Anápolis, 24 de outubro de 2017
À senhora Maria de Lourdes Borges
Benfeitora do Instituto, Goiânia – GO
Estimada senhora, não deixe de caminhar por causa
dos obstáculos... Deus quer que lutemos até o fim, sem desânimo.
Infeliz da pessoa que abandona a luta por causa das
dificuldades: “A nossa força não
está em nós. Se a vitória dependesse de nós, era mesmo de
desanimar. O trabalho de ser bom supera as forças do homem
isolado. Mas é Jesus Cristo que manda que nos lancemos ao alto.
Saibamos responder com São Pedro: em tua palavra, apoiado na
confiança do auxílio, da força que vem de Ti, ó Jesus,
continuarei lutando, voltarei ao combate e... verei a pesca
milagrosa!” (Pe. Roberto Sabóia).
O desânimo não pode “reinar” no
coração de uma pessoa que confia em Deus... que deseja
ardentemente conquistar o céu. Deus quer que recomecemos
imediatamente após uma queda. Aquele que fica prostrado no
chão jamais se salvará, porque o céu é a pátria dos
batalhadores... dos corajosos e ousados. Deus quer que sejamos
“violentos”... isso mesmo, “violentos” na prática do bem...
“violentos” e atrevidos no bem. Não podemos morrer
de mãos vazias... isso é muito perigoso... “extremamente”
perigoso... “terrivelmente” perigoso... “assustadoramente”
perigoso: “Pois todos nós
compareceremos ao tribunal de Deus”
(Rm 14, 10).
É preciso olhar para os tropeços, pedir perdão a
Deus... implorar a sua proteção, e continuar a caminhada.
Quem fica parado choramingando não fará progresso, porque Deus
não ajuda os apáticos e preguiçosos.
A pessoa animada suporta todas as
“tempestades” das dificuldades com a cabeça erguida...
e por mais furiosa que seja as “tempestades”, jamais
desistirá, porque está alicerçada no Deus que tudo pode.
As dificuldades que surgem pelo caminho são
remédios para nos levantar ou nos destruir. A decisão é
nossa... Deus não obriga ninguém.
A pessoa animada pode até recuar diante das
provações... esse recuo não é para se esconder numa moita como
faz um coelho assustado; mas sim, para alcançar um grande
impulso para superar todas as barreiras.
Milhares de covardes tiram a própria vida
cometendo a desgraça do suicídio... achando que estão livres do
sofrimento. Quem comete o suicídio peca gravemente:
“O suicídio
contradiz a inclinação natural do ser humano a conservar e
perpetuar a própria vida. É gravemente contrário ao justo amor
de si mesmo. Ofende igualmente ao amor do próximo, porque rompe
injustamente os vínculos de solidariedade com as sociedades
familiar, nacional e humana, às quais nos ligam muitas
obrigações. O suicídio é contrário ao amor do Deus vivo. Se for
cometido com a intenção de servir de exemplo, principalmente
para os jovens, o suicídio adquire ainda a gravidade de um
escândalo. A cooperação voluntária ao suicídio é contrária à lei
moral.
O suicídio
é gravemente contrario a Justiça, à esperança e à caridade. É
proibido pelo quinto mandamento” (Catecismo da
Igreja Católica).
Senhora Maria de Lourdes, reze com fé e
devoção os Salmos 09 e 10 durante os meses de novembro e
dezembro.
