Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

045 / 2017

 

Anápolis, 19 de outubro de 2017

 

Ao senhor Vanilson Chaves Figueiredo

Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO

 

Estimado senhor, seja um grande e “violento” lutador... isso mesmo, lutador, batalhador, guerreiro. Devemos lutar primeiro contra nós... contra os nossos defeitos, preguiça, pirraça, maldade, moleza, frouxidão, desânimo, inconstância... essa luta durará até o último suspiro; por isso, não podemos cochilar nem cruzar os braços. Lutar consigo mesmo é grande sabedoria: “O cristão nasceu para a luta” (Leão XIII).

 

Jamais devemos abaixar a cabeça diante das dificuldades, “muralhas”, “montanhas”, obstáculos, provações, perseguições... mas sim, devemos arregaçar as mangas e enfrentar tudo com o coração valente, corajoso e decidido... lutar para vencer, não lutar somente por lutar. Devemos lutar com os olhos fixos na vitória. Os medrosos e moles são derrotados antes da “guerra”.

É uma vergonha permanecer de braços cruzados diante de uma luta. Perder não é nada simpático; mas, perder por falta de lutar, é um “monstro” que acompanhará o derrotado para sempre. No inferno ele dirá entre “lágrimas” e “gritos”: Estou aqui porque fui derrotado antes do início da luta... fui vencido pela minha covardia, preguiça e comodismo.

O perdedor será derrotado nesse mundo e na hora do julgamento. Jamais saboreará o gosto de uma vitória.

O Pe. Francisco Fernández Carvajal escreve: “A vida do cristão não é compatível com o aburguesamento, o comodismo e a tibieza”, e: “Marcar metas não basta. É preciso lutar. É forte não aquele que não experimenta fraquezas – todos nós a sentimos –, mas aquele que luta por superá-las; é corajoso não aquele que não sente medo – ninguém é um super-homem –, mas aquele que luta por ultrapassar a covardia... A meta está no fim da vida. A luta dura a existência inteira. E para esse longo combate não bastam gestos enérgicos intermitentes, mas é necessária uma atitude habitual de fortaleza que nos faça ganhar, com o último tiro, a última batalha” (Dom Rafael Llano Cifuentes).

Quem não vence, regride continuamente: “Não querer progredir é retroceder. E como o nosso organismo continuamente cresce ou diminui, assim o nosso espírito. Ou avança ou recua” (São Bernardo de Claraval), e: “Quem para, desanda” (São Gregório Magno), e também: “No caminho da perfeição, não ir adiante é recuar; e não ir ganhando é ir perdendo” (São João da Cruz).

Caríssimo senhor, reze com fé os Salmos 64 e 65 durante os meses de novembro e dezembro.

Salmo 64: “Ouve, ó Deus, a voz do meu lamento! Preserva-me a vida do terror do inimigo, esconde-me da conspiração dos maus e do tumulto dos malfeitores. Eles afiam sua língua como espada, ajustam sua flecha, palavra venenosa, para atirar, às escondidas, contra o inocente, atiram de surpresa, sem temer. Eles se fortalecem com seu projeto maligno, calculam como esconder armadilhas, pensando: ‘Quem poderá ver-nos para investigar nossos crimes?’ Mas aquele que sonda o fundo do homem e o coração profundo os examina. Deus atira uma flecha contra eles, ficam feridos de repente; ele os faz cair por causa de sua língua, todos os que os veem meneiam a cabeça. Então todo homem temerá, anunciará o ato de Deus e compreenderá sua obra. O justo se alegra com Deus e nele se abriga. E todos os de coração reto se felicitarão”.

Salmo 65: “A ti convém o louvor em Sião, ó Deus; e a ti se cumpre o voto porque ouves a prece. Toda a carne vem a ti por causa de seus pecados; nossas faltas são mais fortes que nós, mas tu no-las perdoas. Feliz quem escolhes e aproximas, para habitar em teus átrios. Nós nos saciamos com os bens da tua casa, com as coisas sagradas do teu Templo. Com prodígios de justiça nos respondes, ó Deus salvador nosso, esperança dos confins da terra e das ilhas longínquas; tu manténs as montanhas com tua força, cingido de poder; aplacas o estrondo dos mares, o estrondo de suas ondas e o tumulto dos povos. Os habitantes dos confins da terra temem frente aos teus sinais; fazes gritar de alegria as portas da manhã e da tarde. Visitas a terra e a regas, cumulando-a de riquezas. O ribeiro de Deus é cheio d’água, tu preparas seu trigal. Preparas a terra assim: regando-lhe os sulcos, aplanando seus terrões, amolecendo-a com chuviscos, abençoando-lhe os brotos. Coroas o ano com tua bondade, e tuas trilhas gotejam fartura; as pastagens do deserto gotejam, e as colinas cingem-se de júbilo; os campos cobrem-se de rebanhos, e os vales se vestem de espigas, dão gritos de alegria e cantam”.

