Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

032 / 2017

 

Anápolis, 25 de setembro de 2017

 

À Dr.ª Jaquele Alves Silva

Benfeitora do Instituto, Goiânia – GO

 

Caríssima senhora, busque a proteção somente em Deus... longe do Criador não existe verdadeira segurança e amparo: “Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: ‘Somente vós sois meu Senhor: nenhum bem eu posso achar fora de vós!’” (Sl 15, 1-2).

 

Tudo passa nesse mundo... passa e não volta mais. O importante é entesourar preciosos tesouros no céu. Quem perde tempo com as coisas caducas e passageiras desse mundo vai se desesperar na hora da morte, porque os bens passageiros não “compram” o céu.

Estamos nesse mundo somente para salvar a nossa alma imortal e espiritual, para conquistarmos o céu, Felicidade Eterna. Tudo o que fizermos afora isso estamos roubando de Deus e jogando a vida fora.

Quem quiser se salvar tem que estar disposto a sacrificar seja o que for: “Para um cristão que pretende agradar a Deus em tudo, normalmente os obstáculos que terá de remover não serão muito importantes, mas talvez pequenos caprichos, faltas de temperança ou de domínio do caráter, breves momentos de preguiça, excessiva preocupação pela saúde ou pelo bem-estar... Faltas mais ou menos habituais, pecados veniais, mas que devem ser tidos muito em conta, porque nos atrasa o passo e nos podem fazer tropeçar e mesmo cair em fraquezas mais importantes” (Pe. Francisco Fernández Carvajal).

Devemos caminhar sempre para o céu... não podemos olhar para a direita nem para a esquerda, mas somente para frente, com os olhos fixos em Jesus Cristo, nosso Salvador... Ele é guia seguro; quem o segue não desviará do bom caminho.

O tempo para salvar a nossa alma é agora... enquanto o nosso coração está pulsando. Com a morte esse tempo acaba... e virá o terrível julgamento. Deus dará a cada pessoa o que merecer.

Estimada senhora, reze com fervor o Salmo 01 durante o mês de outubro: “Feliz o homem que não vai ao conselho dos ímpios, não para no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores. Pelo contrário: seu prazer está na lei de Deus, e medita sua lei, dia e noite. Ele é como árvore plantada junto d'água corrente: dá fruto no tempo devido e suas folhas nunca murcham; tudo o que ele faz é bem sucedido. Não são assim os ímpios! Não são assim! Pelo contrário: são como a palha que o vento dispersa... Por isso os ímpios não ficarão de pé no Julgamento, nem os pecadores no conselho dos justos. Sim, Deus conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perece”.

Leia com atenção essa “historinha”: O punhal da impureza.

Aquele moço não conhecia maior tesouro neste mundo do que o coração de sua mãe.

Filho e mãe viviam sozinhos no mundo. E eram felizes, porque possuíam a maior felicidade da vida: a felicidade do amor.

Mas aquele moço começou a sofrer de uma doença esquisita. Tremiam-lhe as pernas... O tremor nervoso subia pouco a pouco pelo corpo e, quando chegava à cabeça, estourava a loucura. Naqueles momentos de furiosa loucura, o rapaz procurava uma faca, empunhava-a e corria por toda a casa, com os olhos arregalados, gesticulando ferozmente, e gritando: “Minha mãe, minha mãe! Onde está minha mãe? Quero matar minha mãe!”

Cessava a loucura. O filho voltava a si. Conhecia sua loucura e, de joelhos, pedia mil vezes perdão a sua mãe. Dizia-lhe: “Mãe, minha mãe, se um dia, num desses arrebatamentos, eu te tirasse a vida? Que seria de mim? Morreria de dor”.

Assim, tão grandes eram os temores da mãe como as angústias do filho. Sabeis o que ele resolver fazer? Quando sentia que o tremor começava a subir-lhe pelo corpo, pegava uma corda muito forte, corria para a mãe e dizia-lhe: “Amarra-me, mãe, amarra-me”. E a mãe amarrava fortemente as mãos do filho.

No momento em que a loucura subia à cabeça, ele soltava rugidos de fera e gritava: “Onde está minha mãe? Quero matar minha mãe!” Mas, como poderia fazer-lhe mal, se tinha as mãos bem amarradas?

Passada a loucura, o moço tomava aquela corda e beijava-a... beijava-a com loucura de amor...

Devemos aprender essa lição! Quando sentirmos que vem chegando a tentação, o perigo... peguemos o Santo Terço e nos amarremos com a corda da oração. Com a oração seremos fortes. Quando passar o perigo, com certeza beijaremos o Santo Terço em agradecimento que nos livrou do punhal da impureza.

Seja católica praticante! Para se salvar é preciso de “duas” pernas... católico “sem”  pernas não se salvará: “Já neste mundo pela graça divina, pela mesma graça recebemos o batismo, entrando no seio da Igreja e tornando-nos discípulos do Senhor. Mas, trazendo assim o precioso nome de cristãos, de que  nos servirá tão grande nome, se na realidade não o formos? Seria inútil termos nascido e ingressado na Igreja se traíssemos o Senhor e a sua graça; melhor seria não termos nascido do que, recebendo a sua graça, pecarmos contra ele” (Santo André Kim Taegón).

Prezada senhora Jaquele, obrigado pela ajuda mensal.

Eu te abençoo e te guardo no Santíssimo Coração de Cristo Jesus: “Nossa verdadeira sociedade e nosso delicioso retiro: o Coração adorável de Jesus onde viveremos ao abrigo de todas as tempestades” (Santa Margarida Maria Alacoque).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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