Salmo 09:
“Eu te celebro, Deus, de todo o coração, proclamo
todas as tuas maravilhas! Eu me alegro e exulto em ti, e toco ao
teu nome, ó Altíssimo! Meus inimigos voltam atrás, tropeçam e
somem à tua presença, pois defendeste minha causa e direito:
sentaste em teu trono como justo juiz. Ameaçaste as nações,
destruíste o ímpio, para todo o sempre apagaste o seu nome. O
inimigo acabou, para sempre em ruínas, arrasaste as cidades, sua
lembrança sumiu. Eis que Deus sentou-se para sempre, para o
julgamento firmou o seu trono. Ele julga o mundo com justiça,
governa os povos com retidão. Seja Deus fortaleza para o
oprimido, fortaleza nos tempos de angústia. Em ti confiam os que
conhecem teu nome, pois não abandonas os que te procuram,
Senhor! Tocai para Deus, que habita em Sião; narrai entre os
povos as suas façanhas: ele busca os assassinos, lembra-se
deles, não se esquece jamais do clamor dos pobres. Piedade,
Deus! Vê minha aflição! Levanta-me das portas da morte, para que
eu proclame os teus louvores, e com tua salvação eu exulte às
portas da filha de Sião! Os povos caíram na cova que fizeram, no
laço que ocultaram prenderam o pé. Deus se manifestou fazendo
justiça, apanhou o ímpio era sua manobra. Que os ímpios voltem
ao Xeol, os povos todos que esquecem a Deus! Pois o indigente
não será esquecido para sempre, a esperança dos pobres jamais se
frustrará. Levanta-te, Deus, não triunfe um mortal! Que os povos
sejam julgados em tua frente! Infunde-lhes, medo, Senhor: saibam
os povos que são homens mortais!”
Salmo 10: “Deus,
por que ficas longe e te escondes no tempo de angústia? A
soberba do ímpio persegue o infeliz. Fiquem presos nas tramas
que urdiram! O ímpio se gloria da própria ambição, o avarento
que bendiz despreza Deus. O ímpio é soberbo, jamais investiga: -
‘Deus não existe!’ - é tudo o que pensa. Suas empresas têm
sucesso em todo tempo, teus julgamentos estão além do seu
alcance, ele desafia seus adversários todos. E reflete: ‘Eu sou
inabalável! De geração em geração jamais cairei na desgraça’.
Fraude e astúcia lhe enchem a boca, sob sua língua há opressão e
maldade. Põe-se de emboscada entre os juncos e às escondidas
massacra o inocente. Com os olhos espreita o miserável: de
tocaia, bem oculto, como leão no covil, ele se embosca para
pegar o infeliz: captura o infeliz e o arrasta em sua rede. Ele
espreita, se agacha, se encurva, e o miserável cai em seu poder.
E reflete: ‘Deus esquece, cobre a face para não ver até o fim!’
Levanta-te, Deus! Ergue a tua mão! Não te esqueças dos
infelizes! Por que o ímpio desprezaria Deus, pensando: ‘Tu não
investigas?’ Mas tu vês a fadiga e o sofrimento, e observas para
tomá-los na mão: a ti se abandona o miserável, para o órfão tu
és um socorro. Quebra o braço do ímpio e do mau e procura sua
maldade: não a encontras! Deus é rei para sempre e eternamente,
as nações desapareceram de sua terra. Deus, tu ouves o desejo
dos pobres, fortaleces seu coração e lhes dás ouvidos, fazendo
justiça ao órfão e ao oprimido, para que o homem terreno já não
infunda terror”.
Leia com atenção essa “historinha”: Pensar
na alma antes que no corpo.
O general Luiz Zanchi, o primeiro general
que mereceu uma medalha de prata pelo valor militar, e que tomou
parte em 39 combates durante a primeira grande guerra, morrendo,
vítima do dever, deixou este nobilíssimo testamento: “Ordeno
que, no meu enterro, não me ofereçam flores: pensem na minha
alma, mais do que no meu corpo; faça-se, pois, um funeral
modesto; mas, enquanto meu corpo estiver ainda em casa e durante
o trajeto ao cemitério, sejam celebradas Missas em meu
sufrágio”.
Sirva este exemplo às famílias que tão
pouco pensam nas almas de seus caros defuntos, e menos ainda na
própria. Infelizmente, muitos julgam ter cumprido seu último
dever de piedade acompanhando seus falecidos com numerosas e
ricas coroas de flores.
Prezada senhora, obrigado pela ajuda mensal.
Maria significa: “senhora soberana”, “a
pura”.
Rezamos pela senhora e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus
Cristo, nosso refúgio seguro: “Seu
Coração era meu repouso, meu retiro e minha força nas minhas
fraquezas”
(Santa Margarida Maria Alacoque).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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