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				Anápolis, 23 de outubro de 2017 
				  
				
				Ao senhor Ovídio Correia de Mesquita 
				
				Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO 
				  
				
				Estimado senhor, busque a felicidade 
				somente no Deus Eterno, somente o Criador pode dar a 
				verdadeira felicidade para um coração sedento das coisas do 
				alto. Deus é a fonte da mais pura felicidade... daquela 
				que o mundo não pode dar: 
				“Fomos feitos para a felicidade, para sermos felizes: o nosso 
				coração tem uma capacidade de infinito, e só Deus o pode saciar 
				perfeitamente”
				(Bem-aventurado Columba Marmion). 
				  
				
				A felicidade não está nas esquinas das 
				cidades... nas praças barulhentas, nos bares, nas novelas 
				podres, nos clubes, nas conversas imorais, no copo de bebida 
				alcoólica, no adultério, fornicação... mas sim, somente 
				em Deus, nosso Amor Infinito: A 
				alegria que a fé nos proporciona é necessária neste mundo. Foi o 
				próprio Deus quem formou o nosso coração, e fê-lo tal que tem 
				necessidade de alegria... O próprio Jesus Cristo promete-nos, já 
				neste mundo, o cêntuplo. Ora, a alegria faz parte deste 
				cêntuplo; e esta alegria, é, sobretudo, a fé que a alimenta... 
				Quando somos generosos logo de princípio e nos mantemos sempre 
				atentos às luzes da fé, aumenta em nós o amor, porque Deus 
				vai-se dando cada vez mais; e, com a presença de Deus, vai 
				crescendo a alegria de estar ao seu serviço... Quando buscamos 
				deveras a Deus, sem repartirmos o nosso amor pelas criaturas, 
				sem nos buscarmos a nós mesmos pelo amor próprio, o coração 
				sente-se pouco a pouco dilatado, Deus sacia-o, inunda-o de 
				alegria... Fora de Deus só há alegria efêmera e paz ilusória
				(Bem-aventurado Columba Marmion). 
				
				É grande loucura e perda de tempo correr atrás 
				das coisas do mundo... elas, por belas que sejam, não 
				podem satisfazer o coração criado para o céu. A 
				verdadeira felicidade consiste em possuir Deus na alma; o resto 
				é resto... longe do Criador não existe felicidade. O mundo 
				oferece a felicidade, mas não pode dá-la, porque não a possui. 
				
				Senhor Ovídio, leia atentamente a Vida de 
				Santo Ovídio. 
				
				Santo Ovídio foi um bispo da Igreja no 
				primeiro século, na região do Reino de Portugal. Pouco se 
				sabe sobre sua vida. 
				
				Cidadão romano, teria assistido as pregações 
				de Pedro e Paulo e unido as suas forças ao ímpeto evangelizador 
				dos primeiros tempos da Igreja. São Clemente, Papa, teria 
				reconhecido nele qualidades de pastor e enviado à Espanha a fim 
				de reger a jovem Igreja de Braga. No noroeste peninsular, teria 
				sido um apóstolo fervoroso e dado um visível esplendor ao 
				cristianismo nascente. 
				
				A tradição diz ainda que foi martirizado, 
				encontrando-se hoje as suas relíquias na Sé de Braga (Portugal). 
				
				Caríssimo senhor, reze com fé e fervor os 
				Salmos 129, 130 e 131 durante os meses de novembro e dezembro. 
				  
				
				Salmo 129: 
				“Quanto 
				me oprimiram desde a juventude, – Israel que o diga! – quanto me 
				oprimiram desde a juventude, mas nunca puderam comigo! Os 
				lavradores lavraram minhas costas e alongaram seus sulcos; mas 
				Deus é justo: cortou os chicotes dos ímpios. Voltem atrás, 
				envergonhados, os que odeiam Sião; sejam como a erva do telhado, 
				que seca antes da ceifa e não enche a mão do ceifador, nem a 
				braçada do que enfeixa. E que os passantes não digam: ‘A bênção 
				de Deus sobre vós!’ Nós vos abençoamos em nome de Deus!” 
				  
				
				Salmo 130: 
				“Das 
				profundezas clamo a ti, Deus: Senhor, ouve o meu grito! Que teus 
				ouvidos estejam atentos ao meu pedido por graça! Se fazes conta 
				das culpas, Deus, Senhor, quem poderá se manter? Mas contigo 
				está o perdão, para que sejas temido. Eu espero, Senhor, e minha 
				alma espera, confiando na tua palavra; minha alma aguarda o 
				Senhor mais que os guardas pela aurora. Mais que os guardas pela 
				aurora aguarde Israel a Deus, pois com Deus está o amor, e 
				redenção em abundância: ele vai resgatar Israel de suas 
				iniquidades todas”. 
				  
				
				Salmo 131: 
				“Deus, meu coração não se eleva, nem meus olhos 
				se alteiam; não ando atrás de grandezas, nem de maravilhas que 
				me ultrapassam. Não! Fiz calar e repousar meus desejos, como 
				criança desmamada no colo de sua mãe, como criança desmamada 
				estão em mim meus desejos. Israel, põe tua esperança em Deus, 
				desde agora e para sempre!” 
				  
				
				Estimado senhor, leia com atenção essa 
				“historinha”: A ingratidão para com Deus. 
				
				Conta o historiador César Cantú que certo 
				rei da Índia caiu num rio. Um servo fiel correu, lançou-se à 
				torrente e, agarrando o rei pelos cabelos, salvou-o da morte 
				certa. 
				
				Voltando a si, o rei quis saber quem e de 
				que modo o salvara das águas. Levaram-lhe o servo fiel, e 
				esperavam que o soberano lhe desse uma generosa recompensa. Mas 
				não foi assim. O rei com ar severo perguntou-lhe: “Como tiveste 
				a ousadia de pôr as mãos em teu rei?” E imediatamente mandou que 
				o trucidassem (matar com crueldade). Essa monstruosa ingratidão 
				causou horror. O castigo, porém, não tardou. Estando o rei, 
				certo dia, embriagado, entrou num barco e outra vez naufragou. 
				Os barqueiros bem o poderiam salvar, mas, recordando-se do servo 
				trucidado, deixaram que o rei se afogasse. Fizeram mal, é certo; 
				mas o mau rei teve o que merecia, porque fora ingrato e cruel 
				para com aquele que lhe demonstrara tanto amor, livrando-o da 
				morte. 
				
				Quantos católicos não há por aí que, 
				escapando da morte eterna (inferno) por meio do Sacramento da 
				Confissão, imitam aquele rei, mostrando-se cruéis e ingratos 
				para com Jesus, seu libertador! 
				
				É muito perigoso abusar da graça de Deus! 
				Deus é BOM, mas não é BOBO. 
				
				Prezado senhor, obrigado pela ajuda mensal. 
				
				Ovídio significa: “ovelha”, “homem de gênio 
				pacífico”, “seguidor”. 
				
				Rezamos pelo senhor e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração de Maria 
				Santíssima, formosa criatura: “Mãe de 
				Deus, Rainha do universo... grande Princesa”
				(Santo Efrém), e: 
				“Única mulher em quem 
				o Salvador achou repouso... belo jardim em que Deus pôs todas as 
				flores que ornam a Igreja... Mãe da beleza...” 
				(São Bernardo de Claraval), e também: 
				“Estrela e vaso de eleição... criatura 
				mais preciosa da criação... lâmpada inextinguível... alegria dos 
				Anjos, júbilo dos Arcanjos...” (São Cirilo de 
				Alexandria). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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