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				Anápolis, 30 de outubro de 2017 
				  
				
				Ao senhor Domingos Caetano 
				
				Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO 
				  
				
				Estimado senhor, viva na presença de Deus... 
				evitando tudo o que desagrada ao Senhor. 
				Um coração que segue o mundo e suas máximas 
				não pode agradar o Deus Verdadeiro: 
				“Se uma casa não for 
				habitada pelo dono, ficará sepultada na escuridão. Desonra e 
				desprezo, repleta de toda espécie de imundícia. Também a alma, 
				sem a presença do seu Deus e dos anjos que nela jubilavam, 
				cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e 
				de completa ignomínia. Ai da estrada por onde ninguém passa nem 
				se ouve voz de homem! Será morada de animais. Ai da alma, se 
				nela não passeia Deus e com sua voz afugenta as feras 
				espirituais da maldade! Ai da casa não habitada por seu dono! Ai 
				da terra, sem o lavrador que a cultiva! Ai do navio, se lhe 
				falta o piloto; sacudido pelas ondas e tempestades do mar, 
				soçobrará! Ai da alma que não tiver em si o verdadeiro piloto, o 
				Cristo! Porque, lançada na escuridão do mar impiedoso e sacudida 
				pelas ondas das paixões, jogada pelos maus espíritos como em 
				tempestade de inverno, encontrará afinal a morte. Ai da alma se 
				lhe falta Cristo, que a cultive com diligência, para que possa 
				germinar os bons frutos do Espírito! Deserta, coberta de 
				espinhos e de abrolhos, terminará por encontrar, em vez de 
				frutos, a queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela 
				não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das 
				paixões, virará moradia dos vícios” (São 
				Macário). 
				  
				
				Não existe verdadeiro bem fora de Deus! 
				Ele é o Criador, o Amor que sustenta a nossa alma imortal e 
				espiritual... Ele é o Deus Eterno que existirá sempre... 
				sempre... sempre! As coisas desse mundo não podem 
				alegrar a nossa alma... somente o Senhor pode satisfazer a nossa 
				alma. No mundo encontramos somente o vazio, a angústia e a 
				tristeza... em Deus encontramos tudo, porque Ele é 
				Infinito. 
				
				É grande loucura buscar a felicidade no mundo... 
				ele não pode dar aquilo que não possui. Deus é a Fonte da 
				verdadeira felicidade. Quem possui Deus no coração não 
				precisa mendigar o lixo do mundo... porque somente o Criador 
				basta para sermos felizes. 
				
				Caríssimo senhor, reze com fé e devoção os 
				Salmos 137 e 143 durante os meses de novembro e dezembro. 
				  
				
				Salmo 137: 
				“À beira dos canais de Babilônia nos sentamos, e 
				choramos com saudades de Sião; nos salgueiros que ali estavam 
				penduramos nossas harpas. Lá, os que nos exilaram pediam 
				canções, nossos raptores queriam alegria: ‘Cantai-nos um canto 
				de Sião!’ Como poderíamos cantar um canto de Deus numa terra 
				estrangeira? Se eu me esquecer de ti, Jerusalém, que me seque a 
				mão direita! Que me cole a língua ao paladar, caso eu não me 
				lembre de ti, caso eu não eleve Jerusalém ao topo da minha 
				alegria! Deus, relembra o dia de Jerusalém aos filhos de Edom, 
				quando diziam: ‘Arrasai-a! Arrasai-a até os alicerces!’ Ó 
				devastadora filha de Babel, feliz quem devolver a ti o mal que 
				nos fizeste! Feliz quem agarrar e esmagar teus nenês contra a 
				rocha!” 
				  
				
				Salmo 143: 
				“Deus, ouve a minha prece, dá ouvido às minhas 
				súplicas, por tua fidelidade, responde-me, por tua justiça! Não 
				entres em julgamento com teu servo, pois frente a ti nenhum 
				vivente é justo! O inimigo me persegue, esmaga minha vida por 
				terra, faz-me habitar nas trevas como os que estão mortos para 
				sempre. Meu alento já vai desfalecendo, e dentro de mim meu 
				coração se assusta. Recordo os dias de outrora, em todo o teu 
				agir eu medito, refletindo sobre a obra de tuas mãos. A ti 
				estendo meus braços, minha vida é terra sedenta de ti. 
				Responde-me depressa, Deus, pois meu alento se extingue! Não 
				escondas tua face de mim: eu ficaria como os que baixam à cova. 
				Faze-me ouvir teu amor pela manhã, pois é em ti que eu confio; 
				indica-me o caminho a seguir, pois eu me elevo a ti. Livra-me 
				dos meus inimigos, Senhor, pois estou protegido junto a ti. 
				Ensina-me a cumprir tua vontade, pois tu és o meu Deus; que teu 
				bom espírito me conduza por uma terra aplanada. Por teu nome, 
				Deus, tu me conservas, por tua justiça me tiras da angústia, por 
				teu amor aniquilas meus inimigos e destróis meus adversários 
				todos, porque eu sou um servo teu!” 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: 
				Excelente conselho. 
				
				O rico fazendeiro Leão da Mota era um homem 
				“honrado”. Não havia contra ele nenhuma queixa no cartório. 
				Entretanto, o vigário, que tem o dever de zelar por suas 
				ovelhas, achou que convinha lembrar a Leão a obrigação de 
				confessar-se e comungar pela Páscoa, pois há anos não o fazia. 
				
				– Meu caro Leão – disse o velho pároco – 
				será que o senhor tem algum motivo especial para ir adiando a 
				sua confissão de ano para ano? 
				
				– Tenho, sim, senhor vigário – respondeu o 
				fazendeiro – pois, então, não seria ridículo que eu me 
				ajoelhasse no confessionário, e, não obstante a minha conhecida 
				honradez, começasse a confissão falando uma mentira? 
				