Leia com atenção essa “historinha”: Seguirás a Cristo ou ao demônio?

Certa vez, o demônio apareceu a um jovem penitente que vivia no deserto e disse-lhe:

– Meu amigo, que fazes aqui? Desperdiçar neste deserto a tua mocidade! Vem comigo, e eu te mostrarei as belezas da terra, os sorrisos encantadores, os espetáculos deslumbrantes e as alegrias da vida. Vem, eu te darei prazeres, amores, sonhos, delícias...

O jovem, indeciso, hesitante, pergunta:

– Dar-me-ás tudo isso?

– Tudo.

– Por quanto tempo?

– Vinte anos.

Apenas o tempo que eu vivi até agora?

– Bem; eu redobrarei os anos.

– É pouco! Não aceito!

– Sabes o que são quarenta anos de felicidade?

– Sei, sim! Um minuto que passou, deixando a mais amarga das ilusões.

Tão pronta e acertada resposta obrigou o demônio a retirar-se. Estava vencido.

Ao mesmo jovem aparece outra visão: é Jesus Cristo que lhe diz:

– Meu filho, queres seguir-me?

– Jesus, que me dareis?

– Tribulações e dores, perseguições e lutas, sacrifícios e sangue.

– Por quanto tempo?

– Por todo o tempo da tua vida.

– E depois?

– Depois, se perseverares, será para sempre feliz no meu reino.

O jovem abaixa a cabeça... Quando ergue os olhos, não hesita mais, e diz resolutamente:

– Sim, Jesus, eu vos seguirei; porque, na verdade, os sacrifícios desta vida efêmera não se podem comparar com a recompensa eterna que me espera no céu.

Está claro que as coisas desse mundo passam... e o céu é para sempre.

 

Estimado senhor Vanilson, conheça um pouco o nosso Grande Deus, lendo com atenção essas perguntas e respostas:

 

 

1. Quem é Deus?

R= Deus é um espírito perfeitíssimo, criador e senhor do céu e da terra.

 

2. Foi Deus criado por alguém?

R=Não; Deus não foi criado por ninguém.

 

3. Onde está Deus?

R= Deus está no céu, na terra e em todo lugar.

 

4. Deus vê todas as coisas?

R= Deus vê todas as coisas e até nossos pensamentos.

 

5. Deus vê também as coisas futuras?

R= Deus vê tudo ao mesmo tempo, o presente, o passado e o futuro.

 

6. Desde quando existe Deus?

R= Deus sempre existiu e sempre existirá.

 

7. Que se conclui destas perfeições de Deus?

R= Se conclui que Deus é um ente imutável, eterno e imenso.

 

8. Deus tem olhos, mãos e corpo como nós?

R= Não; porque é puríssimo espírito.

 

9. Se Deus não tem olhos como vê as coisas?

R= Deus vê as coisas em sua infinita sabedoria.

 

10. Se Deus não tem mãos, como pode fazer o mundo?

R= Fez o mundo com um ato onipotente de sua vontade.

 

11. De que Deus fez o mundo?

R= Deus fez o mundo do nada.

 

12. Que significam estas palavras: Deus fez o mundo do nada?

R= Significam que, não existindo nada, Deus criou com um ato de sua vontade todas as coisas visíveis e invisíveis.

 

13. Podia Deus fazer outro mundo?

R= Sim; Deus podia fazer muitos outros mundos, porque é onipotente.

 

14. Quem nos criou?

R= Foi Deus.

 

15. Para que Deus nos criou?

R= Deus criou-nos para conhecê-Lo, amá-Lo e servi-Lo neste mundo, e depois gozá-Lo para sempre no céu.

 

16. Qual a recompensa que Deus reserva para os que o amam e o servem neste mundo?

R= O céu.

 

17. Que se goza no céu?

R= No céu goza-se da vista de Deus e de todos os bens sem mistura de mal.

 

18. Qual o castigo que Deus tem reservado para os que não o amam nem o servem neste mundo?

R= O inferno.

 

19. Que se sofre no inferno?

R= Sofre-se a privação da vista de Deus, o fogo eterno e todos os males sem mistura do bem.

 

 

Prezado senhor, obrigado pela ajuda mensal.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo, nosso Deus Eterno: “No tabernáculo do seio de Maria, o Cristo habitou durante nove meses; no tabernáculo da fé da Igreja, habitará até o fim do mundo; e no amor da alma fiel, habitará pelos séculos dos séculos” (Bem-aventurado Isaac, Abade do Mosteiro de Stella).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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