu fim, 
				Deus, e qual é a medida dos meus dias, para eu saber quão frágil 
				sou. Vê: um palmo são os dias que me deste, minha duração é um 
				nada frente a ti; todo homem que se levanta é apenas um sopro, 
				apenas uma sombra o homem que caminha, apenas sopro as riquezas 
				que amontoa, e ele não sabe quem vai recolhê-las’. E agora, 
				Senhor, o que posso esperar? Minha esperança está em ti! 
				Livra-me de minhas transgressões todas, não me tornes ultraje do 
				insensato! Eu me calo, não abro a boca, pois quem age és tu. 
				Afasta a tua praga de mim, eu sucumbo ao ataque de tua mão! 
				Castigando o erro tu educas o homem e róis os seus tesouros como 
				a traça. Os homens todos são apenas um sopro! Ouve a minha 
				prece, Senhor, dá ouvido aos meus gritos, não fiques surdo ao 
				meu pranto! Pois eu sou um forasteiro junto a ti, um inquilino 
				como todos os meus pais. Afasta de mim teu olhar, para que eu 
				respire, antes que eu me vá e não exista mais!” 
				
				Leia com atenção essas “historinhas”: Zelo 
				dos santos pela salvação das almas. 
				  
				
				1. Santo Afonso Maria de Ligório, um dos 
				maiores missionários de todos os tempos, exclamava: “Se Jesus 
				Cristo tivesse morrido na cruz, não por todos, mas por uma única 
				alma, ainda assim era de justiça que nós nos sacrificássemos 
				para ganhar uma alma para Deus. E se eu pudesse pregar missões a 
				todo o mundo, a todo o mundo eu as pregaria”. 
				  
				
				2. Santo Antônio Daniel, martirizado no 
				Canadá em 1648, dizia: “Nossa consolação no meio das mais duras 
				fadigas é caminhar de provação em provação, buscando e 
				recolhendo as espigas de trigo, quer dizer, as almas simples e 
				fiéis que os anjos separam da cizânia, para formarem no céu essa 
				coroa de eleitos que tantos suores e tantos trabalhos custaram 
				ao Filho de Deus”. 
				  
				
				3. São Josafá trabalhou com tanto zelo pela 
				união dos hereges e cismáticos à Igreja Católica que lhe 
				chamavam “ladrão de  almas”. Ele, com muita mansidão, respondia: 
				“Deus queira que eu possa roubar todas as vossas almas para 
				levá-las a Ele”. Levantava-se às duas da madrugada para começar 
				o dia com uma disciplina sangrenta, e trabalhava todo o dia sem 
				descanso até a noite. “Toda gente corre a Josafá – dizia um 
				contemporâneo – e a todos ele recebe como um pai”. 
				  
				
				4. São João Eudes durante sessenta anos 
				dedicou-se às missões, que costumavam durar de seis a doze 
				semanas. Levava consigo de doze a vinte e cinco missionários, 
				que não bastavam para recolher os frutos. Seus auditórios eram 
				de trinta a quarenta mil pessoas. Uma vez ele escreveu: “De oito 
				a dez léguas vem aqui tanta gente e os corações estão 
				extraordinariamente bem dispostos. Não se veem mais que 
				lágrimas; não se ouvem mais que gemidos de pobres penitentes; 
				mas nem a quarta parte poderá confessar-se. Os missionários têm 
				visto pessoas que esperam oito dias sem conseguir confessar-se, 
				e então se ajoelham onde quer que encontrem os padres, 
				pedindo-lhes com lágrimas e com as mãos postas que as ouçam”. 
				
				Quem não ama as almas imortais, não ama 
				também o Deus Eterno. 
				  
				
				Prezado senhor Isaú, obrigado pela ajuda mensal. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Imaculado Coração de 
				Maria: “Aceitai, ó Mãe Santíssima de 
				Deus, o oferecimento que vos faço do meu coração; dignai-vos 
				recebê-lo em vossas mãos puríssimas”
				(Maná do cristão). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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