				Não pouco admirado, perguntou o vigário: 
				
				– Começar por uma mentira!? Como assim? 
				
				– Sim, com uma mentira, – insistiu Leão – 
				pois não seria uma mentira eu, que não mato, não roubo, não 
				tenho pecado, começar, dizendo: Eu, pecador, me confesso a Deus? 
				
				O vigário, reprimindo uma gargalhada: 
				
				– Meu caro Leão – disse – se a dificuldade 
				é só essa, fique tranquilo e, quando estiver no confessionário, 
				comece dizendo simplesmente: “Eu, rico e honrado fazendeiro, me 
				confesso a Deus...” 
				
				Infeliz da pessoa orgulhosa! Todos somos 
				pecadores e necessitamos do perdão de Deus: 
				“Se dissermos: ‘Não 
				temos pecado’, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em 
				nós” (1 Jo 1, 8). 
				  
				
				Senhor Domingos, leia atenciosamente a Vida 
				de São Domingos de Gusmão. 
				
				Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na 
				pequena vila de Caleruega, na Velha Castela, atual Espanha. 
				Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica: 
				seus pais eram Félix de Gusmão e Joana d’Aza e seus irmãos, 
				Antônio e Manes. O primeiro tornou-se sacerdote e morreu com 
				odor de santidade. O segundo, junto com a mãe, foi beatificado 
				pela Igreja. 
				
				Nesse berço exemplar, o pequeno Domingos 
				trilhou o mesmo caminho de servir a Deus. Até mesmo o seu nome 
				foi escolhido para homenagear São Domingos de Silos, porque sua 
				mãe, antes de Domingos nascer, fez uma novena no santuário do 
				santo abade. E, como conta a tradição, no sétimo dia ele lhe 
				teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um 
				santo para a Igreja Católica. 
				
				Domingos dedicou-se aos estudos, tornando-se 
				uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Em 
				Calência, cidade onde se diplomou, surpreendeu a todos ao vender 
				os objetos de seu quarto, inclusive os pergaminhos caros usados 
				nos estudos, para ter um pequeno “fundo” e com ele alimentar os 
				pobres e doentes. 
				
				Aos vinte e quatro anos, sentindo o chamado, 
				recebeu a ordenação sacerdotal. Foi enviado para a diocese de 
				Osma, onde se distinguiu pela competência e inteligência. Logo 
				foi convidado para auxiliar o rei Afonso VII nos trabalhos 
				diplomáticos do seu governo e também para representar a Santa 
				Sé, em algumas de suas difíceis missões. 
				
				Durante a Idade Média, período em que viveu, 
				havia a heresia dos albigenses, ou cátaros, surgida no sul da 
				França. O Papa Inocêncio III enviou-o para lá, junto com Diego 
				de Aceber, seu companheiro, a fim de combater os católicos 
				reencarnacionistas. Mas, devido à morte repentina desse caro 
				amigo, Domingos teve de enfrentar a missão francesa sozinho. E o 
				fez com muita eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e 
				a pregação da verdadeira Palavra de Deus. 
				
				Em 1207, em Santa Maria de Prouille, Domingos 
				fundou o primeiro mosteiro da Ordem Segunda, das monjas, 
				destinado às jovens que, devido à carestia, estavam condenadas à 
				vida do pecado. 
				
				A santidade de Domingos ganhava cada vez mais 
				fama, atraindo as pessoas que desejavam seguir o seu modelo de 
				apostolado. Foi assim que surgiu o pequeno grupo chamado “Irmãos 
				Pregadores”, do qual fazia parte o seu irmão de sangue, o 
				Bem-aventurado Manes. 
				
				Em 1215, a partir dessa irmandade, Domingos 
				decidiu fundar uma Ordem, oferecendo uma nova proposta de 
				evangelização cristã e vida apostólica. Ela foi apresentada ao 
				Papa Inocêncio III, que, no mesmo ano, durante o IV Concílio de 
				Latrão, concedeu a primeira aprovação. No ano seguinte, seu 
				sucessor, o Papa Honório III, emitiu a aprovação definitiva, 
				dando-lhe o nome de Ordem dos Frades Predicadores, ou 
				Dominicanos. Eles passaram a ser conhecidos como homens sábios, 
				pobres e austeros, tendo como características essenciais a 
				ciência, a piedade e a pregação. 
				
				Em 1217, para atrair a juventude acadêmica 
				para dentro do clero, o fundador determinou que as Casas da 
				Ordem fossem criadas nas principais cidades universitárias da 
				Europa, que na época eram Bolonha e Paris. Ele se fixou na de 
				Bolonha, na Itália, onde se dedicou ao esplêndido 
				desenvolvimento da sua obra, presidindo, entre 1220 e 1221 os 
				dois primeiros capítulos gerais, destinados à redação final da 
				“carta magna” da Ordem. 
				
				No dia 8 de agosto de 1221, com apenas 
				cinquenta e um anos de idade, ele morreu. Foi canonizado pelo 
				Papa Gregório IX, que lhe dedicava especial estima e amizade, em 
				1234. São Domingos de Gusmão foi sepultado na catedral de 
				Bolonha e é venerado, no dia de sua morte, como Padroeiro 
				Perpétuo e Defensor dessa cidade. 
				  
				
				Prezado senhor, obrigado pela ajuda mensal. 
				
				Domingos significa: “do Senhor”, “o que pertence 
				ao Senhor”. 
				
				Rezamos pelo senhor e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração de Nossa 
				Senhora: “Meu espelho há de ser 
				Maria. Visto que sou sua filha devo parecer-me com ela e assim 
				parecerei com Jesus”
				(Santa Teresa dos Andes). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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