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				Anápolis, 13 de outubro de 2017 
				  
				
				Ao senhor Luiz Roberto Beloti 
				
				Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO 
				  
				
				Caríssimo senhor, enfrente todas as 
				dificuldades com coragem, ânimo e ousadia... 
				não deixe de caminhar em busca do ideal por causa dos 
				obstáculos, provações e perseguições. Aquele que deixa 
				de caminhar jamais chegará ao lugar desejado... 
				as dificuldades existem para serem vencidas e 
				não para nos esmagar: 
				“As dificuldades firmam-nos no bem, dão-nos 
				têmpera moral... as dificuldades fazem-nos crescer” 
				(Pe. Francisco Faus). 
				  
				
				Para vencer as grandes “montanhas” 
				que surgem pelo caminho, é preciso de coragem... muita 
				coragem... coragem e valentia... os medrosos 
				e molengas jamais conseguirão vencer na vida: 
				“A vida é muito curta para que nós a 
				encurtemos ainda mais com a nossa visão temerosa e mesquinha”
				(Disraeli), e: 
				“A valentia não é algo que se tenha; é algo que se adquire”
				(Dom Rafael Llano Cifuentes). 
				
				Homem valente é aquele em quem a coragem acaba 
				por prevalecer sobre o medo: “Os 
				bravos, embora temam também as coisas pavorosas que assustam 
				todos os mortais, enfrentam-nas como devem e como o prescrevem 
				as regras da honra”
				(Aristóteles). 
				
				Os aviões gastam uma quantidade enorme de 
				combustível na decolagem. Quando não se injeta suficiente 
				energia nas turbinas, não ganham altura, e o início do voo 
				torna-se extremamente perigoso. O mesmo acontece com a vida. Um 
				início tímido representa muitas vezes a impossibilidade 
				posterior de ‘ganhar altura’ profissional, familiar e, 
				sobretudo, espiritual. E a alma – como uma aeronave vacilante – 
				passa roçando pelas montanhas da vida, correndo o risco de um 
				impacto mortal. 
				
				Estimado senhor, reze durante os meses de 
				outubro e novembro os Salmos 28, 127 e 128. 
				  
				
				Salmo 28: 
				“A ti, Senhor, eu clamo, rocha minha, não me 
				sejas surdo; que eu não seja, frente ao teu silêncio, como os 
				que descem à cova! Ouve minha voz suplicante quando eu grito a 
				ti, quando eu levanto as mãos, Senhor, para o teu santo dos 
				santos. Não me arrastes com os ímpios, nem com os malfeitores; 
				eles falam de paz com seu próximo, mas têm o mal no coração. 
				Dá-lhes, Senhor, conforme suas obras, segundo a malícia de seus 
				atos! Dá-lhes conforme a obra de suas mãos, paga-lhes o devido 
				salário! Eles não entendem as obras de Deus, a obra de suas 
				mãos; que ele os arrase e não os reconstrua! Bendito seja Deus, 
				pois ele ouve a minha voz suplicante! Deus é minha força e meu 
				escudo, é nele que meu coração confia; eu fui socorrido, minha 
				carne refloresceu, de todo o coração eu agradeço. Deus é a força 
				do seu povo, a fortaleza que salva o seu messias. Salva o teu 
				povo, abençoa a tua herança! Apascenta-os e conduze-os para 
				sempre!” 
				  
				
				Salmo 127: 
				“Se o Senhor não constrói a casa, em vão labutam os seus 
				construtores; se Deus não guarda a cidade, em vão vigiam os 
				guardas. É inútil que madrugueis, e que atraseis o vosso deitar 
				para comer o pão com duros trabalhos: ao seu amado ele o dá 
				enquanto dorme! Sim, os filhos são a herança de Deus, é um 
				salário o fruto do ventre! Como flechas na mão de um guerreiro 
				são os filhos da juventude. Feliz o homem que encheu sua aljava 
				com elas: não ficará envergonhado frente às portas, ao litigar 
				com seus inimigos”. 
				  
				
				Salmo 128: 
				“Felizes todos os que temem a Deus e andam em 
				seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, tranquilo e 
				feliz: tua esposa será vinha fecunda, no recesso do teu lar; 
				teus filhos, rebentos de oliveira, ao redor de tua mesa. Assim 
				vai ser abençoado o homem que teme a Deus. Que o Senhor te 
				abençoe de Sião, e verás a prosperidade de Jerusalém todos os 
				dias de tua vida; e verás os filhos de teus filhos. Paz sobre 
				Israel!” 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Coragem 
				cristã. 
				
				Santa Blandina, mártir de Lião (França), 
				era uma menina cristã de constituição física muito delicada. No 
				humilde emprego de criada praticava as mais belas virtudes, 
				copiando em sua vida o divino modelo Jesus Cristo. 
				
				Numa perseguição foi presa com sua patroa e 
				submetida aos mais cruéis tormentos. Conduzida ao tribunal, 
				confessou a sua fé alegremente e com redobrado vigor, repetindo 
				muitas vezes estas palavras: 
				
				– Eu sou cristã; entre nós cristãos não se 
				cometem os delitos de que nos acusais. 
				
				Depois que foi flagelada sem piedade e 
				obrigada a sentar-se num banco de ferro em brasa, colocaram-na 
				numa rede e deixaram-na à mercê de um touro furioso que com os 
				chifres a lançou repetidas vezes  pelo ar. Finalmente, a heroica 
				menina foi degolada. 
				
				Os próprios pagãos confessavam jamais ter 
				visto uma criatura tão frágil sofrer com tamanha coragem e 
				resistência. 
				
				Prezado senhor, obrigado pela ajuda mensal. 
				
				Luiz significa: “combatente glorioso”, 
				“guerreiro famoso” ou “famoso na guerra”. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração da Virgem 
				Maria: “A 
				devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de 
				compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de 
				Maria, escuta a sua voz, segue os seus exemplos. Como ouvimos no 
				Evangelho, ela nos orienta para Jesus: ‘Fazei o que ele vos 
				disser’ (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galileia, 
				encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo d’Ele as 
				graças desejadas” (São João Paulo II). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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