Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

033 / 2017

 

Anápolis, 27 de setembro de 2017

 

À senhora Leivan de Fátima Borges Oliveira

Benfeitora do Instituto, Goiânia – GO

 

Estimada senhora, suporte por amor a Deus as dificuldades de cada dia, sem desanimar. Esse mundo é um vale de lágrimas... e a “escada” do céu é feita de cruzes. Jesus Cristo, nosso Salvador, sofreu muito aqui na terra, e nossa vida não pode ser diferente: “Tudo que aqui podemos sofrer e sofremos, é pouca coisa, se o compararmos com o martírio dos Santos, com a Sagrada Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e com os tormentos dos condenados ao inferno” (São Lourenço Justiniani).

 

Quem suporta as dificuldades, provações e perseguições com alegria, paciência e perseverança... caminha unido a Jesus Cristo. Não basta sofrer; mas é preciso sofrer com alegria... pensando nos sofrimentos de Jesus Cristo e no prêmio eterno... pensando no céu: “Estou convencido que as almas, que amarem e venerarem a cruz de Nosso Senhor, encontrarão a felicidade nos reveses, nas contrariedades e nas misérias da vida, e para elas a ausência da cruz será a ausência da vida” (São Francisco Xavier).

Devemos superar as dificuldades! As “montanhas” das dificuldades existem para serem escaladas... não para nos esmagar: “As dificuldades firmam-nos no bem, dão-nos têmpera moral... É muito comum os propósitos murcharem por tropeçarmos com dificuldades... Cada dificuldade que surge no caminho dos nossos bons propósitos nos põe à prova. É um teste de sinceridade. Porque a dificuldade, incitando-nos a desistir ou a recuar, obriga-nos a tomar uma posição, a determinar se queremos ou não... As dificuldades fazem-nos crescer” (Pe. Francisco Faus), e: “Ninguém se conhece a si mesmo se não for tentado” (Santo Agostinho).

Devemos ser “árvores” sacudidas pela fúria dos “ventos” das dificuldades... assim as nossas “raízes” serão profundas e suportaremos todas as provações.

Ao vermos como as árvores crescem para o alto, pensemos que também para o céu devem crescer os nossos afetos. Ao vermos umas árvores cheias de flores, examinemos se também nossa alma está coberta de virtudes... várias virtudes... virtudes perfumadas. Ao vermos outras árvores ostentando saborosos frutos, pensemos quais são as boas obras de que nossa alma está adornada. Ao vermos que elas resistem às fúrias dos vendavais, recorda se é deste modo que resistimos os embates... choques e as fúrias das tentações, ou se o menor sopro delas basta para nos derrubar por terra! “As árvores que crescem em lugares sombreados e livres de ventos, enquanto externamente se desenvolvem com aspecto próspero, tornam-se fracas e moles, e facilmente qualquer coisa as fere; mas as árvores que vivem no cume dos montes mais altos, agitadas pelos muitos ventos e constantemente expostas à intempérie e a todas as inclemências, atingidas por fortíssimas tempestades e cobertas por frequentes neves, tornam-se mais robustas que o ferro” (São João Crisóstomo).

Prezada senhora, reze o Salmo 02 durante o mês de outubro: “Por que as nações se amotinam, e os povos meditam em vão? Os reis da terra se insurgem, e, unidos, os príncipes conspiram contra Deus e contra o seu Messias: ‘Rebentemos seus grilhões, sacudamos de nós suas algemas!’ O que habita nos céus ri, o Senhor se diverte à custa deles. E depois lhes fala com ira, confundindo-os com seu furor: ‘Fui eu que consagrei o meu rei sobre Sião, minha montanha sagrada!’ Vou proclamar o decreto de Deus: Ele me disse: ‘Tu és meu filho, eu hoje te gerei. Pede, e eu te darei as nações como herança, os confins da terra como propriedade. Tu as quebrarás com um cetro de ferro, como um vaso de oleiro as despedaçarás’. E agora, reis, sede prudentes; deixai-vos corrigir, juízes da terra. Servi a Deus com temor, beijai seus pés com tremor, para que não se irrite e pereçais no caminho, pois sua ira se acende depressa. Felizes aqueles que nele se abrigam!”

Leia com atenção essa “historinha”: Católicos de batismo.

Há três classes de católicos, a saber: Católicos de batismo, isto é, homens de que se sabe que são católicos porque podem apresentar uma certidão na qual consta que, um dia, foram levados à igreja e batizados; fora disso nem por suas crenças nem por suas práticas poderá alguém reconhecer que são católicos.

Há católicos domingueiros. Ao chegar o dia do Senhor, tomam o seu devocionário ou mesmo o seu missal, ou não levam nada, e vão à igreja para participar da Missa... e, feito isso, estão quites com Deus toda a semana.

Há católicos de todos os dias. Sabem que ninguém pode ser verdadeiramente católico, quando não o é todas as horas, e se não impregnam de espírito católico todas as suas obras, e se não se comportam como tais em toda ocasião, ordenando sua vida segundo a santa vontade de Deus.

Por que não havemos de ser católicos de verdade? Por que os católicos de batismo são legião, os domingueiros são muitos, e poucos, pouquíssimos os de todos os dias?

O católico não praticante vive em pecado mortal... longe do Senhor e da salvação.

Amemos de coração a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, a ÚNICA IGREJA fundada por Jesus Cristo: “... Com paciência, com pedagogia paternal, mediante um itinerário catequético permanente, através de missões populares e outros meios de apostolado, ajudai a esses fiéis a amadurecer em sua consciência de pertencer à Igreja e a descobri-la como sua família, sua casa, o lugar privilegiado de seu encontro com Deus” (São João Paulo II aos bispos da Argentina, em 18 de janeiro de 1991).

Caríssima senhora Leivan, obrigado pela ajuda mensal.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Maria Virgem: “Quanto é imensa a grandeza do Coração de Maria! Queremos experimentá-la recebendo dele copiosas graças? Pensemos nesse grande Coração, resolvamo-nos a imitá-lo e peçamos-lhe com fervor, esta graça e as demais necessárias” (Maná do cristão).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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